Trabalho da disciplina Gestão de Gente em Saúde
Por: Isabelly Barreiros • 5/11/2018 • Trabalho acadêmico • 966 Palavras (4 Páginas) • 190 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DA SAÚDE E ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR
Fichamento de Estudo de Caso
Isabelly Barreiros Marcelino
Trabalho da disciplina Gestão de gente em saúde,
Tutor: Prof. Nelson Roque Schneider
Nova Iguaçu
2018
Estudo de Caso: Cirque du Soleil
O Cirque du Soleil foi criado em Quebec por uma trupe de artistas de rua chamada "Le Club des Talons Hauts" (O Clube dos Saltos Altos) no ano de 1984. Em 13 anos o Cirque registrou uma considerável progressão, segundo os números: de 73 funcionários ativos no ano de 1984 subiu para mais de 2100 com mais de 500 artistas no ano de 2001; no mesmo ano cerca de 6 milhões de pessoas já haviam assistido os espetáculos e em 2002 o Cirque já estava presente em quatro continentes com oito produções.
Um fato marcante e essencial para sua inserção no mercado, bem como a incorporação de sua marca no exterior, se deu em 1987 quando conseguiu um empréstimo junto ao governo federal no valor de 1,5 milhão de dólares canadenses e colocou tudo em jogo na compra de equipamentos para a turnê. Com o "We Reinvent the Circus" (Nós Reinventamos o Circo) a trupe saiu do Canadá pela primeira vez e foi ao Los Angeles Festival onde seriam a atração principal. O risco se deu pelo fato de que não receberiam honorários, apenas uma porcentagem da bilheteria. Caso o espetáculo não conseguisse atrair o público, eles não teriam dinheiro nem mesmo para transportar os equipamentos de volta ao Canadá. Por felicidade os ingressos esgotaram e o espetáculo foi um sucesso. Daí em diante o Cirque viajou para outras cidades nos Estados Unidos, Europa em 1990 e para a Ásia em 1992.
Embora a trupe estivesse, na maioria do tempo, em turnê pelo mundo, o grupo conta com uma sede situada estrategicamente em um dos bairros mais carentes de Montreal, visando ajudar a comunidade local. Além do escritório, o edifício conta com duas salas de treinamentos; um estúdio de dança; um restaurante self-service; um local externo ao edifício que poderia ser usado para apresentações do Cirque; um terraço ao ar livre e uma horta para consumo próprio.
Guy Laliberté, ex-músico, engolidor de fogo e integrante da trupe fundadora, dividia tarefas e competências do grupo com Daniel Gautier, quando em 1998 Laliberté comprou a parte de Gautier. No mesmo ano a companhia foi avaliada em US$ 800 milhões. O então presidente e CEO do grupo assumiu as responsabilidades e declarou que não venderia ações da companhia por questões de possíveis restrições oriundas de acionistas destinadas a seus funcionários. Laliberté temia que fosse imposto limites de inovação e criatividade, valores essenciais do grupo.
O vice-presidente de marketing destaca que o centro é a criatividade e não os clientes, que os espetáculos são criados a partir de alegria, imaginação e angústia vivenciados pelos artistas. O Cirque presa pela autonomia artística, deixando os artistas trabalharem como quiserem, pois, eles têm algo a dizer, eles se expressam.
A liberdade de inovação e criatividade que Laliberté oferecia a seus artistas fizeram com que o Cirque du Soleil mudasse a imagem global que existia dos circos. O Cirque que não contava com animais para suas apresentações, mudou também seu foco para o público adulto. Visando provocar os sentidos e emoções de seus espectadores, o Cirque apresentava espetáculos teatrais e de dança, envolvendo figurinos extravagantes; suprimindo diálogos por linguagem corporal; iluminação e músicas originais, cantadas em uma linguagem semelhante ao Latim, com o intuito de transcender fronteiras culturais, garantindo que por onde passasse, os quatro cantos do planeta pudessem entender o que o espetáculo queria transmitir.
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