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A Análise Crítica Negociação Coach Carter

Por:   •  7/7/2022  •  Resenha  •  2.111 Palavras (9 Páginas)  •  86 Visualizações

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Introdução

Os seres humanos estão diante da evolução de tecnologia em vários segmentos das suas vidas. São dispositivos ou inovações que melhoram e facilitam as atividades rotineiras, possibilitando, inclusive, o acesso a uma gama extensa de informações.

Com isso, as relações interpessoais estão sendo cada vez mais influenciadas e moldadas por informações e novos comportamentos. Nesse sentido se vale bastante da forma mais efetiva de se estabelecer comunicação para alcançar seus objetivos.

Com isso entra a importância da negociação no dia a dia. A todo momento estamos realizando negociação com outras pessoas, sejam familiares, amigos, companheiros de trabalho ou desconhecidos. Em qualquer relação há a necessidade de se conseguir conquistar algo e, para isso, há a comunicação para definição dos parâmetros a serem conquistados por cada parte do processo.

Nessa atividade será realizada uma análise do filme “Coach Carter: Treino para a vida” (2005) tendo como base os aspectos de negociação. Será realizada a classificação dos participantes do processo, bem como a realização da identificação das ferramentas, táticas, etapas e aspectos da comunicação verbal e não verbal.

Desenvolvimento – análise do processo de negociação representado no filme eleito

O filme escolhido, “Coach Carter: Treino Para a Vida” (2005), conta a história de Ken Carter, um empresário que recebe o convite para treinar o time masculino de basquete da escola Richmond. Escola pela qual Carter estudou, jogou e possui recordes nesse esporte.

O time de Richmond possuía um péssimo aproveitamento nos campeonatos, amargando várias derrotas durante as competições. Muito desse desempenho se devia à falta de comprometimento, indisciplina e preparo dos jogadores. Esse tipo de situação também se refletia nas salas de aula, já que muitos não a frequentavam e tinham péssimas notas.

Além do péssimo rendimento em quadra e nas salas de aula, Ken Carte ainda tinha de encarar a realidade de que aqueles jogadores estavam fadados a uma vida de subempregos ou até caírem no crime, visto o histórico de alunos antigos da mesma escola e da localidade em que vivem.

A cena escolhida para a análise é a do início do filme em que Ken Carter é apresentado ao time como novo treinador. Nesta cena é possível perceber a dificuldade no trato individual com cada atleta para convencê-los a seguirem suas diretrizes para alcançar a vitória dentro e fora das quadras. Ele é apresentado pelo antigo técnico que o deixa seguir com seu primeiro treinamento.

Antes de iniciar a prática, Carter tem dificuldade para ter a atenção dos jogadores e precisa elevar o tom de voz para que estes prestem atenção no seu discurso. Em alguns momentos ele tem que usar de falas irônicas para poder segurar o foco dos atletas. Ao entregar os contratos e informar das regras que cada jogador deve seguir, ele tem algumas desistências momentâneas, inclusive tendo que se defender de uma agressão do jogador Timo Cruz. Ao conseguir concluir o seu discurso, ele dá início ao treinamento, informando que inicialmente iria trabalhar a parte física dos atletas, visto tal condição se encontrar aquém do necessário.

CLASSIFICAÇÃO

Para Castro (2022), os atores da negociação podem ser classificados em: aliados, oponentes, meros interlocutores ou intermediários e adversários.

Tendo como base o técnico Ken Carter, é possível verificar que os alunos inicialmente agiram como adversários, visto que não havia confiança e as ideias entravam em conflito. Houve de princípio dissidência devido a alguns acharem que mereciam algum tipo de bônus e não um contrato.

A diretora da escola atuou como aliada, dando autonomia para que Carter pudesse realizar seu trabalho junto ao time. O mesmo pode ser dito do antigo treinador do time que confio e convenceu Carter a vir treinar o time de Richmond.

Os professores atuaram de princípio como oponentes. O técnico Carter havia solicitado um resumo das notas e presença em sala de seus jogadores e estas informações não eram repassadas pelos professores.

As universidades que sondam os jogadores durante o filme aparecem como meros interlocutores, visto que não interferem na filosofia do técnico.

FONTES DE PODER

É possível perceber algumas fontes de poder na cena supracitada:

- Recompensa: essa foi uma tratativa informada logo no início da conversa com os jogadores. O técnico Carter informou que caso as regras que ele estava impondo fossem seguidas, ele não mediria esforços para que os jogadores se tornassem vencedores no basquete e na vida.

- Legitimidade: Carter usou da sua posição de técnico, ou seja, autoridade na quadra para aquele time, para conseguir impor sua forma de pensar e agir.

- Conhecimento: ele informa no início da conversa que caso os jogadores quisessem saber se ele tinha conhecimento no esporte, que eles olhassem para as paredes do ginásio, onde estavam os seus recordes do tempo de aluno e jogador.

- Persuasão: Carter conseguiu fazer com que os jogadores seguissem sua cartilha e se empenhassem nas atividades e nos estudos para conseguir vencer.

- Coercitivo: Demonstrou rigidez para conseguir com que os jogadores cumprissem com as regras. Quando determinado jogador cometesse algum deslize, este era penalizado com uma série de exercícios ou até mesmo era impedido de frequentar os treinos.

Carter se utilizou do seu poder real como técnico para determinar novas diretrizes aos atletas para que estes tivessem desempenho melhor dentro de quadra e nas aulas. Com o passar dos jogos e com as vitórias acontecendo, ele se utilizou do poder aparente para tomar atitudes mais rígidas quando percebeu que os jogadores não estavam cumprindo com o contrato, como na cena em que ele fecha o ginásio para que os atletas se dedicassem a melhor o desempenho nas notas escolares.

Utilizando as ferramentas para planejamento, é possível montar uma tabela simples como abaixo para ilustrar o que foi verificado pelo Carter para que os jogadores pudessem render dentro das quadras e, também, dentro da sala de aula. Os objetivos comuns são jogar basquete e vencer o campeonato. Tais fatos são informados logo de início. Houve conflito no quesito de dedicação aos estudos e seguimento de regras. Porém logo de início foi determinado que para conseguir o sucesso dentro das quadras era necessário seguir com as regras e a dedicação nos

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