A Análise Economica
Por: Julia Montemor • 17/1/2022 • Artigo • 2.323 Palavras (10 Páginas) • 138 Visualizações
Introdução
Com o aumento da população urbana, das mulheres no mercado de trabalho, do poder de compra e do acesso à internet, tem surgido novos hábitos de consumo, e um deles é a preferência pela alimentação fora de casa. Essa mudança nos hábitos do brasileiro, fez com que o mercado de Food Service quase dobrasse de 2005 a 2010, passando de um faturamento de R$ 96 bilhões em 2005 para R$ 181,1 bilhões em 2010. O segmento de delivery vem se tornando muito comum na vida dos brasileiros, segundo Fabiana Castro, sócia diretora da GS&MD – Gouvêa de Souza, responsável pelo estudo Food Service Brasil – Alimentação Fora do Lar na Visão do Consumidor Brasileiro (2011), as pessoas utilizam o delivery para pedir comida ao menos uma vez por semana. (MARCOLINO, 2011). Nos últimos anos, de acordo com a Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (2019) este mercado cresce em média 13,3% ao ano.
A rede Brasileirinho Delivery está desde 2014 no ramo de franquias alimentícias, com um modelo de negócio diferenciado ao oferecer comida brasileira in box, a empresa está entre os 10 maiores do IFood. Além de estar entre as 19 franquias do ramo de alimentação consideradas tendências de sucesso para investir, segundo Associação Brasileira de Franchising (ABF). Este segmento que a Brasileirinho Delivery atua, conforme os dados da ABF é o de maior peso no setor de franquias brasileiras. Do faturamento total registrado pela ABF em 2018 de R$163,319 bilhões, as redes de alimentação foram responsáveis por aproximadamente R$42,816 bilhões, cerca de 26,22%. O mercado de alimentação apresenta bons resultados: a inovação, adaptada aos desejos do público é o grande segredo desse setor. Entre as principais tendências encontradas no mercado de Food Service, a alimentação saudável se destaca. De acordo com a 12ª Pesquisa Setorial ABF Food Service em 2017, 63,9% das redes acompanham as tendências de cardápio, outras 38,9% das redes monitoram tendências vegetarianas e veganas - é o caso da Brasileirinho Delivery. (IMPRENSA, 2018).
Sendo assim, pode-se notar que a franquia está atuando em um segmento com perspectivas de crescimento ao longo dos anos, além de ser uma rede que está atenta às necessidades e desejos dos consumidores brasileiros.
Análise Econômica
De acordo com Viceconti e Neves (2013, p.98)
A macroeconomia é uma parte da teoria econômica que tem como objetivo o estudo do funcionamento da economia como um todo, que busca medir e identificar todas as variáveis que determinam o nível de preços do sistema econômico, a sua inflação a nível econômico mundial, assim como, o volume de produção total e o nível de emprego.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), prevê que a economia brasileira cresça 1,9% em 2019. A estimativa é menor que a projetada pela organização em 2018, que foi de 2,1%. Entretanto, para 2020, a OCDE manteve a previsão de crescimento em 2,4%. (VERDÉLIO, 2019).
Apesar da redução na estimativa, de acordo com o relatório divulgado pela instituição, está ocorrendo uma recuperação moderada da economia brasileira. Onde a maior confiança das empresas, inflação em queda, menor incerteza política e melhora do mercado de trabalho contribuirão para o crescimento da demanda interna.
Para a OCDE, a implementação bem-sucedida da agenda de reformas do novo governo, particularmente a reforma previdenciária, continua sendo fundamental para uma retomada mais forte do crescimento. A projeção da OCDE está abaixo da expectativa do mercado brasileiro. De acordo com o Boletim Focus (2019), a estimativa para a expansão do PIB é de 2,48% para 2019 e 2,65% para 2020. (VERDÉLIO, 2019).
Já ao falar sobre o mercado em que a franquia Brasileirinho Delivery está inserida, o cenário atual e as perspectivas de crescimento demonstram que o empreendimento está indo na contramão das estimativas do mercado para a economia brasileira. O mercado de delivery de alimentos foi um dos que mais cresceu ao longo dos anos. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), apenas em 2017 o setor movimentou cerca R$ 10 bilhões. Aliar praticidade e agilidade, seja entregando produtos e serviços em casa, ou possibilitando negócios durante os deslocamentos entre casa-trabalho-escola têm sido vistos como o futuro do varejo. (IMPRENSA, MERCADO & CONSUMO, 2018).
Há pouco tempo o mercado de delivery era basicamente formado por “snacks” como pizzas, comida chinesa, lanches e esfihas, a partir de 2018 este cenário começou a mudar. Pratos que antes eram consumidos apenas em restaurantes, atualmente estão disponibilizados em delivery. Tal mudança, se deu pela expansão dos aplicativos de entrega
de comidas, como o IFood. Facilitar a vida do cliente tornou-se fundamental, e aquele prato mais elaborado, que exigiria maior tempo de preparo, pode ser facilmente pedido via app para entrega delivery.
Dessa forma, pode-se notar que mesmo com as perspectivas de uma lenta recuperação econômica no Brasil, o cenário do mercado em que a franquia se encontra é altamente satisfatório.
1.1.1 PIB
O PIB de um dado país mede o valor total dos bens e serviços finais produzidos dentro do território desse país durante um determinado período. O lento desempenho da atividade econômica em 2018 e as incertezas em relação a aprovação da reforma da Previdência contribuíram para reduzir o otimismo entre os economistas e investidores.
As últimas projeções de mercado revelaram que a expectativa é de menor crescimento da economia brasileira em 2019. As estimativas do Banco Central (BACEN), em fevereiro de 2019, foi que o ano terminará com um crescimento de 2,48%. Um pouco mais otimista que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo, que diminuiu de 2,1% para 1,9% a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Mesmo com a diminuição das incertezas políticas, inflação baixa e retomada do mercado de trabalho, ainda assim não são o suficiente para aumentar as expectativas em relação a economia brasileira. Parte do crescimento esperado está associado à aprovação da reforma da Previdência. O governo federal espera que ocorra no primeiro semestre do ano, mas a opinião do mercado é diferente. Analistas acreditam que só ocorrerá no fim do terceiro trimestre, em meados de setembro. Dessa forma, o cenário retratado evidencia certo risco para o investimento, no qual será necessário adotar estratégias para sua redução. (FERRARI, 2019).
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