A Estrategia Organizacional
Por: Isabella de Souza • 17/10/2015 • Seminário • 4.458 Palavras (18 Páginas) • 168 Visualizações
Isabella de Souza – 86515 – Adm Integral
ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL – RESUMO
Estratégia pode ser um plano, um padrão, uma posição, uma perspectiva ou um pretexto (5 Ps).
Escolas:
- Escola do Design – Concepção
Na escola do Design a formulação estratégica se dá através da análise SWOT. Após isso, elas devem ser avaliadas e isso se dá através de quatro tipos de testes. São eles: Consistência (A estratégia não deve apresentar objetivos e políticas mutuamente inconsistentes), consonância (A estratégia deve representar uma resposta adaptativa ao ambiente externo e às mudanças críticas que ocorrem dentro do mesmo), viabilidade (A estratégia não deve sobrecarregar os recursos disponíveis, nem criar subproblemas insuperáveis) e vantagem (A estratégia de propiciar a criação e/ou manutenção de uma vantagem competitiva na área da atividade selecionada). A escola do Design propõe um modelo de formulação de estratégias em busca de uma adequação entre as capacidades internas e as possibilidades externas. Para esta escola, é a gerência sênior que formula mentalmente as estratégias deliberadas, através de um processo informal chamado de “pensamento consciente”.
Premissas básicas
O processo de criação das estratégias precisa surgir de um pensamento consciente, tendo o gestor como ator principal desta etapa, que deve responder por todo este processo criativo e seu controle, pois é ele o estrategista do processo. O modelo de formação da estratégia precisa primar pela simplicidade e informalidade, sempre explicitado para todos os interessados na criação. As estratégias geradas precisam e devem ser únicas. O processo de design é individualizado.
Além disso, a estrutura organizacional deve seguir a estratégia, ou seja, se a estratégia mudar, a estrutura da organização também deve mudar.
Há um outro contexto no qual o modelo da escola do design poderá ser aplicável: o da nova organização, uma vez que ela precisa ter um senso claro de direção para competir com seus rivais mais antigos, ou até mesmo de se posicionar em determinado nicho. Este período de concepção inicial de estratégia costuma ser, é claro, uma conseqüência de um empreendedor com uma visão, a pessoa que criou a organização.
Críticas
A principal crítica a essa escola, é a pouca importância dada por ela a aspectos importantes na criação, como o desenvolvimento incremental e as estratégias emergentes, a influência das estruturas atuais e a participação plena de outras pessoas, além do executivo principal.
- Escola do Planejamento – Processo formal
A formação da estratégia é vista como um processo formal, sustentado por técnicas, programas, planos. Consiste no desdobramento da análise SWOT em fixação dos objetivos, análise das condições externas, análise das condições internas, avaliação da estratégia e operacionalização da estratégia e por isso é vista como a prática empresarial ideal. Também tem natureza prescritiva, isto é, preocupa-se mais com como as estratégias devem ser feitas do que como elas realmente são feitas. A maior parte dos diferentes modelos estratégicos se reduz à mesma ideia: o modelo SWOT.
Premissas básicas
Adota quase todas as premissas da escola do Design, porém, o planejamento exige uma execução altamente formal e programada, e cumpre obrigatoriamente uma sequência lógica de etapas. A estratégia não é elaborada pelo executivo principal, mas sim pelos planejadores de cada área da empresa. O executivo principal fica responsável apenas por aprovar ou não o projeto.As estratégias surgem prontas deste processo, devendo ser explicitadas para que possam ser implementadas por meio da atenção detalhada a objetivos, orçamentos, programas e planos operacionais de vários tipos.
A grande falácia do planejamento estratégico é a combinação de três falácias (da predeterminação, do desligamento e da formalização). O planejamento estratégico não é geração de estratégias: nenhuma elaboração jamais fará com que procedimentos formais possam rever descontinuidades, informar gerentes distanciados, criar novas estratégias.
Contribuição/pontos fortes
Os planejadores têm função muito importante dentro da organização, podendo assumir vários papéis indispensáveis dentro de uma organização.
Surge a ideia do planejamento de cenários, para que a empresa possa analisar hipóteses de comportamento num cenário pessimista, mais provável (plausível) e otimista. Podem ser consideradas nessa avaliação variáveis econômicas, sociais, políticas e demográficas e controle estratégico, para avaliar se o plano de ação está refletindo no resultado esperado. Disso, resulta o modelo de gestão Análise de Cenários, que é muito utilizado em ambientes de incerteza e que sofre muitas mudanças.
Outro progresso é a teoria das opções reais, o equivalente administrativo da teoria das opções em finanças (direito de fazer ou não compra e venda). Na administração, a opção é sobre investimentos. Calcula-se o investimento total e decide-se se o investimento deve prosseguir ou não. Nem sempre é necessário abandonar o investimento ou ir até o final, existe uma terceira opção. Ex: setor elétrico, indústria cinematográfica, etc.
Chega-se à conclusão de que o controle estratégico deve ir além do planejamento estratégico, visto que o importante é o desempenho da organização, não o do seu planejamento. “Todo planejamento estratégico é controle estratégico”, mas não ao vice-versa. Deve envolver autonomia das unidades de negócio e a promoção de interesses corporativos. É controle estratégico também o controle financeiro.
Críticas
Predeterminação do cenário: para o planejamento ser tido como estratégico, é necessário a organização prever as mudanças no ambiente externo ou controlá-las. Não é isso o que na verdade ocorre. Quando as empresas adotam esse planejamento sempre esperam pelo cenário melhor e mais adequado, mas na verdade isso é difícil de acontecer.
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