A GESTÃO DE PROJETOS COMO UM INSTRUMENTO NA ADMINISTRAÇÃO DOS HOSPITAIS FEDERAIS
Por: stephaniefd • 4/7/2018 • Trabalho acadêmico • 3.088 Palavras (13 Páginas) • 171 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
STEPHANIE FERREIRA DOS SANTOS
A GESTÃO DE PROJETOS COMO UM INSTRUMENTO NA ADMINISTRAÇÃO DOS HOSPITAIS FEDERAIS DO RIO GRANDE DO SUL
Implantação e Desenvolvimento de Escritórios de Projetos em Hospitais Federais
Porto Alegre
2018
STEPHANIE FERREIRA DOS SANTOS
A GESTÃO DE PROJETOS COMO UM INSTRUMENTO NA ADMINISTRAÇÃO DOS HOSPITAIS FEDERAIS DO RIO GRANDE DO SUL
Implantação e Desenvolvimento de Escritórios de Projetos em Hospitais Federais
Estudo e análise submetida à Cadeira de Administração de Serviços públicos do curso de Administração Pública e Social da Universidade federal do Rio Grande dos Sul, como requisito parcial para a conclusão da cadeira.
Orientadora: Profª Drª. Jaqueline Marcela Villafuerte Bittencourt
Porto Alegre
2018
RESUMO
As administrações dos Hospitais Federais por mais de década buscam aumentar a qualidade na prestação dos serviços com o objetivo em atender às reais necessidades da sociedade. Todas as atividades de prestação de serviços, em especial nos serviços de saúde estão profundamente comprometidas com a qualidade do fornecimento, dos resultados e das entregas de soluções para as necessidades básicas de saúde da população. E isso acontece, dentre outros fatores relacionados, fragmentação de missões e a sobreposição das necessidades da sociedade no que tange aos serviços de saúde.
E, como forma de alternativa à crise de gestão de recursos precários, de prestação de serviços de saúde cada vez mais desorganizado e ineficiente, o Gerenciamento de Projetos mostra-se como um promissor instrumento no alcance da eficácia e para serviços de saúde de qualidade, com melhor aproveitamento de recursos. Sendo então necessário o redesenho do modelo organizativo e do modelo de gestão dos Hospitais Federais.
Em aplicabilidade da ferramenta de Gestão de Projetos, em especial na criação de Escritórios de Projetos (PMOs), este modelo orientaria a Gestão destes Hospitais, contribuindo no desempenho em termos de comunicação, trabalho em equipe e experiência. Produzindo o sucesso das atividades de pesquisa e entrega do projeto ou serviço no tempo estabelecido e dentro do orçamento alocado, podendo ser benéfico tanto para a gestão de recursos e metas como para os resultados científicos de pesquisas médicas e de saúde.
O objetivo deste trabalho é mostrar formas por meio de definições e a aplicabilidade do uso da Gestão de Projetos na Administração dos Hospitais Federais do Estado, bem como o de operacionalizar essa implantação e seguir para a melhoria contínua da Gestão da Saúde pública.
A coleta dos dados deu-se pela consulta bibliográfica e documental disponíveis, selecionadas pela relevância, credibilidade e confiabilidade das fontes, citando-se em especial o PMBOK e da Constituição Federal, artigos e outras publicações relevantes sobre o tema.
Palavras Chave: Gestão de projetos, Hospitais Federais do Rio Grande do Sul, gestão, projetos de saúde, PMO, organização.
- INTRODUÇÃO
Os Hospitais Federais são importantes centros de saúde para a população, são fontes de conhecimento teórico, prático e de pesquisa, formando recursos humanos na área da saúde e prestando apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão das instituições federais de ensino superior às quais estão vinculados. Contudo, mesmo associado a este nível de importância, são diversos os problemas que acompanham a situação desses Hospitais: longas filas de esperas para marcação de consultas e atendimentos, problemas nas instalações, falta de médicos, além de dificuldade na gestão de recursos financeiros.
No sistema de saúde brasileiro, os problemas supracitados, ocorrem desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, originados por um planejamento deficiente em alcance dos objetivos básicos do modelo proposto. Como seguem as premissas da Lei 8.080/1990 – que “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências”.
Ou seja, controle e gestão dos meios envolvidos nos programas e projetos de saúde, bem como sua prestação de contas e transparência. Deste fato, surgem as imposições de inovações, tanto nos modelos de gestão como na adoção de estratégias que resultem em facilitadores da governança e gere maior eficiência na execução, controle e, por conseguinte, dos resultados previstos no planejamento. Pois, embora pareça que os progressos estejam ocorrendo, no sentido de melhoria da práticas da Gestão dos Hospitais Públicos de Saúde, esse progresso ainda é lento e agonizante para quem necessita dos serviços públicos.
É importante uma maior articulação entre os projetos implantados nos Hospitais Federais do Rio Grande do Sul, principalmente para a garantia da qualidade dos projetos elaborados. E, em análise metodológica, para o cumprimento dos princípios e diretrizes do SUS, no que tange a forma atual de como ocorre a gestão, a introdução da Gestão de Projetos se apresenta como uma importante ferramenta, e muito eficiente para a garantia da qualidade e obtenção de resultados duradouros. Haja vista que, na Gestão de Projetos, que já é bastante conhecida nas organizações internacionais e nos setor privado, há um maior controle das ações desenvolvidas, geração de histórico, melhor comunicação entre os envolvidos, acompanhamento dos recursos utilizados, análise da viabilidade dos serviços e projetos, entre outros. Todos esses diferenciais são essenciais para qualquer tipo de organização. A definição de projeto já remete à ideia de planejamento e execução de tarefas de forma estruturada, por pessoal qualificado, com objetivo claro e definido, cronograma e orçamento conhecidos, além do prévio estabelecimento de controles de indicadores para avaliação dos resultados alcançados, comparados em função dos previstos. Essas prerrogativas fazem do gerenciamento de projetos um instrumento a serviço das boas práticas em gestão de saúde públicas, que prima entre outros princípios pela efetividade, economicidade, eficiência, transparência e prestação de contas.
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