A Globalização, Metrópole e Projetos Urbanos .
Por: Priscila Guedes • 24/10/2017 • Trabalho acadêmico • 604 Palavras (3 Páginas) • 307 Visualizações
UFF – Universidade Federal Fluminense
EAU – Escola de Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: Globalização, Metrópole e Projetos Urbanos
Professora: Fernanda Sanchez
Estagiária Docente: Francisca Alexandre
Aluna: Priscila Guedes
Autores/textos escolhidos para o ensaio:
- NOVAIS, Pedro. Urbanismo na Cidade Desigual. O Rio de Janeiro e os megaeventos. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e regionais, RBEUR/ANPUR, Vol. 16.1, 2014.
- SÁNCHEZ, F.; BIENENSTEIN, G.; OLIVEIRA, F.L. Olimpíadas 2016: um balanço de véspera. In: Dossiê: Cidades Olímpicas. Organização: Gilmar Mascarenhas. Revista ADVIR, ISSN 1518-3769, Rio de Janeiro, ASDUERJ, julho 2016.
O cenário geral do ensaio é a cidade do Rio de Janeiro. Cidade essa que, nos últimos 3 anos, foi palco de dois dos maiores megaeventos esportivos do planeta. Coincidentemente (ou não), vimos na última década a acentuação das disparidades sociais e econômicas por toda região. Os níveis de desigualdade só fizeram aumentar. O governo, em contrapartida, tratou de maquiar tudo de ruim e nos bombardear com propagandas sobre as diversas melhorias urbanísticas e, principalmente, na qualidade de vida que toda essa mudança causaria.
O termo de “Cidade Dual” se encaixa perfeitamente no caso do Rio de Janeiro, e é afirmada pelos diversos termos populares ditos cotidianamente: Asfalto x Favela; Cidade x Favela; Bairro x Favela. É bem verdade que, historicamente, existiram distintas iniciativas urbanísticas que ativaram, na teoria, o caráter de cidade coesa e relativamente homogênea. Na prática, entretanto, contribuíram para fazer do Rio de Janeiro um lugar predisposto a polarização.
Em 1993, quando Cesar Maia assumiu a prefeitura, uma história começou a ser construída: O Rio de Janeiro, como centro de grandes Projetos.
“A tradição esportiva no Rio e seus recursos naturais e humanos permitem lançar sua candidatura para sediar os Jogos Olímpicos de 2004, com excelentes possibilidades. E, seguindo o exemplo de outras cidades, aproveitar os jogos para sua transformação”
Como já sabemos, as Olímpiadas só chegaram no ano de 2016. E anteriormente, ensaios como o Panamericano (2007), a Copa das Confederações (2013) e a Copa do Mundo (2014) nos mostraram uma prévia do que estava por vir. E nesse pacote de grandes eventos foram injetados, em um curto espaço de tempo, grandes investimentos públicos na implantação de projetos que têm reconfigurado consideráveis parcelas do espaço da cidade, impactando, quase que de forma permanente, sua estrutura e dinâmica socioespacial.
Caso seja, de fato, possível intervir no espaço físico e produzir efeitos no espaço social, a prática urbanística teria que reconhecer os indivíduos em suas relações e como eles interagem com o todo. Teria, além disso, que considerar que os indivíduos e grupos encontram-se em condições diferentes e, por isso, as relações entre eles não são simétricas. Desigualdade, apareceria como um desafio à prática, porém não o único.
Os projetos urbanos, a partir dos anos 1990, deu a arquitetos a oportunidade de readquirir o domínio da atividade e conectou urbanistas com um debate renovado. Contudo, não foram incorporados à prática elementos que sobrepujem as dificuldades históricas do urbanismo, relacionadas às convicções e ideais nele carregados.
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