A HISTÓRIA DA AUDITORIA E SUAS NOVAS TENDÊNCIAS: UM NOVO ENFOQUE SOBRE GOVERNANÇA CORPORATIVA

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Faculdade Joaquim Nabuco	Auditoria	Campus Recife
Resumo

A HISTÓRIA DA AUDITORIA E SUAS NOVAS TENDÊNCIAS: UM NOVO ENFOQUE SOBRE GOVERNANÇA CORPORATIVA

        Desde a antiguidade com o surgimento das primeiras práticas cambiais e das operações comerciais, o homem buscou registrar suas pequenas barganhas e ao longo dos anos atentou-se a aprimorar métodos que trouxessem mais garantia e conformidade as suas transações.

        Com a Revolução Industrial ocorrida na Europa que modernizou o processo de produção e a integração econômica, social e cultural trazida pelo advento da globalização mundial, as organizações precisaram adotar medidas que garantissem à veracidade de informações que circulam no meio empresarial e que é essencial e que dá segurança a saúde financeira e o suporte a tomada de decisão gerencial.

        Os recentes escândalos que tomaram conta da mídia nos últimos anos como o caso da empresa americana Enron e no Brasil como exemplo, a Petrobras – uma das maiores empresas estatais reconhecidas mundialmente pela sua consolides de mercado –, põem a mesa a discussão do processo de Auditoria e sua relação com o processo de Governança Corporativa.

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        Em busca de conseguirem créditos para financiar as suas operações e terem capital de giro para fazerem investimentos às entidades tem cada vez mais buscados bancos e investidores. Para atenderem a esses pedidos os agentes financeiros precisam embasar suas decisões para assim poderem diferir ou não os pedidos realizados e para isso utilizam os demonstrativos contábeis apresentados pela empresa. Dados esses que correspondem à posição/condição patrimonial e financeira resultado das operações, mutações do seu patrimônio e as origens e aplicações dos seus recursos de tal forma que garanta liquidez para o agente financeiro.

        Em busca de maior credibilidade de mercado, muitas companhias submetem-se a adotar o processo de Governança Corporativa. Processo esse que visa integralizar as informações pertinentes à organização e que se faz indispensável para garantir a perenidade e continuidade das operações empresarias, além de trazer a todos os envolvidos – sejam eles os stakeholders ou até mesmo o entorno –, maior controle da prestação de contas e da transparência empresarial.  

        Uma vez adotada o processo de Governança Corporativa como manter a veracidade das informações registradas? E neste momento se faz indispensável o uso do procedimento de Auditoria de contas, para que assim sejam avaliados e revisados os procedimentos e documentos produzidos a partir das operações praticadas pela entidade. Mas ainda sim o processo de auditar precisa ser realizado de maneira enérgica e autônoma, sendo processado por diferentes daqueles que registram as informações.

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        Ao longo da historia da humanidade, podemos perceber que por mais primitivos que fossem já se havia a necessidade de se registrar e verificar as informações inerentes a contabilidade das grandes e até pequenas civilizações, uma vez que se fazia necessário manter atualizado o valor patrimonial dos grandes impérios obtidos através da arrecadação dos impostos.

        Tempos depois, com a criação da profissão de auditor criado na Inglaterra em meados de 1314, deixa claro o interesse sociedade na participação das atividades dos grandes empreendimentos visto o crescimento da economia e do comércio, sobretudo, pelo evento da Revolução Industrial tendo seus ideais propagados mundo afora.

        A quebra da bolsa de valores de Nova Iorque em 1929 marca a necessidade de ser aprimorar o sistema contábil já existente e dar-se mais atenção ao grau de evolução da auditoria dentro da empresa para que se possam mitigar as falhas nas divulgações contábeis. A criação do Comitê May que atribui então as regras para as instituições que negociam suas ações em bolsas e dá força para o surgimento da auditoria externa.

        Sendo a Auditoria Interna o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais e a Auditoria Externa aquela que examina as demonstrações contábeis de uma empresa e emite sua opinião sobre estas, o que a tornou fundamental, vista como uma medida de segurança, que na opinião dos investidores, que passaram a exigir que as demonstrações contábeis fossem examinadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica (Oliveira & Diniz Filho, 2001) apesar de serem muitas vezes confundidas é interesse ressaltar que elas se completam para que haja um trabalho sempre confiável.

        Para obter as eficiência e eficácia desses procedimentos é necessário que ele atenda as normas e princípios de contabilidade internacionalmente aceitos. É preciso ainda contratar um profissional independente – auditor externo – para que ele possa emitir um parecer acerca das demonstrações contábeis e que haja um relacionamento entre as duas auditorias, uma vez que a auditoria externa considera a interna como parte do procedimento.

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