A MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL
Por: isasilver • 22/11/2020 • Trabalho acadêmico • 1.482 Palavras (6 Páginas) • 164 Visualizações
MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL | |
Disciplina: Gestão de Pessoas | Módulo: Atividade Individual |
Aluno: Isabella Maria Oliveira Silveira | Turma: MBA Gestão Empresarial |
Introdução | |
O presente trabalho tem como escopo identificar os principais estilos de liderança, suas carcateristicas, vantagens e desvantagens, apresentando ao final, uma observação sobre quais perfis fazem ou fizeram parte do meio social ao qual estou inserida. | |
Desenvolvimento – análise de diferentes perfis de liderança | |
MODELOS DE LIDERANÇA DE KURT LEWIN 1. ESTILO AUTOCRÁTICO - Característica: É o famoso líder mandão do dito popular “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Suas decisões são tomadas unilateralmente. Tem foco nas regras, nas normas e nos procedimentos. Sua principal característica é ser centralizador e dominador. - Vantagens: A maior vantagem deste tipo de liderança é que em momentos de pressão, o líder consegue ser rápido e firme ajudando a equipe a manter o foco no que tem que ser feito. O fato de dominar a técnica e o conhecimento o ajudam a se sentir seguro em momentos assim. - Desvantagens: A maior desvantagem para este tipo ocorre quando se lidera equipes que precisam de maior criatividade e desenvolvimento, já que a autocracia “boicota” a inovação.
2. ESTILO PARTICIPATIVO
- Característica: Aqui enquadra-se o dito popular “a união faz a força”. É um estilo de liderança mais democrática em que toda a equipe participa das decisões quando o líder apresenta a situação. Ele se torna o porta-voz da equipe. Esse líder incentiva a troca e o feedback como cultura da equipe, gerando engajamento e um ambiente propício a ideias (LUTZ, 2019). - Vantagens: A equipe trabalha com mais liberdade de autonomia, sem contudo, deixar de se envolver nas decisões do grupo. Aqui, evita-se a concentração de atividades. - Desvantagens: Segundo Lutz (2019) "o líder que utiliza muito do perfil democrático pode burocratizar processos e causar lentidão na tomada de decisão, perdendo gradativamente a performance da equipe se ela não estiver engajada”.
3. ESTILO LAISSEZ-FAIRE (OU LIBERAL) - Característica: Aqui, há total autonomia para as tomadas de decisões individuais ou do grupo com quase nada de participação do líder. Este não interfere no processo e deixa a tomada da decisão para seus membros. - Vantagens: É uma forma de aumentar a confiança na capacidade dos colaboradores uma vez que, como estes têm pleno conhecimento (técnico) sobre o que deve ser feito, trabalhar com autonomia os deixa mais satisfeitos. - Desvantagens: Sem norte, o grupo fica mais sujeito a erros e pode apresentar menos motivação e empenho nas atividades. Os problemas também tendem a se intensificar devido a pouca presença de liderança. Observações sobre a frequência no ambiente organizacional
Na cultura que atualmente estou inserida (num estado onde a economia gira em torno, praticamente, da agricultura e da pecuária), observo que o estilo autocrático está muito presente nas relações entre fazendeiros e os peões de suas fazendas. Por ser um ambiente muito rústico, os trabalhadores da zona rural tem uma característica muito chucra, exigindo uma autoridade mais firme e que imponha maior respeito e direcionamento de seus atos durante o trabalho. Um observador de uma conversa entre ambos pode se chocar ao perceber a aspereza no trato. Mas o fato é que chefe e subordinado se entendem e se respeitam dessa forma. Em relação ao estilo de liderança liberal, acredito que ela se encaixe perfeitamente num ambiente que trabalhei por alguns anos: na presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul. Ali, o presidente do Tribunal, que era um desembargador "eleito" pelos seus demais colegas (também desembargadores) atuava como um líder liberal quando submetia as decisões que envolviam seus próprios interesses ao órgao colegiado. Contudo, recordo-me de algumas dessas sessões terem sido conflituosas, afinal todos estavam no mesmo nível de hierarquia e possuíam um ego enorme. Em casos como esse, acredito que o presidente era apenas um condutor da reunião que prezava pelo respeito e cordialidade entre os colegas.
MODELO DE LIDERANÇA SITUACIONAL A liderança situacional, segundo Dale Carnegie (2019): É um modelo de gestão, ou estilo de liderança, em que o líder adapta o seu comportamento e acompanhamento de acordo com o momento no qual a equipe se encontra e também a suas capacidades técnicas e comportamentos. O que significa que o líder não mantém um único estilo de liderança, mas adapta seu estilo à situação em causa. Aduz ainda que: É uma abordagem que defende que em vez de se utilizar apenas um estilo de liderança, os líderes de sucesso devem mudar os estilos, tendo em conta a maturidade das pessoas que lideram e os detalhes da tarefa. Assim, o líder deverá ter uma postura mais controladora quando estiver diante de um funcionário com baixa maturidade e seguir rumo ao caminho do estilo participativo à medida que a maturidade do funcionário aumenta, ou seja, quanto maior a maturidade, mais liberal se torna o líder (FERREIRA, Victor Claudio Paradela… [et al.], Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: 2017) Este tipo de liderança pode ser dividido em quatro estilos, os quais passaremos a analisar.
4. E1 – DETERMINAR Sao os casos em que a maturidade do liderado é baixa e o mesmo precisa aprender a tarefa que realizará. O líder, então, fica ao seu lado mostrando-lhe o quê fazer até que adquira confiança para seguir sozinho. (CAMARGO, 2018)
5. E2 - PERSUADIR Aqui, a maturidade do liderado está entre baixa e moderada, e apesar de saber o que tem que ser feito e demonstrar boa vontade para fazê-lo, ainda não domina a técnica da tarefa a ser realizada. O líder não mais “pegará na sua mão”, mas sim, orientará e supervisionará a tarefa que lhe fora incumbida motivando-o até a execução completa da mesma. Há uma maior participação dos liderados, os quais oferecem opiniões e melhorias para contribuir com o projeto (CAMARGO, 2018). 6. E3 - COMPARTILHAR É um modelo mais voltado para liderar pessoas com maturidade entre moderada e alta, que têm plena capacidade para executar a tarefa, faltando-lhes, somente, segurança ou motivação. O líder entra aqui como um facilitador e incentivador, prestando apoio, porém com pouca supervisão. Segundo Camargo (2018): Ao atingir este estágio, a liderança oferece oportunidades para que a equipe discuta e analise perspectivas diferentes, enriquecendo o processo colaborativo. O colaborador tem muito mais respaldo para executar sua tarefa, sendo que o papel de supervisor do líder sai de cena, pois a liderança supervisiona muito pouco o que está sendo feito.
7. E4 - DELEGAR Indicada para os liderados que apresentem alta maturidade, ou seja, capacidade e disposição para assumir responsabilidades. Acredita-se que este tipo de liderança seja o sonho de todo líder, afinal, como os funcionários já detém conhecimentos e segurança para fazer a tarefa, o líder apenas a delega, pois os liderados já estão maduros, sabem como se comportar, entendem seus papéis e responsabilidades e sabem exatamente o que se espera deles (CAMARGO, 2018). - Vantagens do modelo de liderança situacional: Ambientes com este modelo de liderança adaptável ao perfil do liderado, se tornam mais confortáveis e motivadores, tanto para o liderado com pouca experiência, que terá um líder mais presente para lhe orientar e incentivar, quanto para os liderados mais experientes, os quais terão mais liberdade e autonomia para executar suas tarefas. - Desvantagens do modelo de liderança situacional: O líder deve conseguir ter a percepção de qual o melhor estilo a aplicar em cada caso, pois caso não o tenha, a essência do modelo se perde. Também pode acontecer de algum membro da equipe questionar o porquê de não ser tratado com a mesma regra e critério, levando-o a se sentir injustiçado. Observações sobre a frequência no ambiente organizacional
Recentemente tive a oportunidade de participar de um curso sobre recrutamento e seleção de equipe de vendas, e um dos assuntos abordado foi a pós contratação, o qual, peço licença para linkar com este tipo de liderança. Segundo o palestrante, os trinta primeiros dias do período de experiência, o líder da equipe deve ficar mais próximo do recém contratado a fim de ajudá-lo a conhecer os produtos e serviços, a empresa, os clientes e os concorrentes, preparando-o para começar dar os primeiros passos sozinho. Acredito que este seria o período E1. Entre os trinta e sessenta dias após contratação, o líder passará então a orientar o recém contratado para que consiga cumprir metas de prospecções, ligações etc, iniciando, então, o período E2. E durante o intervalo de sessenta e noventa dias, o liderado deve se sentir pronto para desempenhar suas tarefas mais próximas o possível do melhor vendedor. Acredito que esse seja o período E3. Já o período E4, vêm após a contratação efetiva, findado o período de experiência. | |
Considerações finais | |
Após analisar os tipos de liderança mencionados, acredito que todos são válidas, nao havendo que se falar em estilo certo ou errado, mas sim o que será mais adequado ao tipo de situação. Acredito que o bom líder deve estar preparado para trabalhar em qualquer situação que lhe surja, buscanco conhecer os membros de sua equipe e engajando-os na missão que lhe fora confiada. | |
Referências bibliográficas | |
FERREIRA, Victor Claudio Paradela… [et al.], Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: 2017) https://primesail.com.br/estilos-de-lideranca/ https://www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/Gestao_de_Pessoas_(aula_3).pdf https://www.treasy.com.br/blog/lideranca-situacional/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Liderança_situacional https://blog.consultoriacoach.com.br/lideranca-situacional/ https://portaldalecarnegie.com/o-que-e-lideranca-situacional |
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