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A Matriz de Atividade individual

Por:   •  11/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.757 Palavras (8 Páginas)  •  1.340 Visualizações

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Atividade individual        

Matriz de atividade individual

Disciplina: CORPORATE FINANCE

Módulo: 2

Aluno: vds

Turma: 0721-1_2

Tarefa: 

Nesta atividade, serão calculados o custo de capital e realizaremos as projeções dos fluxos de caixa de um projeto de investimento em dois cenários, de modo a verificar a viabilidade da implantação de uma loja que pretende atuar no varejo de comércio de roupas. Com objetivo é compreender o contexto e identificar as variáveis necessárias para estruturar e projetar o resultado e o fluxo de caixa de um projeto de investimento bem como aplicar os conceitos relacionados a corporate finance ao processo decisório de avaliação de um projeto de investimento.

Amanda trabalha na área jurídica de uma empresa privada e, há tempos, tem o desejo de empreender. O seu grande sonho é construir uma rede de lojas cujas franquias vendam roupas femininas e para tal necessita de um desenvolvimento e análise de viabilidade de projetos para tal investimento, bem como elaboração das projeções dos resultados e fluxos de caixas projetados para sua primeira loja em um shopping da cidade.

Custo de capital próprio e custo médio ponderado de capital

Segundo Martelanc et al. (2012, p. 129), o custo de capital de um investimento “é a taxa de retorno mínima necessária para atrair capital para um investimento, seja este interno, como a aquisição de uma nova máquina, ou externo, como a aquisição de empresas”.  

Em relação ao projeto em questão, esta será a taxa de retorno que poderá justificar aos acionistas assumirem os riscos de efetuar um investimento na rede de lojas de roupas femininas. Portanto para calcular a TMA temos os seguintes racional:

Ke = Rf + β x (Rm – Rf )

KE=3,40+1,2 (11,40-3,40) = 13%

Sendo Rf a taxa de juros livre de risco, equivalente à renda fixa= 3,40% - onde a rentabilidade oferecida pelos títulos do tesouro direto e Rm de 11,40% sendo esse o retorno médio de uma carteira de mercado ambos percentuais dados pelo enuncioado da atividade temos que o  β é o coeficiente beta, que expressa o risco sistêmico em relação ao mercado, a qual temos β = 1+0,2=1,2, indicando que o prêmio dado pelo risco da empresa, ou seja, a rentabilidade adicional por assumir o risco de investir na empresa que é de 20%, contudo temos que a TMA é igual a 13%, ou seja o investimento demostra a capacidade de retorno aos acionais somente se o retorno sobre o capital próprio for superior ao custo de capital de 13%a.a.

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Já para calcular a taxa de capital próprio e o custo médio ponderado de capital temos o CMPC usado como taxa mínima de atratividade geral para um dado investimento a ser realizado, nesse caso conhecendo os custos de capitais próprios, custos de capitais de terceiros e o volume de recurso do ativo, será possível calcular o CMPC e saber o quanto o investimento  será capaz de gerar de retorno sobre o capital aplicado, assim temos:

 

CMPC = {Ke x %PL} + {K3o x %P}

CMPC=9,64%

Onde:

  • Ke é o custo do capital próprio. É a taxa que expressa o risco do capital próprio. Ke = Rf + β x (Rm – Rf )=13%a.a
  • %PL é a participação do capital próprio inserido no capital total da empresa. 47,5%
  • K3o é o custo do capital de terceiros. É a taxa de juros da dívida descontado o benefício fiscal= K3o = i x (1 – IR) = 10%*(1-0,34) = 6,60% 
  • %P é a participação do capital de terceiros inserido no capital total da empresa. 52,5%

Considerando o cenário descrito, a taxa de desconto a ser utilizada para os descontos dos fluxos de caixa do referido projeto de investimento será de 9,64% ao ano, o que justificará assumir os riscos, considerando a proporção de capital próprio e de terceiros investidos.

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Projeção dos resultados e dos fluxos de caixa livres da empresa e do acionista

Ao calcularmos os fluxos de caixas livres da empresa anualmente temos para o primeiro ano o saldo de R$ 121.468 resultante das receitas após os pagamentos de todas as despesas operacionais e financeiras e seus reflexos, sendo registrados crescimento anualmente até o ano 10 onde o fluxo de caixa da empresa prevê fechamento de R$ 1.006.331 no cenário um e no cenário dois. Temos que no último ano o fluxo de caixa livre da empresa prevê redução de 43,22% fechando o último FCLE em R$ 571.381.

Ao calcularmos o fluxo de caixa livre dos acionistas (FCLA) temos que no primeiro ano o resultado é de R$ 11.818 para o cenário 1 e R$ 133.116,00 no cenário 2 fechando em o projeto no último ano em R$ 1.006331 e R$ 571.381. O FCLA indicará anualmente o volume de recursos que a empresa poderá distribuir para os seus acionistas, caso a tomada de decisão da empresa sejadistribuir valores menores do que o representado no FCLA, poderá reservar recursos para o aumento da liquidez em detrimento da rentabilidade ou poderá formar capital para novos investimentos, ao contrário, a empresa decidindo distribuir valores maiores do que os apurados pelo FCLA, possível que registre maior endividamento.

O detalhamento dos cálculos do FCLE e FCLA estão como anexo na planilha de excel, indicando os dois cenários propostos comentados acima.

Cenário 1- proposto

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Cenário 2- redução das vendas em 20% em função da alteração da condição de recebimento.

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Análise de viabibilidade

VPL

Considerando para fins de cálculo o Fluxo de caixa livre da empresa temos que o VPL é de R$ 1.414.409,87 positivo, já o valor presente líquido com base no fluxo de caixa livre dos acionistas temos o valor positivo de R$ 1.135.633,29 evidenciando o ganho adicional sobre o valor investido.

No cenário 2 proposto para alteração da forma de recebimentos dos clientes onde projeta-se a redução de 20% nas receitas, temos que no fluxo de caixa livre da empresa o VPL será de R$ 709.903,67 positivo, já o valor presente líquido com base no fluxo de caixa livre dos acionistas temos o valor positivo de R$ 564.330,51. Em ambos os cenários podemos pressumir que a rentabilidade média do projeto é superior à taxa mínima de atratividade e que o projeto é viável.

A base de cálculos dos VPLs nos dois cenários está no anexo dois da atividade em formato excel.

TIR

Considerando a taxa interna de retorno (TIR) a taxa média de retorno, período após período, que o fluxo de caixa oferece, em toda a vida útil do projeto, temos a TIR para o fluxo de caixa livre da empresa de 30,82% e para o fluxo de caixa livre dos acionistas de 43,46%.  No cenário dois as TIR são de 23,02% para o fluxo de caixa livre da empresa e para o fluxo de caixa livre dos acionistas de 33,09%. Contudo sendo as TIRs maiores que a TMA, conclui-se que os fluxos de caixas em análise oferecem uma rentabilidade média, maior do que a rentabilidade média exigida pelo investidores, quando avaliado período a período, em toda a vida útil do projeto. Desse modo, podemos afirmar que o projeto é considerado viável.

Os cálculos da TIR nos fluxos de caixas Livre da empres (FCLE) e Fuxo de caixa Livre dos acionistas (FCLA) estão detalhados no documento em anexo em formato excel.

Payback simples

No fluxo de caixa livre da empresa temos para cenário um o payback simples de 41 meses, já para o cenário dois o payback simples é de 48 meses, porém ao avaliar o payback do fluxo de caixa dos acionistas 33 meses para cenário um e 40 meses para o cenário dois. Todos os payback menores ou igual ao prazo máximo estipulado para payback. Isso pode indicar que o projeto dará o retorno dentro do prazo esperado pelos acionistas, porém sendo o payback simples o índice de retorno a partir de uma perspectiva ampla, para melhor precisão calculamos o Payback descontado para os dois cenários no tópico a seguir considerando então o custo do capital.

Cenário 1

Cenário 2

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Payback descontado

Com objetivo de obter uma análise mais realista a respeito do retorno de um investimento, calculamos os payback para o FCLE e FCLA, com isso temos para cenário um o payback simples de 50 meses no FCLE, já para o cenário dois o payback simples é de 62 meses. Ao avaliar o payback do fluxo de caixa dos acionistas 41 meses para cenário um e 53 meses para o cenário dois. Sendo o prazo máximo estipulado para o payback de 48meses temos que somente o FCLA do cenário um atende as expectativas dos acionistas. Os demais os investimestos são pagos em um prazo superior ao esperado no escopo do projeto.

Cenário 1

Cenário 2

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Conclusão da análise

Com base no VPL tanto para o cenário 1 quanto para o cenário 2, podemos pressumir que o projeto é viável, sendo que a taxa de retorno para os dois fluxos de caixas FCLE e FCLA são maiores que a TMA para os dois cenários avaliados. Ao considerarmos o Payback descontado o projeto terá retorno após 50 meses no FCLE e 41 meses ao avaliarmos o FCLA, porém ainda que os prazos sejam superiores ao prazo máximo esperado pelos acionistas o projeto não se tornaria inviável.

No cenário dois, considerando a hipótese  de 100% das vendas serem parceladas em três vezes no cartão de crédito sem juros, temos os VPLS positivos nos dois fluxos de caixas o que indica que o projeto é viável, mas devido a redução de 20% no faturamento, em razão da diminuição do prazo médio concedido aos clientes, o VPL sofre impactos com redução expressivas quando comparado ao cenário 1, porém os VPLs ainda permanencem positivos indicando que a estratégica de contas a receber não comprometerá a viabilidade do projeto. Tal estratégica impacta de forma negativa também os paybacks onde os prazos de retorno dos investimentos nos dois fluxos de caixas (FCLA e FLCE), sendo os payback maiores que o prazo máximo estipulado pelos acionistas (48 meses), sendo que para o cenário 1 estaria dentro das expectativas dos acionistas. Contudo conclui que se os acionistas estiverem de acordo em rever o prazo estipulado para pagamento do investimento o projeto será viável, pagando taxas superiores a TMA nas suas situações propostas.

Referências bibliográficas

BORDEAUX-RÊGO, RICARDO-Viabilidade econômico-financeira de projetos -4.ed.– Rio de Janeiro : Ed. FGV, 2013.

COSTA, LUIZ GUILHERME TINOCO ABOIM- Análise econômico-financeira / Luiz Guilherme Aboim Costa, Myrian Layr Monteiro Pereira Lund. – Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018

MARTELANC, R.; PASIN, R.; PEREIRA, F. Avaliação de empresas. São Paulo: Pearson, 2012

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