A Psicologia das Organizações
Por: Rafaelapipa • 6/4/2018 • Trabalho acadêmico • 5.735 Palavras (23 Páginas) • 209 Visualizações
FACULDADES DO PARANÁ
PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
Discentes: S
Graduandos em Ciências Contábeis
1º Período - Turma A
Docente: Profª M
CURITIBA, 2017
1. Em qual modelo a Psicologia ficou presa no início da sua formação como ciência?
A Psicologia ficou muito tempo presa ao modelo das Ciências Naturais, pois, inicialmente, buscava-se estudar o comportamento humano através de experiências laboratoriais. Por muito tempo acreditou-se que o comportamento humano estava associado à fatores biológicos do indivíduo. Foi Vigotsky, no século XIX, quem desassociou a Psicologia das Ciências Naturais por crer que a história, a cultura e a sociedade estavam acima de fatores genéticos.
2. Diferencie o conceito de “pessoa” e “indivíduo”.
“Pessoa” se refere a alguém perante à sociedade, é um ser social, de consciência social, sem escolhas, que recebe as regras da sociedade. Já o “indivíduo” se refere a alguém independente dos demais, de escolhas, livre, pensa por si e faz as próprias regras.
3. Descreva sobre a ideia central do Funcionalismo na Psicologia.
O Funcionalismo tem como idéia central a adaptação das pessoas em relação ao seu meio ambiente. Entende-se que as sociedades funcionam e se organizam como verdadeiros organismos vivos. Ainda se tem a introdução da idéia de adaptação e organização levando em conta os aspectos da exterioridade do meio ambiente. Isto é, parte do pressuposto de que os seres vivos sobrevivem se têm as características orgânicas e comportamentais adequadas a sua adaptação ao ambiente.
4. A partir de qual fenômeno social a Psicologia desloca seus interesses do campo microscópico, individual, para os fenômenos mais coletivos e das organizações?
Foi a partir da Segunda Guerra Mundial que psicólogos americanos passaram a se preocupar com a formação de um conhecimento que explicasse os grandes fenômenos sociais, como as guerras, por exemplo. Foi Auguste Comte o primeiro a questionar e abordar sobre esses aspectos mais amplos da sociedade.
5. Descreva quando a Psicologia chegou no Brasil e por quem foi fundada.
No Brasil a Psicologia chega sob forte influência da Psicologia dos Estados Unidos, principalmente sob as ideologias de Auguste Comte (precursor das questões macroscópicas da Psicologia Social). O primeiro livro brasileiro a ser publicado sobre o tema foi de Aroldo Rodrigues, sob o título de “Psicologia Social”, porém o assunto ainda era muito limitado, não representando, assim, a Psicologia moderna que conhecemos hoje, de característica mais sociológica e histórica. Foi apenas em 1962 que o curso de Psicologia foi de fato reconhecido no Brasil, e ainda, sob censura da Ditadura Militar, deixando o conhecimento restrito ao estudo da personalidade e dinâmica de grupo, enfraquecendo, inicialmente, o avanço dos estudos relacionados aos problemas sociais brasileiros. Em 1980 os psicólogos brasileiros se reúnem para fundar, assim, a Psicologia, tendo como argumentos que a Psicologia no Brasil ainda estava muito presa à mentalidade norte-americana e à problemas sociais que não condiziam com a brasileira. Por isso, o intuito da Associação Brasileira de Psicologia Social era de trazer a Psicologia para o ambiente social brasileiro.
6. Diferencie “identidade” de “personalidade” e exemplifique.
A noção de “personalidade” implica nos aspectos internos, psicológicos do indivíduo, enquanto a noção de “identidade” se refere aos aspectos externos ao sujeito, levando em consideração a cultura, história e sociedade do mesmo. Ou seja, personalidade é o aglomerado de qualidades psicológicas que definem a individualidade pessoal e social de alguém sendo o seu desenvolvimento gradual, complexo e único. E identidade é o conjunto de características próprias e exclusivas com as quais se podem distinguir os indivíduos; esta é pessoal e social, e acontece de forma interativa entre o indivíduo e o meio em que está inserido. Pela identidade nos apresentamos ao mundo. É na personalidade que estão todas as nossas qualidades, e é através da nossa identidade que expressamos essas qualidades ao mundo.
7. Quais são os movimentos distintos da Psicologia Organizacional?
Psicologia Organizacional explora, analisa, compreende e interage as múltiplas dimensões que caracterizam as pessoas, grupos e organizações. No Brasil, a Psicologia e a Administração trabalharam em conjunto para a elaboração de políticas organizacionais, incluindo:
- Planejamento de cargos: Esse plano tem como objetivo alcançar equilíbrios internos e externos, através da definição das atribuições, deveres e responsabilidades de cada cargo e os seus níveis salariais.
- Desenvolvimento de carreiras: funciona como um guia elaborado entre o funcionário e a empresa, onde o colaborador irá identificar o momento em que se encontra, quais são seus objetivos profissionais e quais passos são necessários para atingir seus sonhos. Tendo metas definidas, o colaborador saberá exatamente o que deverá fazer para alcançar seus objetivos, além de identificar quais posições ele pode conseguir dentro da empresa em que trabalha.
- Desenvolvimento de equipe: ressalta a importância da “equipe” e também identifica os fenômenos grupais e suas influências na eficácia de seus resultados. Este processo está totalmente ligado à influência das atitudes e comportamentos da liderança, como a capacidade desta de compreender as nuances de cada indivíduo e orientá-los aos objetivos claros que podem ser impelidos na organização.
- Mudança da cultura organizacional: define métodos de comportamento e atitudes para todos os níveis de colaboradores. Quando a empresa segue um determinado objetivo, no qual a mudança da cultura faz-se necessária, seja para crescimento, para corte de despesas, ou para contemplar maiores fatias do mercado, significa que a empresa está em desenvolvimento de hábitos e crenças.
8. Diferencie o termo “Psicologia Industrial” de “Psicología Organizacional”.
A Psicologia Industrial foi um termo utilizado anteriormente à Psicologia Organizacional. A Psicologia Industrial dava ênfase à uma Psicologia mais prática, de característica mais voltada ao behaviorismo, onde o psicólogo se prendia às questões tecnicistas, como por exemplo, a seleção de pessoal ou aplicação de testes.
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