A SOCIEDADE DE MASSA SOB A ÓTICA DE HANNAH ARENDT
Por: bielrapun3 • 7/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.713 Palavras (11 Páginas) • 799 Visualizações
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GABRIEL DONATO RAMOS COUTO
A SOCIEDADE DE MASSA SOB A ÓTICA DE HANNAH ARENDT
Guanambi-BA
2015
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GABRIEL DONATO RAMOS COUTO
A SOCIEDADE DE MASSA SOB A ÓTICA DE HANNAH ARENDT
Artigo apresentado com teor cientifico para analise filosófica acerca do pensamento da filosofa-política Hannah Arendt
Guanambi-BA
2015
RESUMO: Este estudo é de teor acadêmico cientifico. Assim, tem-se base a análise da Sociedade de Massa sob a ótica da filosofa-política Hannah Arendt. Desta forma, foram-se pontuados a caracterização no indivíduo na sociedade, as organizações políticas atreladas a esse e os elementos constitutivos da Sociedade de Massa. Para tanto, aos sub tópicos citados foram Inter contextualizados para melhor moldar a temática central, já apresentada, deste estudo. Ademais, foi realizado um estudo reflexivo acerca das diferenças dos indivíduos à priorização dos desejos coletivos em uma sociedade. Portanto este artigo foi embasado nos estudos de Arendt sobre o comportamento da sociedade de Massa, e ainda foi-se utilizado um referencial teórico para dar suporte à análise realizada neste trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: Hannah Arendt, Sociedade de Massa, indivíduos.
ABSTRACT: This study is scientific academic content. Thus, it has been based on the analysis of mass society from the perspective of philosophical-political Hannah Arendt. In this way, they departed scored characterizing the individual in society, political organizations linked to this and the evidence of the Mass Society. To this end, the sub topics were cited Inter contextualized to better shape the central theme, as presented in this study. In addition, it performed a reflexive study about the differences of individuals to prioritizing the collective desires in a society. So this article was based on studies of Arendt about the behavior of mass society, and was up also used a theoretical framework to support the current analysis.
KEYWORDS: Hannah Arendt, Mass Society, individuals.
- INTRODUÇÃO
Para Frickmann (2009), como todas as atividades em que o homem interage com o mundo e com outros individuos, para representar o fenômeno de “alienação no mundo moderno”, que transformou o isolamento em uma experiência diária das massas.
De acordo com Passos (2010), ao longo da história humana, sempre existiu, em qualquer sociedade organizada, um número relevante de pessoas apáticas, sem interesse comum em organizações publicas.
Assim, sob a ótica arendtiana, os indivíduos em uma sociedade de Massa desenvolvem uma forte inclinação politica. Porém, ainda segundo a filosofa, a falta de interesse em movimentos e organizações políticos em uma parcela considerável das sociedades é notória.
Assim, o estudo das Sociedades de Massa busca compreender o papel dos indivíduos, nela inseridos, de modo a entender as questões politicas e sociais de diversas sociedades em tempos históricos distintos. Desta forma, será possível realizar uma reflexão crítica das sociedade atuais e futuras.
“O surgimento da sociedade de massa pode ser compreendido como um dos principais momentos de uma história que alcançaria seu apogeu quando o homem viesse a ser reduzido a uma única identidade de reações previsíveis, moldado pelas ideologias totalitárias” (PASSOS, 2010, não paginado).
Nessa perspectiva, o presente artigo almeja expor a crítica de Hannah Arendt ao presente e à modernidade da Sociedade de Massa, na esfera do isolamento político dos indivíduos e da ausência do interesse comum.
- A SOCIEDADE DE MASSA SOB A ÓTICA DE HANNAH ARENDT
De acordo com Passos (2010), o fenômeno intitulado sociedade de massa, na visão de Hannah Arendt, tem como princípio base de formação a desarticulação da sociedade de classes. Assim, a unidade constituinte das massas modernas se caracteriza pela desarticulação da sociedade de classes.
Assim, é importante ressaltar que Arendt classifica como “uma importante diferença entre os primeiros estágios da sociedade e da sociedade de massas com respeito à situação do indivíduo.” (ARENDT, 1987).
Na visão de Medeiros (2006), Arendt começa a fazer uma analise da atuação do artista no contexto da sociedade de massas, taxando-o como o único indivíduo genuíno presente na referida sociedade.
O esforço de se manter vivo é a preocupação com as necessidades individuais que, para Hannah Arendt, foram elevadas à esfera pública no Estado-Nação, achatando a esfera política. Deste modo, a vida natural, politicamente indiferente, entra agora em primeiro plano na estrutura do Estado, no lugar das discussões sobre os assuntos da coletividade - e como evidencia Agamben, torna-se, inclusive, o fundamento terreno de sua legitimidade e da sua soberania (FRICKMANN, 2009, p. 9).
Para Passos (2010), o esfacelamento dos Estados-nações ocasionou o desaparecimento da estratificação da sociedade, sendo esta, fundamental para o indivíduo poder ser reconhecido pela camada social na qual se encontra. Não há mais, a partir desse momento, a luta pelo interesse de uma classe específica.
“A pirâmide social foi destruída, pela base, em detrimento de uma sociedade de consumo, a qual gerou um profundo desinteresse pela coisa pública” (PASSOS, 2010, não paginado).
Uma vez submetidos às condições da sociedade de massas e envolvidos no conflito que se verifica entre sociedade e indivíduo, tal situação gera o “grito subversivo” do artista, porque ele se sente angustiado ao perder a própria identidade, sobretudo pela causa materialista de toda psicologia autoritária que se revela capaz de mobilizar de modo racional as massas; “grito” emitido pelo indivíduo que deixa atrás de si toda quintessência das realizações humanas; em última instância, as obras de arte (MEDEIROS, 2006, não paginado).
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