A Schincariol e guerra das Cervejas
Por: Leonardo Longhi • 26/4/2017 • Seminário • 796 Palavras (4 Páginas) • 601 Visualizações
Estudo de Caso
A Schincariol e guerra das Cervejas
- As decisões de lançar a Nova Schin, comprar a Devassa e criar a Primus, foram todas decisões não programadas, feitas partir de uma necessidade de adaptação e barganha de novos mercados e consumidores, porém por falta de investimentos em publicidade, com algumas não se obteve o retorno esperado. Como no caso da criação da Primus, as vendas não cresciam, e a demanda também permanecia baixa. O lançamento da Nova Schin teve como base, expressar uma melhoria no produto, e com os investimentos maciços em publicidade através de campanhas agressivas, além do apoio a grandes eventos nacionais, viu o resultado, quase que instantaneamente, as vendas praticamente decolaram, levando a marca ao 2º lugar no mercado brasileiro de cervejas. Já a compra da Devassa, teve o propósito de atingir um segmento de consumidores mais exigentes, que mesmo com todos os investimentos feitos pela Schin em disseminação da marca ainda não tinha se consolidado entre eles, mas com todos estes investimentos o retorno não foi o esperado.
- O objetivo da criação da Primus era elitizar a marca, visto que a cerveja tradicional da marca a Schincariol vinha sendo rejeitada e as vendas permaneciam estagnadas, com o intuito de criar uma cerveja elitizada, lançou a Primus que custava quase o dobro da cerveja anterior, aliada ao pouco investimento em publicidade a nova cerveja tornou-se um fracasso para marca. Após isso a Schincariol investiu pesado em pesquisa de desenvolvimento sobre os gostos dos consumidores, obtendo maiores informações. Criou-se assim a Nova Schin, direcionando investimentos maciços em publicidade, dando uma nova cara para a cerveja impactando positivamente nas vendas levando a Schincariol ao segundo lugar do mercado de cervejas no Brasil. Com o passar do tempo às vendas voltam a cair, então a grupo baseado em excesso de confiança, resolveu compra a Devassa, pois era reconhecida com uma cereja de elite. Mercado este que a Schin nunca havia conseguido emplacar, mas não levou em conta o fato da mesma ser uma cerveja artesanal. Então incorporou a Devassa ao seu portfólio como “Devassa Bem Loira” com o objetivo de entender estes consumidores. Baseado na teoria da racionalidade limitada de Simon, um dos grandes problemas dos empreendedores responsáveis pelo grupo Schincariol foi tomar decisões precipitadas sem levar em conta informações importantes, como a satisfação do publico alvo ao consumo do produto ofertado, dentre outras informações uteis ao mercado.
- Ambas foram decisões racionais. A fim de diminuir riscos e oferecer um produto com maior capacidade assertiva na preferência do público alvo, foram realizadas pesquisas, facilitando assim a avaliação dos pontos fortes e fracos, e a posição da antiga marca no mercado.
No caso da Nova Schin, as marcas de cerveja anteriores do grupo, estavam deterioradas e depreciadas, devido à falta de publicidade, e fazer depois que já estavam difamadas, seria um processo inútil. Surgiu então uma nova marca, a Nova Schin, com grandes campanhas publicitárias, para simbolizar o novo, o recomeço de uma nova cerveja. A compra da Devassa, foi uma tentativa de alcançar mercados que a Nova Schin não alcançava, sendo a Devassa reconhecida e aprovada por esse mercado. Na Nova Schin, foi utilizado apoio e patrocínio a eventos gigantescos no cenário nacional, como o carnaval, cenário na época pouco explorado pelas cervejas, e a se popularizar no mundo jovem em eventos como o Campeonato Mundial de Surfe. No caso da Devassa, após efetuar a compra da cervejaria, eles permaneceram um tempo sem alterar o seu processo de fabricação e não aderiu à marca ao grupo Schincariol, fazendo isso apenas três anos depois com a consolidação do mercado da “Devassa Bem Loira”.
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