A Ética Sócrates e Ética
Por: Carlos Alberto Nóbrega • 2/11/2023 • Trabalho acadêmico • 1.125 Palavras (5 Páginas) • 57 Visualizações
Aluno: William Lima Andrade
Faculdade: UNEB
Matéria: Etica I
Sócrates foi o fundador da teoria racional ética. Foi o primeiro, segundo Aristóteles, a tentar exprimir uma fórmula geral. Pela via dos conceitos, raciocínios indutivos e das definições universais, que constituem o caminho do conhecimento racional, a reflexão ética proliferou com a ajuda de Platão e Aristóteles.
Foi preciso distinguir o estudo da ética da reflexão mitológica e da retorica sofista. Embora possuíssem a mesma finalidade – o comportamento social do homem-, eram diferentes.
Sócrates criticou a mitologia como instrumento de ensino aos jovens. Ele dizia que aos jovens, deve ser ensinado a verdade, sem misturar erro consciente, ou falsidade.
Sócrates mostrou que nos poemas, os deuses, cuja natureza é virtuosa e boa, e aquele que é bom não faz o mal, jamais poderiam cometer os atos atribuídos a eles, como feitos resultantes de puro capricho ou ódio, restando assim, apenas a certeza que isso era invenção dos poetas, que não se preocupam com a verdade, mas com a forma.
O principio ético de Sócrates diz que os homens são responsáveis por suas ações e omissões.
Os sofistas reduziram a reflexão moral à discussão jurídica e pública. Para eles, o importante era a parte estética da fala – organização de palavras, entonação etc. – e não a investigação em busca da essência e da verdade, dando lugar ao relativismo.
Os sofistas possuem grande mérito por trazerem à debate público as questões políticas e da vida comum. O rebuliço provocado por esses homens foram a causa das reflexões de Sócrates, dando origem à Filosofia.
A especificidade da ética no conjunto da reflexão filosófica
“O homem é a medida de todas as coisas” é a máxima sofista que impossibilita as definições universais irrestritas e válidas para todos – a metafísica – e simboliza com o que Sócrates lutava.
Há uma diferença entre a realidade, ou natureza, e o domínio da ética humana. No primeiro, vigoram a racionalidade e a precisão dos conceitos, então é de se esperar que no campo da ética haja um referencial objetivo no qual possa ser feito a avaliação do comportamento humano
O jovem Euthyphron estava processando o pai por este ter causado a morte de um escravo. É iniciada uma discussão sobre o conceito de piedade religiosa e em praticar a piedade filial. Não conseguiram julgar a ação do filho para com o pai. Os dois chegaram ao consenso de que é fácil resolver os desentendimentos no domínio da matemática, da mensuração etc. Porém, viram que os desentendimentos sobre as ações humanas nascem do que é justo e injusto, do que é bom e mau, do que é belo e feio.
Aristóteles pensava que não se pode exigir rigidez de assuntos como política, saber, beleza e moral, pois existe muita incerteza e diferenças de opiniões.
Outra incerteza é sobre o que é moralmente bom, já que boas coisas podem causar coisas ruins: a riqueza pode arruinar vidas; outros morrem devido a sua coragem. Ao lidar com tais assuntos devemos ter cuidado, pois é difícil chegar a uma conclusão assertiva. Quando as premissas são generalizações, devemos nos contentar com conclusões válidas. Devemos nos conformar com o grau de exatidão de cada matéria.
Os filósofos, diferentemente dos sofistas, não caíram no relativismo. Por mais que na ética não exista exatidão concreta e individual, é possível chegar a conclusões gerais e abrangentes. Toda norma moral é geral e abstrata, enquanto que toda ação é única e concreta. É preciso fornecer o máximo de exemplos possíveis para uma pessoa afim de aumentar o seu repertório e saber agir em cada situação da forma mais correta possível.
Aristóteles definiu que o bem é, como finalidade de toda ação humana, tudo que possui valor para o homem.
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