Adm orçamentaria
Por: Emanuelle Mota • 28/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.862 Palavras (8 Páginas) • 244 Visualizações
TEORIA DE FINANÇAS E FINANÇAS COMPORTAMENTAIS
As finanças comportamentais estudam a influência da psicologia no comportamento dos investidores. Este capítulo dedica-se ao estudo da teoria tradicional de finanças e finanças comportamentais, e também dos fatores sociais presente no estudo das finanças.
2.1 Propriedade e administração
A função de gestão de empresas passada aos administradores profissionais, determinando assim, nas modernas empresas, uma clara separação entre propriedade e administração.
O novo modelo de gestão de empresas, em que se destaca a separação de propriedade e administração é talvez a principal alternativa de manter a empresa competitiva diante dos desafios globais atuais, dando-lhe maior agilidade e produtividade. Essa nova realidade conduz a uma redução de empresas com gestão centralizada, em que predomina a marca (personalidade) de uma pessoa. Esse modelo está sendo substituído por uma gestão mais focada em profissionais de mercado, sem vínculos familiares com os acionistas controladores, e incentivados pelas remunerações recebidas.
O controle do capital de uma organização pode se apresentar de três formas:
- Controle Definitivo – Os acionistas possuem mais de 50% do capital volante
- Controle Difuso – Os acionistas possuem menos de 50% do capital
- Controle Pulverizado – O controle do capital da empresa encontra-se disponível para aquisição no mercado.
A separação entre propriedades e administração traz algumas vantagens para a sociedade. Concilia o poder de decisão dos acionistas com a gestão do dia a dia, e permite também que a empresa mantenha profissionais de alta competência orientando suas decisões em busca dos objetivos.
2.2 Teoria de Agência
A teoria de Agência é importante pela contribuição que oferece em explicar a relação contratual presente entre os principais e agentes, os conflitos que surgem entre as partes, e os custos decorrentes que causam perda de valor para a empresa.
No conflito de agentes acionistas e administradores, os acionistas são identificados como os proprietários, aqueles que detêm o poder. Os administradores são os seus agentes. Nessa relação de agência, o principal espera que o agente tome decisões que atendam seus interesses. O principal procura sempre maximizar sua função de utilidade. No entanto, as visões de negócios e riscos dos agentes nem sempre são coincidentes, podendo assumir diferentes objetivos e atitudes perante as diversas decisões empresariais.
Ocorrendo pontos de discordância ou objetivos divergentes entre as partes (principal e agente), tem-se o que se denomina de conflito de agentes.
Relações conflituosas também podem ocorrer entre acionistas e credores. Toda dívida gera uma obrigação de pagamento para a empresa (juros e capital). O uso em excesso de dívidas, que comprometa a capacidade de pagamento, pode colocar a empresa em dificuldades financeiras e, em extremo maior, levá-la à falência.
Empresas que passam por dificuldades financeiras incorrem geralmente em diversos custos adicionais que promovem uma perda de valor. Em geral, esses custos adicionais que promovem uma perda de valor. Esses custos são classificados em dois grandes grupos:
- Custos diretos – aqueles explicitamente mensurados pelos gastos realizados com serviços de advogados, consultores e assessores financeiros, contadores, etc., necessários para administrar uma empresa em dificuldades financeiras;
- Custos indiretos – São incluídos nesse grupo principalmente perdas de venda pelo temor das dificuldades financeiras interromperem prestações de serviços futuras e garantias concedidas aos clientes.
Os conflitos de agentes não ocorrem somente entre proprietários e administradores e acionistas e credores. Uma empresa é formada por inúmeras partes com diferentes direitos: acionistas, instituições financeiras credoras, fornecedores, credores por debêntures, administradores, funcionários, clientes, governos, sociedade na qual está inserida, e assim por diante.
Se todos os agentes tivessem acesso as mesmas informações, ou seja, se as informações fossem simétricas, os problemas de agentes poderiam ser minimizados. Todos saberiam dos fatos e as expectativas dos grupos se tornariam mais homogêneas. Porém, isso na maioria das vezes não acontece.
2.3 Fundamentos Sociais da Empresa
Os fundamentos sociais da empresa são formados pela Responsabilidade Social, Transparência e Governança Corporativa. Esses aspectos muitas vezes se entrelaçam, demonstrando certa unidade de valores. A responsabilidade social vem demonstrando grandes aceitação pelas modernas empresas, estando inseridas na estrutura da governança corporativa. Da mesma forma, pode ser observado que boas práticas de governança corporativa promovem uma empresa mais transparente no mercado.
2.3.1 Responsabilidade Social
A Responsabilidade Social, em sua visão mais ampla, pode ser entendida pelo conjunto de todos os esforços e ações realizados por uma empresa, que têm como objetivo oferecer melhores condições e benefícios.
As ações de responsabilidade social trazem retorno às empresas, como menores custos de seguros, maiores facilidades no acesso ao crédito e taxas de juros mais atraentes, melhor imagem no mercado junto aos consumidores, entre outros exemplos. A responsabilidade social defende o objetivo de maximização do lucro até o limite que isso não destrua o meio ambiente, promova exploração do trabalho, pratique atos imorais de corrupção e etc.
2.3.2 Transparência
O conceito de transparência é o de disponibilizar todas as informações necessárias, tanto para o pessoal interno como para o externo. Quanto mais informações a empresa oferece, mais confiável se torna. É possível concluir que a transparência é a forma mais eficiente e produtiva da empresa se relacionar com seus acionistas, credores e fornecedores, investidores potenciais, empregados e clientes, e com o mercado em geral.
A prática da transparência é importante para a administração da empresa adquirir confiança junto ao mercado, tratando igualmente a todas as partes interessadas. Diversos escândalos de empresas que lesaram seus acionistas poderiam ter tido um desfecho diferente, mais favorável aos investidores, se a transparência fosse tratada com maior qualidade e abrangência.
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