CRÍTICA SOBRE O LIVRE MERCADO
Por: Ewerton Cirilo • 1/5/2018 • Trabalho acadêmico • 2.874 Palavras (12 Páginas) • 335 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho é nossa proposta de análise dos textos desenvolvidos no estudo da Economia e elaborados por Ha-Joon Chang e Murray N. Rothbard, cujo históricos acadêmicos são extensos e inspiradores. Seus pensamentos e pontos de vista sobre o livre mercado foram investigados e documentados nesse projeto, contendo também uma análise crítica dos nossos pontos de vista. Também utilizamos o auxílio da internet para a busca de novas informações e conhecimentos complementares durante a construção, as fontes se encontram no final do trabalho.
O objetivo central do hordieno trabalho é, com base no conhecimento histórico laboral, analisar o perfil do livre mercado econômico através de uma analise critica elucidada em dois textos expostos em sala de aula.
2. METODOLOGIA
Para que houvesse a analise critica sobre a existência ou inexistência do livre mercado, foi realizado um levantamento conciso de informações em base de dados como Periódicos Capes e Google Acadêmico acerca de publicações como: artigos acadêmicos, trabalhos finais de curso, livros, legislação vigente, normas, dissertações de mestrado, teses de doutorado e revistas científicas acerca da temática em estudo. A pesquisa desenvolvida é de natureza bibliográfica, com objetivos desenvolvidos de forma descritiva, com procedimentos técnicos bibliográficos, com forma de abordagem do problema do tipo qualitativa, utilizando amplamente as publicações disponíveis em meio eletrônico.
3. DISCUSSÕES
3.1. Conceito de Livre Mercado
Nós vemos no estudo da Economia, este princípio capitalista em que os preços dos bens e serviços são determinados pelos consumidores e seus ofertantes, onde a lei de oferta e demanda é livre de qualquer intervenção do Estado, qualquer outro tipo de autoridade ou de um sistema de preços preestabelecidos. Esse conceito se contrasta com o mercado regulado, onde o governo tem o direito de intervir em vários modos, como na cobrança de tarifas, proteção ambiental e direitos trabalhistas.
Na idealização desse sistema de livre concorrência, essa liberdade gera um equilíbrio entre as forças de oferta e procura.Isso pode ser explicado de maneira mais clara por um dos economistas clássicos mais conhecidos, Adam Smith, queapoiava a ideia de uma economia sem intervenção e criticava o mercantilismo da época. Uma de suas teorias falava sobre a mão invisível, em que o mercado se auto ajustava conforme as ofertas cresciam e diminuiam, esse equilíbrio ocorre de maneira natural e este era um dos seus argumentos para a ausência do Estado em questões econômicas.
Outro economista que também defendeu as ideias de livre mercado foi o David Ricardo, seguidor de Adam Smith, ele seguiu a mesma linha de pensamento voltando um pouco mais para o comércio exterior. Sua teoria também foca no liberalismo que não beneficie apenas as elites e na repartição de renda.
De toda forma, essas são apenas umas das linhas de pensamento que existem sobre o livre mercado, vários outros economistas e estudiosos têm teorias e pensamentos que defendem e criticam esse princípio.
3.2. Não existe algo como o livre mercado ou existe?
O economista sul-coreano Ha-Joon Chang publicou um livro chamado 23 Coisas Que Não Nos Contaram Sobre O Capitalismo e logo no primeiro capítulo nós podemos ter uma boa noção sobre seu ponto de vista. Suas críticas sobre o livre mercado são muito bem embassadas com argumentos e exemplos de vários países. Ele acredita que esse conceito não passa de uma ilusão e a defesa desse sistema idealizado é politicamente motivado, o governo deve e está envolvido em todos os aspectos da sociedade para manter a ordem e, com suas regras, impedir coisas absurdas de ocorrerem. Nós estamos há tanto tempo com suas restrições que em tempos esquecemos que elas existem e assim acreditamos viver numa economia liberal.
Um dos seus melhores exemplos envolve um projeto de lei na Grã-Bretanha em 1819, onde o Parlamento visava a regulamentação da mão de obra infantil.A proposta procurava restringir o trabalho de crianças menores de nove anos e a liberação de crianças mais velhas por doze horas por dia de trabalho. Atualmente vemos isso como algo inaceitável, porém no início do século XX isso foi considerado um ato de violação do livre mercado, pois a interferência do governo estava reduzindo os recursos (no caso, a mão de obra) das fábricas, eles não se importavam como isso interferia na infância das crianças e nos seus direitos de crescer de maneira saudável e segura.
E isso não ocorreu apenas com as crianças da Grã-Bretanha, aconteceu com inúmeros de escravos traficados da África no período colonial e atualmente com milhares de pessoas na China trabalhando em péssimas condições por salários miseráveis. As regulamentações só são um problema quando nós não compartilhamos os valores morais que suas criações se basearam. Depois de um tempo, nossa sociedade começa a aceitar como algo normal e desconsidera como regra para passar a seralgo necessário e sensato de ser proibido, por ser prejudicial de alguma forma às pessoas. Se a mesma restrição pode ser percebida de várias formas, não há um modo objetivo de definir a liberdade desse mercado.
Nós estamos sustentados por regras e isso é algo que já não imaginamos viver sem, temos segurança em comprar produtos por suas garantias, de ir ao médico por saber que ele terá uma licença para praticar sua profissão ou por andar na rua com tranquilidade por saber que não são vendidas armas de fogo em qualquer estabelecimento comercial. Estamos muito longe desse conceito de mercado.
A visão de Chang é a oposta do economista americano Murray Rothbard, que com seu texto sobre o livre mercado defendeu a idea de trocas voluntárias em todos os âmbitos da sociedade, desde a compra de um jornal, serviços trabalhistas ou a compra de um imóvel por um processo mais burocrático. Todas as trocas não são simples movimentações, são mudanças de títulos de propriedades. Você só irá trocar algo se acreditar se beneficiar com a propriedade de uma outra coisa quevocê não possui no momento. E caso sua expectativa na aquisição seja suprida, é provável
...