Chang – Não existe algo como o livre mercado
Por: Amanda Vita de Oliveira Silva • 13/3/2019 • Resenha • 319 Palavras (2 Páginas) • 265 Visualizações
O que eles dizem
As relações de troca devem ocorrer sem a interferência do Estado, permitindo a liberdade de escolha do participante do mercado sobre os negócios que considerar mais lucrativos.
No livre mercado, as decisões relativas a (1) o que produzir, (2) em quais quantidades, (3) utilizando quais métodos e (4) em quais locais, são tomadas visando satisfazer às mais urgentes demandas dos consumidores.
O que eles não dizem
Não existe essa definição de livre mercado, pois o todo mercado obedece a algumas regras que diminuem a liberdade de escolhas em algum grau.
A mão de obra deve ser livre
Alguns mercados só parecem livres porque acabamos nos acostumando com as regulações a eles impostas. A regulamentação do trabalho infantil e do meio ambiente sofreram críticas daqueles que consideravam essas novas normas como entraves a liberdade de escolha. Hoje já é de consenso geral sua validade.
Cordas de piano e mestres de kung fu
Comparação entre a ilusão criada pelos filmes de kung fu (os ninjas estavam presos por cordas de piano) e o livre mercado (ele está “preso” por diversas regras despercebidas pela sociedade).
Algumas restrições: o que não pode ser negociado (votos, vagas nas universidades), quem pode participar do mercado (licenças para profissões, trabalho infantil), garantia dos produtos, restrição às vendas nas ruas.
O livre comércio é justo?
Discute o choque de valores sobre o que é considerado um “comércio justo” – esse debate é baseado em valores morais e decisões políticas. Para os americanos, a China pratica um comércio injusto: a mão de obra barata desencarece os produtos, mas faz uso da exploração dos trabalhadores; para os chineses, os EUA também praticam um comércio injusto devido a imposição de barreiras artificiais sobre as exportações chinesas pelas péssimas condições de trabalho.
Acho que não estamos mais na França
Não existe limite cientificamente definido para o livre mercado. A economia, então, é um exercício político: a discussão sobre novas regulações está baseada na ideologia de cada participante.
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