Livre Mercado
Por: gutevil • 26/3/2017 • Resenha • 541 Palavras (3 Páginas) • 286 Visualizações
O livre mercado é um arranjo de trocas voluntárias entre agentes da economia – pessoas, grupos de pessoas, empresas, governo, etc. – buscando o melhor benefício para os mesmos, se alguma das partes não considera a troca como vantajosa, a mesma não ocorre. Os meios de troca são diversos, sejam eles bens tangíveis como o dinheiro, um carro, computador, ou intangíveis, como um serviço. A troca é sempre um ganho para os dois lados, porque os agentes valorizam o bem trocado de forma diferente, o padeiro considera que 0,30 centavos é mais valioso do que um pão, e o comprador, por outro lado, considera que um pão é mais valioso do que a quantia em dinheiro.
O sistema é muito mais complexo do que parece, pense no número de agentes envolvidos e trocas realizadas na produção de um bem tão comum nos dias de hoje como o smartphone, que não existiria sem a livre interação entre os diversos agentes da economia.
O preço de um bem em uma economia de mercado é estipulado pela demanda dos consumidores pelo mesmo, pela forma como cada consumidor valoriza tal bem. Se os clientes consideram o bem valioso, a procura pelo mesmo aumenta e, consequentemente, o preço se eleva. O contrário ocorre se os indivíduos considerarem que o bem não é tão valioso, não havendo procura, o preço do bem cai. Essa afirmação se faz válida se levarmos em consideração que o valor é subjetivo e diferente do preço.
O valor não é dado pelo custo de produção ou tempo utilizado na produção de algo, como alguns consideram, mas pela forma como as pessoas enxergam aquele bem e o valorizam de forma diferente, ou seja, o bem tem valor diferente de uma pessoa para outra. O preço, por sua vez, pode até ser formado pelo custo de produção e/ou tempo envolvido, mas não quer dizer que haverá demanda pelo bem. A melhor explicação para a formação de preços numa economia de mercado é pela demanda, se houverem várias pessoas demandando determinado bem ou serviço, o preço será alto.
O livre mercado e a livre formação de preços em uma economia faz com que todos tenham acesso a todos os bens, havendo benefícios para todos os agentes. Por outro lado, se houver coerção ou alguma forma de intervenção nas trocas, não há livre mercado, e alguém sairá com prejuízo. É o caso de um assaltante, por exemplo, a troca se dá por coerção, não é voluntária, logo, não é vantajosa para os dois lados, o ladrão se beneficiará e o outro agente não. Outra forma clássica de coerção se dá pelo poder do governo, seja estipulando os preços da economia, impondo barreiras e imposições às trocas e/ou através de impostos, que distorcem a livre formação de preços.
Para ver o resultado do livre mercado basta olhar em volta, você está lendo este texto em seu computador ou smartphone por causa da livre interação entre pessoas, que de alguma forma contribuíram para a formação dos bens. Se em algum momento houvesse algum tipo de intervenção coercitiva por parte do Estado, ou não, que fizesse com que algum agente saísse em desvantagem na troca, não havendo incentivos para continuar com a mesma, grande parte dos bens que utilizamos hoje não existiriam.
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