Capacitação de Gestores Públicos

DAGNINO, Renato. A capacitação de gestores públicos: uma aproximação ao problema sob a ótica da administração política. Revista Brasileira de Administração Política, v. 6, n. 1, p. 97, 2016.

A seguinte resenha se trata do artigo, cujo nome é descrito por “A capacitação de gestores públicos: uma aproximação ao problema sob a ótica da administração política, escrito pelo autor Renato Dagnino, que foi Professor titular na Universidade Estadual de Campinas, nas áreas de Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia e de Política Científica e Tecnológica. É engenheiro, estudou Ciências Humanas e Economia no Chile e no Brasil, onde se doutorou. E realizou pós-doutorado na Universidade de Sussex, na Inglaterra.

O artigo se inicia com a introdução do assunto, o início da administração pública, que se deu importância no neoliberalismo, com a sua pratica de que os instrumentos de administração de empresas eram os que deveriam ser adotados no âmbito do Estado, uma vez que era ela que, com sua eficiência, deveria servir de exemplo, chegou-se ao cúmulo de ver universidades públicas extinguirem seus cursos de Administração Pública, diz o autor. O cenário que se observa no país no que respeita à administração pública é, nesse sentido, agoniante. Em uma visão geral segundo o autor Loureiro (2010), nos cursos de administração pública, há cerca de 700.000 estudantes matriculados, porém apenas 100.000 se formam na área, mesmo sendo considerado um nível de ensino adequado.

Para mais esclarecimentos o autor, coloca em seu artigo, uma pergunta, que possui quatro passos para entendê-la e respondê-la, a pergunta que ele faz é a seguinte “um Estado que possa alavancar o atendimento das demandas da maioria da população e projetar o País numa rota que leve a estágios civilizatórios sempre superiores?

O primeiro passo é identificar as características do “Estado Herdado”. Do processo de sua constituição, principalmente do crescimento durante o período autoritário que ocorreu ao nacional-desenvolvimentismo e excedeu o seu desmantelamento pelo neoliberalismo. Como segundo passo, é o fornecimento de elementos que levam à apuração de que esse Estado que foi herdado e foi incompatível com a proposta de mudança que a sociedade brasileira deseja, ou seja, sua configuração não corresponde ao conteúdo para onde deve apontar sua ação.Isso porque, na relação com a sociedade, a sua forma impede que ele formule e implemente políticas públicas com um conteúdo que contribua para impulsionar essa proposta. E em outro ponto, porque o modo como se processa a ação de governo, nas relações com o Estado presente, determinado pelos contornos de seu aparelho institucional, é implacável com as premissas de participação, transparência e a efetividade dessa proposta.

Em terceiro e quarto passo, fala que para sair de um “Estado Herdado” e adquirir um “Estado necessário”, tem que haver um processo de mudança e uma demanda de capacitação de seus quadros. Para no quarto passo ocorrer à verificação dos obstáculos cognitivos para a construção do “Estado Necessário”.

No segundo tópico do artigo, fala de algumas características do “Estado Herdado”, sendo uma delas o que herdamos como o autoritarismo com clientelismo e a hipertrofia com opacidade e muitos outros. Além disso, tem a questão trabalhista e de ação humana, por exemplo, que as decisões têm sempre um custo de operação em cima delas. Outro ponto que foi discutido foi sobre a divisão da esquerda e a direita.

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