Ciência Política - cidadania
Por: ValquiriaPereira • 19/5/2015 • Trabalho acadêmico • 978 Palavras (4 Páginas) • 229 Visualizações
Cidadania está relacionada diretamente com a associação, com a organização de duas ou mais pessoas para realização de um objetivo em comum, pois só existe valor quando se agrega o corpo moral e o coletivo composto pelos indivíduos que precisam de uma condição minimamente previsível de segurança e de paz. Pois, como diria Gean Jaques Rousseau, existe uma natureza humana presente em todos e que consiste no dom de saber viver em coletividade, e à medida que o tempo foi passando as pessoas foram se tornando mais racionais e consequentemente mais individualistas, o que acabou inviabilizando a natureza humana, então como cidadãos os indivíduos vão ter um interesse na ordem civil, na vontade geral e comum a todos e não somente nos interesses pessoais, e cabe ao representante político buscar os pontos em comum das pessoas e de todos os seguimentos da sociedade (vontade geral) e produzir conjuntos de leis para regê-los e organiza-los focando sempre na coletividade. E todo cidadão tem um papel decisivo no estado democrático, ele tem o poder de decisão quando participa das questões políticas e participa da busca do bem comum dentro de uma sociedade.
Thomas Hobbes acreditava que o conceito de cidadão está relacionado ao de sociedade civil (união com uma cidade ou pessoa civil considerada como submissão de vontades de todos à de um homem ou conselho) e que quando cada um deles se obriga por meio de um contrato ante cada um dos demais, a não resistir à vontade do indivíduo ou conselho a quem se submeteu, então não lhe recusará o uso de sua riqueza e força contra quaisquer outros, pois se supõe que ainda conserve um direito a defender-se contra a violência e isso se chama união. E a representação se dava através de uma procuração em branco passado para o governante e assinada pelas próprias pessoas, transferindo a autoridade para esse representante que se comprometia com a manutenção de uma vida minimamente segura e de paz para o seu representado, e caso não o fizesse trocavam-no na ocasião propícia, através das eleições sancionadas, de tempos em tempos.
Já para Immanuel kant a cidadania se fundamentava no tripé de que as pessoas possam obedecer somente às leis que sejam fundadas em critérios universais e racionalmente definidas, todos devam ser iguais perante a lei (igualdade civil) e devam ter a capacidade de se alto sustentarem economicamente não sendo reféns de ninguém (independência civil), o que é um pilar usado até hoje, pois todos perante a lei são iguais e como cidadãos possuem o direito da dignidade, de poderem se manter economicamente. Edmund Burke acredita que os interesses são presos aos ditames da própria nação, ou seja, vinculados aos cidadãos, e consequentemente bastante diferentes da opinião que era subjetiva e vinculada somente ao indivíduo, e á partir disso o representante deveria ser capaz de entender os verdadeiros e legítimos interesses dos cidadãos através da utilização das suas virtudes e de sua sabedoria. John Stuart Mill e Jeremy Bentham (filosofia utilitarista) acreditavam que os indivíduos vivem em seu mundo particular formando assim vários objetivos e opiniões que são apresentados no meio social, fazendo com que a cidadania (multiplicidade)
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