Como transformar Grupos em Equipes:
Por: R Uninove • 24/11/2015 • Artigo • 1.611 Palavras (7 Páginas) • 247 Visualizações
Como transformar Grupos em Equipes: Caminhos para somar esforços e dividir benefícios
Roberto Balbino[1]
Introdução
Gestores de diversos segmentos, em algum momento de suas carreiras, deparam-se com desafios que, à primeira vista, parecem maiores do que a capacidade que possui para resolvê-los. São nesses momentos em que a soma dos conhecimentos, das habilidades e das atitudes ajudam a empresa a empresa a conquistar seus objetivos. Mas, como realizar essa soma? Como transformar um grupo de funcionários em uma equipe de colaboradores efetivos, comprometidos? Nas linhas a seguir, meu objetivo será lhe ajudar a refletir sobre alguns aspectos que diferem os tipos de grupos, as ferramentas que podem ser utilizadas para melhorar o desempenho do trabalho compartilhado e instrumentos úteis para a manutenção de um time coeso. Obviamente, a partir dessa reflexão sobre o perfil de sua equipe, novos horizontes, insights surgirão para dar sequência ao que proponho neste trabalho. Assim, sempre que necessário, pare a leitura e visualize seu grupo de trabalho. Compare o que está escrito aqui e o que você pratica. Espero que este texto lhe ajude a descobrir os caminhos para chegar aos resultados que deseja.
Equipes X Grupos
Pensemos em uma definição sobre o que vem a ser uma empresa. Ao focar em um conceito que nos faça pensar mais nas pessoas que nela trabalham, podemos dizer que uma empresa é a união de alguns trabalhadores com um objetivo comum. Certo? Óbvio demais? Pode ser.
Para ensinar seus funcionários a trabalhar em equipe, primeiro certifique-se de que pode ser o exemplo.
No entanto, uma das principais ameaças que podemos oferecer a algum assunto importante, é a negligência de fatos que julgamos simples demais. Voltemos ao significado do que vem a ser uma empresa. Se a empresa pode ser compreendida como sugeri, também podemos concluir que a competitividade e a competência dessa organização são proporcionais à qualidade da “soma de esforços” das pessoas que a compõe. Nesse ponto começa a nossa oportunidade de iniciar a estruturação de uma equipe de excelência. A primeira etapa é a definição e a diferenciação do que é um grupo e o que vem a ser uma equipe. Apesar de parecerem sinônimos, vamos utilizar essas duas palavras (grupos X equipes) para pensar em dois tipos diferentes de conjuntos de pessoas. Um grupo pode ser entendido como a congregação de pessoas trabalhando em um mesmo local, mas que, não necessariamente, trabalham compartilhando conhecimento e somando os esforços de maneira proativa, construtiva no que diz respeito aos relacionamentos. No grupo, nota-se muito mais o “Deus por mim e cada um por si” (ou algo do tipo). Já em uma equipe, o caminhar para se chegar aos objetivos ocorre de forma diferente. Percebe-se a integração das pessoas, a geração de um ambiente em que as divergências são bem vindas, pois representam a liberdade e a vontade para criar. Aliás, tais divergências geram conflitos de ideias e conceitos de uma maneira positiva, levando a uma convergência de raciocínios, interesses e disposições. Nesse momento, a síntese resultante da colaboração de várias pessoas gera o verdadeiro potencial de uma empresa.
Nossa família e nossos amigos podem ser excelentes referências sobre como nos comportamos em equipe.
Como integrar?
Para responder a uma pergunta como essas, o gestor deve estar disposto a conhecer a fundo sua equipe. Quais os objetivos, visões de mundo, quais as razões que as fazem agir da forma atual, entre outros aspectos importantes no perfil da equipe. Conhecer os valores desses funcionários é o ponto de partida. Quais são os valores que os fazem agir desta ou daquela forma? Apelar para os valores nos faz lembrar coisas fundamentais, aprendidas na mais tenra idade. Qual a mãe e pai que nunca ensinou a compartilhar algo? Emprestar um brinquedo, dividir o lanche, ajudar a avó, enfim, coisas que nos serviram como laboratório para sermos mais humanos. A partir do momento em que se compreendem quais os valores que norteiam sua equipe, o gerente tem muito mais facilidade de selecionar os membros mais adequados àquilo que a empresa necessita para a construção de um corpo coeso e coerente. Na seleção, muitos problemas podem ser evitados. Outro aspecto que alicerça a importância de se atentar para os valores é a necessidade de se ter um conjunto de pessoas disciplinadas. Ao dizer aos funcionários o que eles devem e como devem fazer suas tarefas, o gerente pode aproveitar a oportunidade para fortalecer sua conexão com os subordinados da mesma forma como as professoras, pais e os mentores que trabalham em algumas empresas fazem. Dito de outra forma: as pessoas que marcaram sua vida e que lhe comandaram, ensinaram algo, são aquelas que conseguiram criar um vínculo afetivo e produtivo com você. Por mais que a professora tenha sido brava, os pais severos, sempre há algum momento que justifica a saudade das atividades que realizamos juntos. Comece a pensar na forma como tem investido na criação desses vínculos. Sua comunicação com os funcionários é, de fato, eficiente? Enquanto conversa com eles, responde e-mails? Lembro-me sempre da forma como inicio algumas palestras ou treinamentos. Gosto de provocar a plateia sobre como se deve dizer bom dia. Depois de uns 5 minutos de brincadeira, chegamos à conclusão de que, se não conseguimos aprender a dizer bom dia, se ainda não aprendemos a olhar nos olhos e inspirar confiança, pouco ou nada adiantará os cursos que fizemos ao longo da vida. Conhece alguma pessoa que é pós-graduada, mas parece não ter educação?
Compreender o perfil, os valores que norteiam as ações das pessoas possibilitam a integração e a soma de esforços.
Ação para gerar integração
Como defini anteriormente, uma empresa é algo formado por um conjunto de pessoas em busca de um objetivo. Escrevi também que a qualidade e a competência de uma empresa estão relacionadas com a união entre os membros dessa organização. Um dos caminhos para se chegar à união é a Reunião. Unir novamente. Reuniões ajudam a realinhar expectativas, anseios, processos e sonhos. Servem também como instrumento para gerar aprendizagem.
...