EMPRESAS FAMILIARES
Por: carlospedrao • 31/7/2016 • Artigo • 1.428 Palavras (6 Páginas) • 323 Visualizações
EMPRESAS FAMILIARES
Carlos Henrique Pedrão
Carolina Elizabete Marchi
DESENVOLVIMENTO
Atualmente a grande maioria das empresas são classificadas como micro, pequenas e médias, e, grande parte de todas elas são familiares e representam parcelas expressivas do Produto Interno Bruto dos países, segundo dados de uma das maiores empresas de recrutamentos de executivos a InterSearch Worldwide, em torno de 70% a 85% das empresas em todo mundo são familiares variando de país para país.
Sabe-se que as mesmas tem função vital na economia dos países. Para Lodi (1998) as empresas familiares são de suma importância frente ao crescimento tecnológico e social do país, além de ter uma participação importante no Produto Interno Bruto e apresentarem comportamento diferenciado frente a crises, suas taxas de desemprego no caso de recessões são menores e são responsáveis por suprir as necessidades básicas como alimentação e vestuários de dezenas de milhões de pessoas. No entanto, existe uma dura realidade que assombra a todas, cerca de 65% delas desaparecem do mercado em função de disputas internas, 30% chegam à segunda geração e apenas 15% a terceira. Muitos acreditam que a combinação de empresa e família tende a fracassar, contudo muitos não entendem que não é a família que atrapalha a empresa pois ignoram a existência de problemas relacionamento interpessoais . Segundo Bernhoeft(1989), a empresa familiar tem sua origem intimamente ligada a origem da família e sua história, ou até mesmo aquela que mantém membros da família administrando os negócios. No Brasil o ciclo de vida das empresas é de sessenta anos, contudo as empresas exclusivamente familiares possuem um ciclo de 25 anos (VIDIGAL, 1997).
Ao identificar as firmas verifica-se a relação de proximidade com o fator da hereditariedade conforme é mostrado por Lodi:
[...]a empresa familiar é aquela em que a consideração da sucessão da diretoria está ligada ao fator hereditário e onde os valores institucionais da firma se identificam com um sobrenome de família ou com a figura de um fundador. O conceito de empresa familiar nasce, geralmente, com a segunda geração de dirigentes, ou por que o fundador pretende abrir caminho para eles entre os seus antigos colaboradores, ou porque os futuros sucessores precisam criar uma ideologia que justifique a sua ascensão ao poder (LODI,1987, p.6).
As empresas familiares de maior porte que almejam crescimento terão sucesso quando adotam um perfil e mentalidade diferentes da tradicional, ou seja, capital aberto, uma gestão profissionalizada além de ter um processo decisório mais ousado.
Segundo Lethbridge (1994) existem três tipos de empresas familiares, a tradicional de capital fechado com pouca transparência administrativa e financeira e a família exerce domínio completo dos negócios. A de capital aberto, contudo a família detêm o controle e existe a presença de profissionais não familiares na administração essa é considerada híbrida. Por último há a empresa com influência familiar na maioria das decisões, as ações estão em poder do mercado no entanto através da participação acionária mantém grande influência.
Sucessão na Empresa Familiar
A sucessão é um dos piores conflitos pelos quais as empresas familiares passam, é vital que se apresente os resultados e a efetividade esperada, pois se deixar de cumprir pode comprometê-las.“As empresas familiares apresentam grandes dificuldades em relação ao processo sucessório, neste momento é quando o criador do empreendimento passa sua obra, esse processo é importante e ao mesmo tempo delicado (BERNHOEFT,1989, p.23). A sucessão é um dos piores conflitos pelos quais as empresas familiares passam, é vital que se apresente os resultados e a efetividade esperada, pois se deixar de cumprir pode comprometê-las. A falta de preparo ou mesmo o descuido do patriarca ao erguer o império e não disponibilizar tempo para preparar e educar seus filhos pode comprometer muito a empresa, a falta de preparo e muitas vezes a rivalidade entre os irmãos faz com que os profissionais fiquem desorientados dificultando a gestão da empresa, além disso, verifica-se também que as empresas tem grande tendência a contratar os familiares, elas precisam entender que os parentes não são os melhores sócios e que desta forma acabam desrespeitando a própria empresa visto que muitos não são capacitados e não conseguem alcançar e nem mesmo corresponder aos objetivos esperados pela empresa, descapitalizando a mesma.
Existem muitos fatores que influenciam o processo de sucessão e de gestão de empresas familiares, muitas vezes a falta de preparo dos possíveis sucessores, verifica-se muitas vezes que os familiares nem sempre estão aptos a assumirem posições de maior responsabilidade, por isso se faz necessário que os mesmos passem pelos vários níveis hierárquicos da empresa para se chegar a posição de comando.A partir daí, é importante que se faça uma avaliação de desempenho para mensurar se existe ou não a possibilidade de se assumir cargos de elevada responsabilidade. Se um familiar até os 35 anos não assumiu nenhum cargo de gerência significa que são remotas a suas chances de sucesso.Por isso, é necessário se analisar cuidadosamente a relação família no ato da sucessão. Não apresentando filhos capazes de assumir é necessário que encontre outras alternativas levando-se em conta a empresa e não somente a família, por este motivo muitas empresas familiares acabam vendendo o controle para terceiros, ou seja, indicam um executivo externo ou até mesmo alguém da própria empresa capacitado e pronto para dar prosseguimento a gestão almejando crescimento e desenvolvimento(BERNHOEFT,1989).
Frente a toda globalização com a abertura
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