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Fichamento: Ler Pensare Escrever

Por:   •  5/4/2017  •  Dissertação  •  1.199 Palavras (5 Páginas)  •  428 Visualizações

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UNIRB

ALUNO: Pedro Lucas

CURSO: Nutrição

DISCENTE: Sara Novaes

DISCIPLINA: Leitura e produção de texto

LER, PENSAR E ESCREVER

Tudo começa no próprio modo de segurar o livro. Trata-se, afinal, de uma nova amizade. O modo como apertamos a mão de alguém já demonstra a simpatia inicial, a disposição de estabelecer boas relações.  Pois o mesmo acontece com o primeiro “cumprimento” que fazemos a um livro. A leitura do titulo, do nome do autor, uma olhada no índice, num parágrafo escolhido ao acaso... toda essa aproximação é o começo de um relacionamento. (p. 3)

De nada serve que você se sinta culpado ou culpada por não ler tanto quanto gostaria, como decorrência, por não escrever com fluidez e segurança. Alem de compreendermos os motivos que justificam o esforço para alguém se tornar leitor atento e criativo, e uma pessoa que se comunique de modo eficaz, é necessário fazer uma descoberta  intransferível. A descoberta do prazer da leitura. (p. 4)

A fome de conhecer e amar mediante a leitura e manifesta-se claramente quando recorremos ao dicionário, o “pai dos inteligentes”, a fim de descobrir ou ampliar a definição de palavras desconhecidas e, portanto, abraçar novas facetas da realidade e da humanidade, abraça-las e deixar que nos abracem. (p. 7)

Ao terminarmos uma leitura feita com lápis ou caneta à mão, estaremos de posse de vários conceitos, perguntas e respostas, informações e suspeitas, dúvidas e certezas, estaremos, enfim, sentindo uma vibrante inquietação, experimentando, irreprimível, o desejo de falar e escrever. (p. 9)

Guimarães Rosa falava dos “analfabetos para as entrelinhas”, que, acrescento, geralmente andam à cata de felicidade, de resumos resumidíssimos, de técnicas milagrosas, de truques infalíveis. Não raramente são adeptos da leitura dinâmica, caminho pelo qual esperavam devorar e ainda por cima entender num piscar de olhos um livro de quinhentas, seiscentas pagina. (p. 10)

[...] Imaginem estar vendo

O rei bem apetrechado no porto de Hampton [...]

[...] Oh, pensem agora

Que pararam na praia [...]

Prendam as suas mentes à popa dos navios [...]

Suponham que o embaixador voltou da França [...]

E completem nossa cena com suas mentes.

(p.11)

Memórias e biografias são aquelas receitas antigas, guardadas para uma época especial, e que merecem a paciência do gourmet. (p. 12)

Ler é uma arte, e, como toda arte, requer de seu artista sábia flexibilidade, capacidade de utilizar os meios de acordo com a finalidade primordial a ser alcançada. Leio para escrever, viver melhor, me ampliar, me superar, me realizar. (p. 13)

O nariz é, assim como o olho, símbolo de clarividência, apto a orientar nossos desejos e decisões, “antena” que nos ajuda a caminhar perante tantas opções de caminho, de conduta, uma ponta que orienta. Lutamos a vida inteira para ser donos de nosso próprio nariz e saber onde temos. Mas quando não vemos nem percebemos o que esta bem debaixo dele, é hora de rever nossos parâmetros e pressupostos. (p. 15)

Para sua surpresa, porém, o nariz encurtado começou a provocar o riso e o deboche de todos. Sua situação anterior despertava compaixão e respeito. (p.16)

A leitura é uma forma de eu me estudar. O livro me lê. Vendo o livro como espelho diante do qual interrogo: “Espelho, espelho meu”... quem sou eu?”. A leitura desperta e satisfaz (em parte) minha curiosidade, perturba meu comodismo, coloca-me diante do mundo e dos outros, põe o latente em movimento, mexe a água parada do espírito mudo. (p.18)

Nunca cometo o mesmo erro

duas vezes

já cometo duas três

quatro cinco seis

ate esse erre aprender

que só o erro tem vez. (p. 19)

Educação a distancia foi, é, sempre será a leitura. Leitura no papiro, na tela do computador, diante da TV, teleitura, leitura ouvinte de quem ensina a distancia, leitura que vê longe. (p. 20)

Lemos muito menos do que o desejável, mas eis outro aspecto da realidade, publica-se cada vez mais no Brasil e, mal ou bem, crescem as vendas de livros, em livraria e em sebos, presencialmente ou pelas lojas virtuais. (p. 22)

Diante da imortalidade as pessoas não são iguais. É preciso distinguir a pequena imortalidade, recordação de um homem no espírito daqueles que o conheceram [...], e a grande imortalidade, recordação de um homem no espírito daqueles que não o conheceram. (p. 24)

Toda lista pessoal de livros lidos, ou serem lidos, feita à imagem e semelhança de quem a compõem e recompõe ao longo do tempo, acrescentando e retirando, revisando e renovando, repensando e recriando. (p. 25)

Que a escola soubesse, ao contrario, ensinar e praticar a leitura viva: “é com solidariedade que fazemos o texto respirar, existir e se comunicar conosco”. (p. 27)

Finalmente, embora nunca se chegue ao fim, mas apenas para encerrar essa primeira parte do livro, mostro mais um item de minha lista pessoal suplementar: uma historia da leitura, de Alberto Manguel. (p. 28)

Boa parte de nosso aperfeiçoamento pelos caminhos da humanização dependera de cultivarmos o otimismo da inteligência, a confiança em aprender mais e melhor, a firme determinação de realizar leituras e criativas, de refletir com perspicácia, lucidez e agudeza. (p. 31)

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