Fichamento Starbucks
Por: Renatíssima D Carpe • 9/6/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.614 Palavras (7 Páginas) • 1.694 Visualizações
[pic 2]
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Fichamento do Estudo de Caso
Gabriela Rodrigues Correa Nery Gonçalves
Trabalho da disciplina
Gerenciamento de Aquisições
Tutor: Prof. Diego Lopes Duarte
Rio de Janeiro
2015
INTRODUÇÃO
O caso mostra a situação da Starbucks na relação com seus fornecedores aliado a conscientização social. Howard Schultz já tinha preocupação com a responsabilidade social corporativa quando fundiu a sua empresa com a Starbucks.
A Starbucks tinha 6 diretrizes formadas que incluíam um ótimo ambiente de trabalho, diversidade na gestão dos negócios, ter os mais altos padrões de excelência, manter os clientes satisfeitos, contribuir com a comunidade e obter lucro.
Na Starbucks existia um departamento de responsabilidade social corporativa, CSR, criado para supervisionar o envolvimento da empresa com projetos sociais. Para a empresa era importante ser conhecida como uma empresa cidadã.
Existem dois tipos de produção de café, os grãos arábica e robusta. A Starbucks comprava somente os grãos arábicas, já os grãos robusta eram vendidos em supermercados com preços mais baixos. A renda dos produtores variava de acordo com os preços praticados pelo mercado mundial. Esta variação era influenciada pelas negociações nas bolsas, pelas empresas de torrefação e pelo mercado varejista.
A Starbucks comprava aproximadamente 1% do volume mundial de café. Seus preços eram acima do mercado devido alta qualidade exigida.
Em 1997 a Conservation Internationa, CI, entrou em contato com a diretoria da Starbucks para apresentar o projeto de cultivo de café à sombra, Projeto Chi apas. A CI que tinha a missão de conservar o patrimônio natural existente na Terra e sua biodiversidade global, criou o CELB, Center for Environmental Leadership in Business, para envolver o setor privado na busca de soluções para os problemas ambientais globais. E foi através do CELB que a CI formou uma parceira com a Starbucks. O processo até a obtenção do acordo demorou oito meses de negociações e resultaram em quatro pontos principais: expandir o trabalho da CI e da Starbucks com os produtores de café no México, introduzir uma linha que refletisse o compromisso ambiental, desenvolver diretrizes para fornecimento de café que concedessem uma condição de vida justa aos produtores e buscar o envolvimento de outros líderes de mercado na qualidade ambiental e social.
O projeto Chiapas envolvia acordos assinados entre a CI e cada produtor e cada respectiva cooperativa. Os padrões específicos eram adequados ao contexto de produção física e climática de cada fazenda. A qualidade era um grande desafio. A equipe da CI exercia função direta no controle da qualidade. As ações com os produtores e suas cooperativas geraram resultados significativos. Porém apesar do progresso a Starbucks decidiu ir além deste projeto. O objetivo era transformar os parceiros (produtores) no desenvolvimento de fontes realmente sustentáveis para obter os melhores cafés do mundo.
Em 2000 a Starbucks enfrentou um protesto do movimento Comércio Justo que começou na Holanda. Este movimento se baseava somente nos preços praticados no mercado e não contemplava a área ambiental e social. Depois de muito dialogo, a Starbucks incorporou o café certificado pelo Comércio Justo. A posição da Starbucks diante deste fato foi educar os clientes a respeito da importância do café de Comercio Justo e do apoio aos pequenos produtores.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo o PMBOK, “projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único. A natureza temporária dos projetos indica que eles têm um início e um término definidos” (PMI, 2013, p. 3).
A gestão de projetos, também conhecida como gerenciamento de projetos, é definida de acordo com PMI (2013) como o processo através do qual se aplicam conhecimentos, capacidades, instrumentos e técnicas às atividades de um projeto de forma a satisfazer as necessidades e expectativas dos diversos stakeholders (pessoas interessadas no projeto). Já para Larson e Drexler (2010) gerenciamento de projetos é a aplicação de técnicas e sistemas
de gestão modernos para a execução de um projeto do começo ao fim com a finalidade de alcançar objetivos pré-determinados de escopo, qualidade, tempo e custo. Para Shetach (2010), o objetivo básico da gestão de projetos é realizar com sucesso os objetivos estratégicos definidos.
Desse modo, fica claro que gestão de projetos é uma área de estudo que aborda técnicas, práticas, instrumentos e conhecimento, com o objetivo de aperfeiçoar uma série de atividades interligadas que possuem um único objetivo, com restrições de tempo, custo e qualidade. Como explicado em Conforto (2009), uma das evoluções na gestão de projetos foi o surgimento de associações, como o Project Management Institute (PMI), que padronizam e disseminam o conhecimento e as melhores práticas no assunto. Essas associações criaram os conhecidos “corpos de conhecimento” (Body of Knowledge), como o Project Management
Body of Knowledge (PMBOK), que é o mais conhecido desses guias, criado pelo PMI. Estes documentos apresentam práticas, técnicas e ferramentas, resumidas de forma normativa e padronizadas para o melhor uso na gestão de projetos.
As práticas do PMBOK são frequentemente citadas como boas práticas em gestão de projetos. O guia, além de padronizar o vocabulário comum em gerenciamento de projeto, descreve os processos e subprocessos a serem utilizados durante o projeto. Porém é necessário se ter muito cuidado ao se utilizar essas técnicas, porque muitas vezes em ambientes dinâmicos e imprevisíveis planos excessivamente detalhados e técnicas engessadas podem ser perda de tempo e de chances (ABRANTES; FIGUEIREDO, 2014).
ANÁLISE DE DADOS
Existem diversas questões que envolvem o estudo de caso. A forma como as empresas negociam seus produtos ao mesmo tempo em que se relacionam com seus fornecedores. A Starbucks conciliou seus objetivos empresariais a preocupação ambiental e social. Ao mesmo tempo em que os clientes buscam preços mais baratos, estão preocupados com a origem dos produtos. A parceria entre as empresas e ONGs vem consolidar esta nova preocupação.
Enfim, as atividades de gerenciamento de aquisição da empresa voltam-se para os requisitos básicos do projeto. O que a Starbucks realmente procurava para sua empresa. Será que a ideia era ser uma lojinha de café? Depois desse estudo acredito que não. Para registro dos riscos, era utilizado o tempo todo exemplos passados. Quando foram negociar com a CELB e visitaram os produtores do México, analisaram não só o efeito do clima, mas também todos os fatores que envolviam os pequenos e médios produtores. Registravam todas as informações que eram importantes para os produtores, para as cooperativas, para a CI e para eles, tornando o registro de partes interessadas algo fundamental do projeto. Além de todos os fatores ambientais envolvidos.
...