Gestão Pessoas Matriz de Atividade Individual
Por: Lucas Otto • 25/7/2022 • Trabalho acadêmico • 2.239 Palavras (9 Páginas) • 126 Visualizações
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Atividade individual
Matriz de atividade individual | |
Disciplina: Gestão de Pessoas | Módulo: 0422-2 |
Aluno: Lucas Otto Venâncio | Turma: 4 |
Tarefa: Atividade Individual |
Plano de desenvolvimento da equipe | |||
Introdução | |||
As mudanças sempre estiveram presentes em nosso cotidiano, porém no mundo moderno globalizado, estas mudanças ocorrem em periodos de tempos cada vez mais curtos. As empresas acompanham estas mudanças e essas alterações são notadas quando analizamos o que é considerado importante a uma organização ao decorrer do tempo. Segundo Ferreira (2017), os principais ativos de uma empresa após a revolução industrial eram suas Máquinas e Equipamentos, a partir do século passado isso vem se alterando, e os principais ativos de uma empresa tornan-se intangíveis, como: marca, “know-how”, capacidade de inovar e se adaptar as mudanças, conhecimento, etc. Segundo Toffler (1980), passamos por três grandes períodos de mudanças: a Revolução Agrícolola, a Revolução Industrial e hoje vivemos a Revolução da informação. Segundo Pereira (1995), a era da gestão empresarial, iniciou-se em meio a Revolução Industrial e segue até os dias atuais, na Revolução da Informação, podendo ser dividida em cinco períodos, conforme descrito no E-book de Fereira et al (2017): Gestão da Produção em Massa: foco em padronização dos processos e produzir o máximo possível; Gestão da Eficiência: foco no controle interno das operações Gestão da Qualidade: foco na satisfação do cliente final Gestão da Competitividade: foco na excelência empresarial por meio do atendimento das necessidades de todos os stakeholders Gestão de Capital Intelectual: foco na Inovação, e no Conhecimento. Os diferentes cenários exigem diferentes perfis de gestores. Abordado por Fereira (2017) no E-book de Gestão de pessaos, existem três formas de liderar uma equipe segundo Kurt Lewin (1973): Estilo Autocrático: Estilo adotado por líderes centralizadores, não delegam a tomada de decisão a terceiros, definindo as atividades de seus colaboradores e mantendo um controle rígido sobre cada um deles. Esta forma de liderar tem como ponto negativo, normalmente, a insatisfação dos colaboradores. Estilo Participativo: Estilo em que o líder abre espaço aos seus colaboradores para participarem das tomadas de decisão, delegando as tarefas e dando feedbacks e auxiliando na confecção das mesmas. Esta forma de liderar tem como ponto negativo a necessidade de um maior tempo para uma tomada de decisão devido a participação de mais pessoas. Estilo liberal: Estilo em que o líder não interfere nas atividades de seus colaboradores, deixando-os decidirem sozinhos qual suas metas e métodos de desenvolvimento. Esta forma de liderar tem como ponto negativo a empresa ficar mais suscetível ao errodevido a descentralização as decisões e necessitar de uma autodisciplina de seus funcionários ao se gerenciarem. | |||
Análise de cenário - apresentação do contexto e desafios | |||
Cenário atual da empresa/área e desafios | |||
A empresa WEG é uma multinacial brasileira presente em diversos nichos de mercado, como: Motores Elétricos, Tintas, Transformadores, Soluções de energia sustentáveis, e Automações. A WEG Motores, nicho responsável pelos motores elétricos, é uma empresa verticalizada, possuindo o processo de Metalurgia, Injeçaõ de Alumínio, Usinagens e as montadoras dentro de seus parques fabris. Devido a diversidade de processos, a gestão da empresa é baseada em três pilares: Desdobramento de metas: o conselho e presidência estabelecem metas para a companhia como um todo, metas as quais são desdobradadas pelos diversos níveis hierárquicos até chegar nas metas individuais de cada colaborador. Comissões: os assuntos são submetidos a diversas comissões para serem aprovados, realizando um filtro dos assuntos, erros, problemas e acertos antes de direção da companhia tomar suas decisões. Por exemplo: Comissão de compras, comissão de manutenção, etc. Gestão Participativa: todos os colaboradores são motivados a sugerirem ideias de melhorias através para a companhia e seu dia-a-dia, participando das tomadas de decisões da empresa através de seus trabalhos e sendo reconhecidos pelos gestores, diretores e pela empresa através das mesmas. Pelo tamanho da empresa, neste trabalho iremos diminuir o volume de controle para o Departamento de Engenharia de Processos da empresa, o qual é responsável por realizar atividades de: definição e controle dos processos de manufatura; Padronizar, Documentar e estabelecer o tempo de cada atividade; Mapear, priorizar e realizar trabalho de melhorias de processo com objetivo de diminuir o custo de transformação da empresa. Assim como as demais empresas mundiais, a WEG também teve que se adaptar a pandemia do COVID-19, sendo necessário remodelar o modo operante do seus Departamento de processos, em alguns casos como: Plano de desenvolvimentode das filias: anteriormente, equipes multidisciplinares eram enviadas as filiais para realizar atividades de melhoria de processos e difusão de conhecimento e cultura organizacional. Atualmente parte das atividades são feitas de modo remoto, enfrentando desafios como: comunuicação, fuso horário, gestão de equipe, entre outros. Alteração do modo de trabalho de presencial para misto: então a necessidade de uso de meios de comunicação além de e-mail tornou-se fundamentais para a empresa, além de uma adaptação dos gestores para liderar estas equipes, etc. Realização de trabalhos de melhoria a distância pois parte da equipe não se encontra presente no parque fabril, entre outros desafios e impactos. | |||
Cenário atual de desenvolvimento de pessoas | |||
A WEG atualmente possui 3 formas de desenvolvimento de seus profissionais: o CentroWEG, a Seção de Treinamentos, e as avaliações anuais realizadas pelos gestores. O CentroWEG é um programa de formação profissional voltado a adolescentes, que funciona como um curso técnico com objetivo de desenvolver jovem de maneira pessoal e profissional, tornando-o mais capacitado para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Também auxilia a empresa na contratação de colaboradores com perfis e conhecimentos essenciais para a empresa. A Seção de Treinamentos, afiliada ao Departamento de Recursos Humanos (RH), é responsável por desenvolver e ministrar diversos cursos de capacitação aos colaboradores WEG. Os treinamentos abordam diversos temas como: Hard Skills (Metodologia Six Sigma, Excel, SolidWorks); Soft Skills (Orátoria, Liderança); Integração do novo colaborador a cultura da empresa (Código de ética, Compliance, Sistema de Gestão, funcionamento da Gestão participativa), entre outro temas variados. Além dos cursos presenciais, a Equipe de treinamentos também vem trabalhadno forte para transformar e disponibilizar cursos EaD para facilitar o desenvolvimento dos colaboradores. Por ultimo a avaliação anual dos gestores, é uma conversa individual entre o Gestor e seus colaboradores pautada em diversos itens a serem avaliados, onde ocorre feedbacks entre amabas as partes para aperfeiçoamento pessoal e profissional. Esta conversa também possibilita o desenvolvimento e manutenção de um plano de carreira, onde cada colaborador pode definir seu objetivo e traçar metas de desenvolvimento para atingí-los. | |||
Plano de desenvolvimento da liderança | |||
perfil atual da liderança da área | perfil desejado para o novo cenário | competências a desenvolver | justificativa |
Atualmente o perfil de liderança do Departamento da Engenharia de Processos é mais voltado a um modo autocrático. Desta maneira, verifica-se a necessidade de um controle visual das atividades dos seus liderados e a pressão para o atingimento de todas as metas. Outro ponto é a dificuldade em ter uma comunicação clara das estratégias e objetivos da empresa, onde por muitas vezes a informação acaba restrita aos gestores e não são repassadas para todos os colaboradores. Vale ressaltar que o departamento e composto de pessoas jovens e outras pessoas com mais de 25 anos de empresa, e verifica-se a dificuldade dos gestores em lidar com as diferenças encontradas entre estas gerações. Por fim, percebe-se uma grande barreira para as mudanças, onde muitas vezes essa barreira acaba desmotivando grande parte da equipe e atrapalhando a gestão da mesma. | Primeiramente, espera-se que o líder seja mais aberto as mudanças e exerça um papel de liderança entusiasmado, para não ocorrer a desmotivação de seus colaboradores. Que o perfil autocrático mude para um perfil mais participativo, conforme as atuais estratégias da empresa, e que o Líder passe ouvir sua equipe para a tomada das decisões. Devido ao trabalho em diversos países, e ao trabalho não presencial, a organiazção precisa que seus líderes executem um papel de liderança por resultados, e que seja comunicado de forma clara para toda a equipe qual são as estratégias e os objetivos da organização e o que se espera de cada colaborador. Por fim espera-se que os lideres desenvolvam mais a sua capacidade de compreensão interpessoal e de empatia para conseguirem entender melhor o perfil de seus colaboradores, e o perfil entre gerações, para que se conectem melhor com seus liderados e consigam extrair o máximo de cada um deles. | Os principais pontos de desenvolvimento observados aos gestores da Área são:
| Um termo muito utilizado nos dias atuais é a chama Indústria 4.0. A qual fará a ponte entre as pessaos e os ativos tecnológicos. Deste modo, as empresas precisam que seus líderes se tornem líderes 4.0. E que desenvolvam cada vez mais características como: - Agilidade de informação; - Adaptação às mudanças; - Potencialiar a equipe interna e das diversas competências dos seus colaboradores. Com a robotização e automatização dos trabalhos manuais, exige-se, cada vez mais, o uso das habilidades socioculturais dos colaboradores, para o crescimento e inovação da empresa. Obserava-se que o perfil desejado para o novo cenário de liderança da empresa está fortemente ligado a estes requisitos da Industria / Liderança 4.0. |
Plano de desenvolvimento da equipe | |||
perfil atual da equipe | perfil desejado para o novo cenário | competências a desenvolver | justificativa |
A equipe hoje consta com profissionais muito bem qualificados tecnicamente, não sendo esse um ponto elogiado da equipe. Porém pela empresa possuir tantas companhias e a equipe trabalhar de modo descentralizado, ou seja, dividido entre os departamentos, a comunicação entre os membros, e a visão sistêmica não é muito boa. Pela equipe ser difundida e viajar bastante a filiais, percebe-se o acumulo de tarefas, e normalmente os colaboradores pecam nas competências de autodisciplina, gestão do tempo e priorização das atividades. Por fim a Engenharia de Processos são visto como exemplos dentro dos departamentos de manufatura por seus conhecimentos técnicos e formçar de carreira. Porém alguns membros possuem dificuldade de se comunicar, liderar outras pessoas, soft skills necessárias ao seu desenvolvimento pessoal. | O Perfil desejado para o novo cenário é o de funcionários com autodisciplina, senso de priorização e gestão do tempo para a conclusão das atividades, gasto seus esforços principalmente nas atividades vistas como estratégica para a empresa. Outro ponto é que eles devem criar confiabilidade, tanto para o líder da equipe, quanto para os seus pares, de modo que intensifique o trabalho em equipe e facilite a tomada de decisões. Por viajarem muito a filias, e não terem o chefe junto a eles nesses momentos, é importante o desenvolvimento do pensamento analítico e crítico aleém de inteligência emocional para lidar com os problemas que aparecerem no dia-a-dia. O desenvolvimento de soft skills como: comunicação; criatividade; liderança, trabalho em equipe entre outras também é importante para o desenvolvimento das atividades diárias. Por fim, como qualquer outra empresa no âmbito da revolução 4.0, necessita-se de uma equipe altamente adaptá-vel a mudanças, engajada e com busca constante de conhecimento, facilitando a tomada de decisões da empresa, e auxiliando-a na tomada de decisões estratégicas para acompanhar a dinâmica do mercado. | As principais competências a se desenvolverem na equipe são:
| A fim de manter o crescimento sustentável, a empresa precisa de uma equipe engajada e motivada a crescer junto a ela. Desta maneira os profissionais requeridos para essa nova fase, devem estar preparados para as constantes mudanças do mercado que ocorrem diariamente na era da Industria 4.0. Desta maneira, o perfil desejado dos colaboradores conta com as chamadas “competências do futuro”, algumas listadas no Forum Econômico Mundial. Desta maneira o Departamento de Processos, vê-se preparado e com uma equipe qualificada em diversas habilidades, e diversas vivências. Equipe pronta não apenas para executar atividades com excelecência, mas também pronta para auxiliar a tomada das decisões estratégicas da empresa. |
Considerações finais | |||
A WEG é uma empresa consolidada nacionalmente e internacionalmente, e isso ocorre por ela acompanhar as tendências e mudanças do mercado. A preocupação constante com a formação de seus colaboradores, começando pelos cursos técnicos do CentroWEG, até desenvolvimento para as lideranças, é um dos motivos da companhia ter se tornado a gigante que é nos dias atuais. Vê-se que o desenvolvimento de líderes 4.0 e de uma equipe competente a esta nova Revoluação Industrial, é um caminho que demandará esforço por parte de todos, porém é necessário para o desenvolvimento continuo e sustentável da empresa. Um lado positivo, é que a empresa tem possibilidades de enviar / auxiliar seus colaboradores a desenvolverem as competências necessárias, seja por meio de cursos internos ou externos, possibilitando a vivência necessária em outras culturas, ou guiando seus colaboradores em conjunto com os lideres e o setor de RH para que os mesmo adquiram as competências e fortaleçam suas equipes. | |||
Referências bibliográficas | |||
FERREIRA, Victor Claudio Paradela. Gestão de Pessoas na sociedade do conhecimento / Victor Cláudio Paradela Ferreira...[et al]. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2017. 2. Ed. TOFFLER, Alvin. A terceira onda. Rio de Janeiro. Record, 1980. PEREIRA, Heitor José. Os novos modelos de gestão: análise e algumas práticas em empresas brasileiras. 1995. Tese (doutorado Administração de empresas). Escola de Administração de Empresas de São Paulo, Fundaçaõ Getulio Vargas, São Paulo, 1995. WEG, 2022. Disponível em: < https://www.weg.net/institutional/BR/pt/>. Acesso em 21 de Maio de 2022. “CentroWEG”. WEG, 2022. Disponível em: <https://www.weg.net/institutional/BR/pt/career/centroweg/jaragua>. Acesso em 21 de Maio de 2022. “Liderança 4.0: como agir nesse novo modelo de mercado?”. PODER DA ESCUTA, 2022. Disponível em: <https://www.poderdaescuta.com/lideranca-4-0-como-agir-nesse-novo-modelo-de-mercado/>. Acesso em 21 de Maio de 2022. “As dez competências mais valiosas até 2022”. GESTÃO E RH, 2022. Disponível em: https://www.gestaoerh.com.br/pt_br/artigos/7894-as-dez-competencias-mais-valiosas-ate-2022>. Acesso em 21 de Maio de 2022. “As principais competências do gestor 4.0”. AERP, 2022. Disponível em: < https://aerp.org.br/geral/as-principais-competencias-do-gestor-4-0/>. Acesso em 21 de Maio de 2022. |
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