Grounded Theory
Por: Nathália Ferreira • 23/11/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 327 Palavras (2 Páginas) • 181 Visualizações
A utilização de pesquisa qualitativa vem aumentando nos últimos anos. A grounded theory (GT), podendo também ser chamada de teoria fundamentada, teoria fundamentada em dados ou teoria embasada, foi iniciada por Barney Glaser e Anselm Strauss, em 1967, sendo apontada por muitos pesquisadores como umas das formas mais puras de pesquisa qualitativa.
O seu uso é mais frequente nas áreas de sociologia, psicologia e enfermagem.
A GT é uma metodologia indutiva. É a geração sistemática de teoria a partir de pesquisa sistemática. Ela pode ser usada tanto com dados qualitativos quanto com quantitativos. Mas a GT usada em dados quantitativos ainda é recente e portanto pouco discutida e desenvolvida.
Glaser e Strauss entendiam existir dois tipos básicos de teorias: as formais e as substantivas. O primeiro tipo é composto do que os autores chamam as “grandes teorias”, conceituais e abrangentes, enquanto o segundo tipo se refere a explicações para situações cotidianas sendo, portanto, mais simples e acessíveis.
O tipo de teoria a ser desenvolvido pela GT se enquadra no tipo “substantivas”, a que foi desenvolvida por uma área de investigação empírica.
Glaser e Strauss acreditavam que a GT poderia ser usada para gerar teorias substantivas que, ao contrário das grandes teorias formais, explicariam melhor as áreas específicas da pesquisa empírica, já que essas teorias nasceriam diretamente de dados do mundo real.
Como a GT é um método qualitativo, ela possui muitas semelhanças com os demais métodos qualitativos, tais como a etnografia (estudo descritivo e interpretativo da realidade do grupo) e a fenomenologia, ou seja, quando há uma forte ênfase na subjetividade da realidade construída pelos respondentes
A GT sofre forte influência do interacionismo simbólico que compreende: observar e entender o comportamento a partir do ponto de vista dos participantes e aprender sobre o mundo dos participantes.
A GT, a fenomenologia , a etnografia e o interacionismo simbólico têm em comum por exemplo: a investigação qualitativa, interpretativa e subjetiva da vida dos indivíduos e seus comportamentos; a observação e o uso de dados não estruturados.
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