Henri Fayol
Por: Hevelyn Barroso • 15/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.697 Palavras (7 Páginas) • 923 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Fayol, engenheiro francês, foi o fundador da Teoria Clássica da Administração, que teve início em 1916. Sua teoria teve como foco principal a preocupação com a estrutura das organizações e não as tarefas.
A Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Partia da organização e da estrutura como um todo, para garantir a eficácia de todas as partes envolvidas, fossem elas departamentos, seções ou pessoas como executores de tarefas e ocupantes de cargos.
A análise das tarefas de cada indivíduo cedeu lugar a uma visão global e universal da organização. A qual partia da estruturação de toda organização e chegava finalmente ao indivíduo.
Henri Fayol o criador da Teoria Clássica, dividiu as funções da empresa e criou os princípios gerais da administração, que são as bases da administração como ciência. Estes princípios são úteis para estruturar qualquer organização seja qual for seu ramo de atividade e seu tamanho.
Após décadas de desenvolvimento da teoria administrativa, encontra-se em Fayol conceitos que antecipam aspectos do movimento de relações humanas, da teoria de contingências, do maior envolvimento dos empregados no processo decisório e do desenvolvimento do conhecimento gerencial como ciência.
O questionamento que se faz é que, a despeito de ter contribuído para o desenvolvimento de tão inovadores e avançados conceitos, Fayol seja lembrado apenas como o pai da Escola Clássica de Administração, o que não representa, com a clareza necessária, sua efetiva contribuição para a Ciência da Administração. Ao contrário, da releitura de Fayol emerge um pensador muito mais complexo e multidimensional do que o estereótipo convencional que o identifica com a Escola Clássica.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Biografia
Nascido em Constantinopla no ano de 1841, Jules Henri Fayol se formou em Engenharia de Minas pela École Nationale Supérieure des Mines em Saint-Étienne. Ficou bastante conhecido pelas suas contribuições no campo do pensamento administrativo.
Atuou nas atividades de mineração de carvão e fundição de ferro do consórcio francês Commentry-Fourchambault Company, onde trabalhou a sua vida inteira. Entre 1860 a 1866 fez notáveis avanços na técnica de combate aos incêndios subterrâneos que aconteciam na empresa. Graças a esse trabalho ele se tornou a gerente das minas Commentry, e mais tarde gerente de um outro grupo de minas.
Durante os anos de 1888, a empresa estava com dificuldades financeiras. Fayol foi nomeado diretor geral, começando a revitalização da companhia, com a centralização da produção em Montluçon. A, recém chamada, Comamboult se recuperou sob a direção de Henri.
Após essa experiência na Comamboult que desenvolveu sua teoria de administração. Henri Fayol veio a óbito em Paris, na França em 1925
2.2. Teoria
Fayol, juntamente com Taylor, é um dos mais importantes colaboradores do desenvolvimento do conhecimento administrativo moderno, sendo pioneiro na definição de administração como processo de planejar, organizar, dirigir e controlar. Segundo ele, todos deveriam estudá-la; tendo necessidade de uma teoria geral que pudesse ser instruída. Dessa forma ele divulgou sua própria teoria, baseando-se em sua bem-sucedida experiência. O sucesso da sua forma administrativa ele atribuía a seu sistema de administração, que se dividia em três partes principais:
I. A administração é uma função distinta das demais funções, como finanças, produção e distribuição
II. A administração é um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e controle.
III. O sistema de administração pode ser ensinado e aprendido. (MAXIMIANO; Antonio, 2011, p. 35)
Em 1916 surgia na França a Teoria Clássica da administração, enquanto na Europa a Administração Científica era distendida principalmente por Taylor, ambas com um único objetivo: a eficiência das organizações. A atenção da Teoria Clássica era na organização e estrutura, para garantir a eficácia dos órgãos e pessoas envolvidas. “Fayol, um engenheiro francês, fundador da Teoria Clássica da Administração, partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta de Taylor. ” (CHIAVENATO; Idalberto, 2004, p. 80)
Toda empresa apresenta seis funções, segundo Henri, cada uma com sua relação; são elas:
a) Funções técnicas: produção de bens ou serviços;
b) Funções comerciais: compra, venda e permutação;
c) Funções financeiras: procura e gerência de capitais;
d) Funções de segurança: proteção e preservação de bens e pessoas;
e) Funções contábeis: inventários, registros, balanços, custos e estatísticas;
f) Funções administrativas: integração das outras cinco funções. Coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, estando acima delas.
Essa visão, entretanto, está ultrapassada. Hoje elas recebem o nome de áreas da administração.
O ato de administrar é definido por Fayol como:
Prever é visualizar o futuro e definir o programa de ação; organizar é construir o duplo organismo material e social da empresa; comandar é dirigir e organizar o pessoal; coordenar é ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos; controlar é verificar que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ordens dadas. (CHIAVENATO; Idalberto, 1979, p. 59)
As funções administrativas não se concentram apenas, mesmo estando em maior volume e extensão, no topo da cadeia hierárquica de uma empresa, estão distribuídas nos outros níveis.
Sem muita criatividade Fayol sistematizou os princípios gerais da administração, coletando-os de diversos autores de sua época, determinando-as:
1) Divisão do trabalho: divisão entre grupos e indivíduos para garantir que o esforço e a atenção
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