Inside Job - A Verdade Sobre a Crise
Por: Lucas Camargo • 30/10/2015 • Resenha • 1.445 Palavras (6 Páginas) • 1.092 Visualizações
Bolha Econômica: A crise que afetou o mundo globalizado
"The Global econimic crisis of 2008 cost tens of millions of peoples their savings, their jobs, and their homes" (A crise global de 2008 custou à dezenas de milhões de pessoas as suas casas poupanças, empregos e casas.) assim inicia-se o documentário Inside Job - A Verdade sobre a Crise, pois nada surge sem consequências.
Devido o estouro da bolha financeira inicia-se a crise econômica mundial, ou melhor, o efeito dominó de uma cadeia de securitização trouxe uma enorme catástrofe ao sistema financeiro mundial.
Antes de ir direto ao ponto, isto é, aos fatos ocorridos no ano de 2008, é preciso entender como tudo começou, pois está crise não surgiu da noite para o dia. É preciso entender as causas através do tempo, e finalmente o estouro da bolha que gerou a crise econômica mundial.
Com essa explosão da economia dos EUA, na década de 80 os bancos de investimentos passaram a ser públicos, resultando em maiores vendas de títulos. Em 1982 o presidente Reagan desregulamenta as economias das empresas financiadoras, possibilitando que elas fizessem investimentos de risco com o dinheiro dos depositantes. Neste momento, diversos executivos de empréstimos de poupanças passaram a ludibriar as suas empresas, até o momento que esse sistema falhou, custando aos contribuintes cerca de US$ 124 bilhões, talvez sendo a primeira crise econômica do EUA a partir da década de 80.
Em 1990 o setor financeiro consolidou se em gigantes e poucas companhias, algumas tão grandes que o fracasso poderia ameaçar o sistema financeiro. Já em 1998 o Citicorp e o Travelers fundiram-se para formar o Citigroup, a maior empresa financeira do mundo. A fusão violou o ato Glass-Steagall (norma que proibia os bancos de utilizar os depósitos dos clientes em investimentos de riscos). A falta de posicionamento da FED, comandada na época por Alan Greenspan, fez com que a lei perdesse a validade.
Em 1999, Robert Rubin junto ao Congresso Nacional aprovou a lei Granm-Leach-Blisley que derrubou a lei Glass-Steagall. Mais tarde Rubin fez US$ 126 milhões como vice-presidente da Citigroup.
Após esses fatos a próxima crise no final da década de 90, os bancos de investimentos alimentaram uma bolha enorme em ações da internet que estourou em 2001 causando a perda de US$ 5 trilhões em investimentos. Uma investigação de Eliot Spitzer revelou que os bancos de investimentos tinham promovido empresas que eles sabiam que iriam falir. No ano de 2002, 10 bancos de investimentos liquidaram este caso, desembolsando no total US$ 1,4 bilhões.
Com essa desregulamentação e os avanços da tecnologia levaram a uma explosão dos produtos financeiros chamados de Derivados, tornando o mercado ainda mais instável. No final dos anos 90 os Derivados era um mercado descontrolado de US$ 50 trilhões. Por isso, foi criado a CFTC, um órgão capaz de supervisionar o mercado de Derivados. Em 1998, a CFTC fez uma proposta para controlar os Derivados, o departamento do Tesouro, de Clinton, teve uma resposta imediata. Greenspan e Rubin recomendam que o mercado de Derivados não deva ser controlado. Em 2000 o Congresso aprovou um projeto de lei que isentava o controle sobre o Mercado de Derivados, mais tarde, no mesmo ano proibiu a regulamentação dos Derivados. Após isso o uso de Derivados e inovações financeiras explodiu no mercado financeiro.
Em 2001 quando Bush assumiu o Governo, o setor financeiro do país estava mais lucrativo, dominando está indústria estavam cinco bancos de investimentos, dois conglomerados financeiros, três companhias de seguros e três agências de rating. Elencando todos eles havia a cadeia de securitização, um novo sistema que ligava trilhões de dólares de hipotecas e outros empréstimos com investidores em todo mundo.
O sistema ocorria da seguinte forma, os credores vendiam as hipotecas para os bancos de investimentos, esses bancos combinavam milhares de hipotecas e outros empréstimos formando um CDO, os bancos vendiam os CDO's para investidores, agora quando os proprietários pagavam as hipotecas o dinheiro ia para investidores do mundo todo. Os bancos também pagavam agências de rating para avaliar os CDO's e muitos deles recebiam a classificação AAA (triplo A) que é mais alta classificação de investimento seguro possível. Esse sistema era uma bomba relógio, neste momento iniciava-se a bolha que estouraria em 2008, causando uma das maiores crises de todos os tempos.
De repente, centenas de bilhões de dólares estavam fluindo através da cadeia de securitização, como ninguém conseguia uma hipoteca, as aquisições de preços subiram e o resultado foi a maior bolha financeira de todos os tempos.
Durante a bolha os bancos estavam pegando grandes empréstimos para comprar mais empréstimos e criar CDO's. A razão entre o dinheiro pego emprestado e o dinheiro do próprio banco era chamado de alavancagem, quanto mais os bancos pegavam emprestados maior seria sua alavancagem.
Em 2004, a pedido dos bancos de investimentos, a SEC se reuniu para considerar os limites de alavancagem, permitindo que os bancos aumentassem bruscamente os seus empréstimos.
Havia outra bomba relógio no sistema financeiro, a AIG, a maior companhia de seguros estava vendendo quantidades enormes de Derivados chamados de CDS. Para os investidores que possuíam CDO as CDS funcionavam como uma apólice de seguro, o investidor que adquirisse um CDS pagava um valo trimestral, se o CDO perdia
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