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Inside Job, O Preço de uma Verdade

Por:   •  24/5/2016  •  Resenha  •  1.240 Palavras (5 Páginas)  •  915 Visualizações

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Resumo dos filmes e uma análise acerca da ética

INSIDE JOB

        O documentário dirigido por Charles H. Ferguson trata sobre a crise financeira que assolou a economia global nos anos de 2008. O filme começa fazendo um paralelo com a crise financeira ocorrida na Islândia. A Islândia era um país com democracia estável, com altos padrões de vida, baixos índices de desemprego e dívida pública. No entanto, a partir de 2000, o governo iniciou uma política de desregulação no setor financeiro, o que levou a uma grave crise. Seu enredo é dividido em cinco partes as quais expõe o contexto político e econômico que permearam a crise.        

        A primeira parte apresenta o histórico que antecede a crise. Após a Grande Depressão os EUA tiveram 40 anos de prosperidade sem uma única crise financeira. Havia uma forte regulação na época, a maioria dos bancos eram empresas locais e não podiam especular com as poupanças dos clientes. Os bancos de investimento, eram pequenas sociedades de capital fechado. Nos anos 80, os bancos de investimento abriram o capital (se tornaram públicos) captando enormes quantidades de recursos de acionistas, e foi então que os funcionários começaram a ficar ricos. A partir disso, diversas crises ocorreram no setor financeiro. A crise de 2008 foi uma consequência dessa política de desregulamentação e teve seu estopim com o novo sistema de pagamento de hipotecas. Antigamente os mutuários pagavam a hipoteca todos os meses e o dinheiro ia direto para o mutuante local que tomava bastante cuidado. No novo sistema, os mutuantes vendem as hipotecas para os bancos de investimento que por sua vez reúnem milhares de hipotecas e outros tipos de empréstimos a fim de criar complexos derivativos, as chamadas Obrigações de Dívidas Colaterizadas (CDO´s). Logo, os bancos de investimento vendem esses CDO´s à investidores. Os bancos de investimento pagam agências de rating para avaliar os CDO´s, com muitos recebendo a avaliação AAA, que é o maior grau de investimento. Logo, os fundos de pensão que só compram papéis com alta classificação (AAA) atraem-se por esses CDO´S. Os empréstimos de risco (subprime) aumentaram, pois quanto maior a venda de CDO´s mais eles lucravam. Ninguém se afetava, o importante não era a qualidade da hipoteca, mais sim a quantidade de hipotecas. Além do mais, os bancos de investimento até preferiam os empréstimos subprime, pois eles possuíam uma maior taxa de juros, logo, os bancos lucravam mais.

        Na segunda parte, explica-se como que a crise se desenrolou por meio do sistema de alavancagem, que era a relação entre o dinheiro emprestado e o dinheiro do banco. Quanto mais os bancos emprestavam, maior era a alavancagem. Mostra os bônus que empresários ganhavam e a constante negação de um cenário de crise.

        Já na terceira parte, são evidenciados os avisos que anteciparam a crise, como também as medidas que o governo tentou tomar para conter a crise. É importante notar que mesmo com o desenrolar da crise, as regulações ainda não eram um interesse do governo.

        Na quarta parte do filme, é exposta a impunidade dos agentes corruptores que articularam a crise. As grandes empresas financeiras continuariam a resistir à regulação pública das suas atividades e a ideologia na origem destas práticas continua a dominar o ensino da economia nas grandes universidades norte-americanas. Muitos professores de universidade renomadas recebem dinheiro do governo, ajudando a articular as políticas de desregulação, em favor dos derivativos.

        A quinta parte relata o cenário atual. Não houve grandes mudanças. As novas reformas financeiras da administração Obama são fracas e não há nenhuma regulação importante sobre as práticas de agências de classificação, lobistas e compensação executiva. Além do mais, os atores principais das quatro primeiras partes não foram afastados pela administração Obama.

TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE

        O filme conta a história do famoso escândalo de Watergate, ocorrido em Washington, em 1972. O evento que antecedeu a descoberta do escândalo foi a invasão do edifício Watergate – que era sede do Comitê Nacional Democrata – por cinco aparentes ladrões; Esses supostos ladrões eram, na verdade, funcionários ligados ao FBI e a CIA e foram apreendidos usando câmeras e microfones. Os repórteres Robert Woodward e Carl Bernstein do jornal The Washington Post investigam mais a fundo esse caso, e descobrem que o que ocorreu de fato naquela noite era parte de um grande esquema de espionagem, encomendado por figuras ligadas direta ou indiretamente ao Partido Republicano e ao atual presidente Richard Nixon, que estava tentando a reeleição. O ocorrido levou o presidente Richard Nixon, eleito em novembro de 1972 para seu segundo mandato, que, no entanto, não durou muito tempo. Devido a todo o ocorrido, Nixon renunciou em agosto de 1974 o cargo da presidência.

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