Introdução a QVT

Introdução

Desde a idade da pedra o homem se depara com a mais vital das tarefas: o trabalho. Geralmente tarefas com muito esforço físico e deliberadamente cansativas, então até os dias atuais as associações a trabalho são negativas, algo esgotante que geralmente causa preocupação. O maior momento de crescimento instantâneo no número de trabalhadores assalariados no mundo foi em meados do século XIX, durante a revolução industrial. Com esse aumento de indústrias vários estudos foram iniciados para a otimização do trabalho e da produtividade, porém o grande objetivo nunca era o homem e sim os lucros. Na América do Norte foram feitos estudos com base em engenharia de produção e que deram início a corrente da Administração Científica, tendo como precursor Taylor. E na Europa, Fayol criou a corrente da Teoria da Administração Clássica, esta teoria começava a focar o homem inserido no contexto do trabalho, além de possuir base de engenharia de produção também tinha engenharia humana e então lidava com comportamento organizacional do individuo. Por volta de 1930 temos o acontecimento mais fatídico, é criada a abordagem humanística por Elton Mayo, que tirou o foco da tarefa, ou o homem na tarefa e passou para as pessoas e aí que a humanidade começa a ter uma leve noção sobre qualidade de vida no trabalho.

Definição de Qualidade de vida no trabalho

De acordo com alguns escritores não existe na literatura, unanimidade relativamente à definição de QVT, mas podemos abranger um conceito e entender QVT como a preocupação com o bem-estar dos trabalhadores enquanto desenvolvem suas obrigações  QVT envolve principalmente os aspectos físicos e ambientais e  psicológicos do local de trabalho.QVT é importante para o desenvolvimento dos colaboradores, bem como a eficiência das organizações.

                                         A qualidade de vida no trabalho se apresenta como uma preocupação do homem deu-se inicio da sua existência, com objetivo de facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de suas tarefas. “O conceito de qualidade de vida engloba vários aspectos como físicos, ambientas e psicológicos do local de trabalho” (CHIAVENATO, 2004).

Atualmente vivemos diferentes modos de vida, profissional e o pessoal, assim QVT tende a ter novos valores e demandas. E assim outras ciências possuem grande contribuição no estudo da qualidade de vida no trabalho;

• Saúde – A OMS (organização mundial de saúde), definiu saúde como integridade física, mental e social. A ciência não atua somente sobre o controle de doenças, mas busca gerar avanços biomédicos e maior expectativa de vida.
• Ecologia – Vê o homem como parte integrante e responsável pela preservação do sistema.
• Ergonomia – O estudo da medicina, da psicologia, e a motricidade, visando conforto na realização de tarefa, ou seja melhorar as condições e/ou o ambiente de trabalho ligadas à pessoa

• Psicologia – Junto com a filosofia, mostra a importância e a influência das atitudes internas e perspectivas de vida de cada pessoa em seu trabalho.
• Sociologia – resgata a dimensão simbólica do que é compartilhado e construído socialmente, demonstrando suas implicações nos diversos contextos culturais e antropológicos da empresa.
• Economia – enfatiza a consciência de que os bens são finitos e que a distribuição de bens, recursos e serviços deve envolver de forma equilibrada a responsabilidade e os direitos da sociedade.

• Administração – procura aumentar a capacidade de mobilizar recursos para atingir resultados, cada vez mais sofisticados e impactantes em termos tecnológicos, diante de objetivos mais específicos, rápidos e mutantes.

Engenharia – elabora formas de produção voltadas para a flexibilização da manufatura, armazenamento de materiais, uso da tecnologia, organização do trabalho e controle de processos.

Evolução Histórica

A qualidade de vida no trabalho tem sido avaliado e questionado com o passar dos anos, desenvolvendo aspectos humanos e organizacionais.

É definido por Richard Walton, pioneiro na sistematização dos critérios e conceitos de QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) definindo-a como algo além dos objetivos da legislação trabalhista, a partir do século XX.

Na grande crise de 1929 foram definidos objetivos sindicais para a QVT, concentrando-se em segurança e salubridade do trabalho. O Enfoque à psicologia no trabalho em 1950 correlacionando o estado de ânimo do indivíduo.

Em 1960 houve preocupação com o aumento da produtividade e os indicadores referentes ás necessidades e às aspirações pessoais ganharam relevância, acirrando a competitividade em relação as demais empresas, entendendo que a QVT é tão importante quanto a modernização tecnológica.

Em 1979 foi analisado que a QVT abrange áreas mais amplas do conhecimento – econômicas, políticas, psicológicas e sociológicas.

Produtividade e qualidade de vida no trabalho

De acordo com Bennett em 1983, a melhor da produtividade não pode ser discutida sem o reconhecimento de quem o conceito de produtividade vai sl da ideia de uma boa produção ou de eficiência no trabalho. A melhora da produtividade consiste em motivação, dignidade, participação no desempenho do trabalho na organização. Existem estratégias para aumentar a qualidade de vida no trabalho, que contribuem para um subproduto essencial da melhora da produtividade, levando em conta que estão muito relacionadas com a qualidade de experiências humanas no ambiente de trabalho que englobam personalidade do empregado, o trabalho em si é o ambiente de trabalho.

Qualidade de vida no trabalho como expansão do conceito de qualidade total

Havia um movimento que se referia à expansão do conceito de qualidade total, desenvolvido a partir da engenharia e que visava, especialmente, processos e controles produtivos e tecnológicos da fabricação do produto. Atualmente, com a evolução do conceito de qualidade total dos serviços, abriu-se nova discussão sobre a necessidade de incluir nele o conceito de qualidade pessoal e, consequentemente, o de qualidade de vida no trabalho.
 O gerenciamento da qualidade tem sido um dos procedimentos mais frequentes em todo o mundo, e deve ser realizado juntamente com a qualidade de vida. No entanto, existe grande distância entre o discurso e a prática do que seria o bem-estar das pessoas. Filosoficamente, todos o acham importante, mas na prática prevalece o imediatismo, e os investimentos de retorno de médio e de longo prazo ficam esquecidos. Tudo está por fazer.