MODELO DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Por: 1263820 • 18/10/2015 • Artigo • 1.596 Palavras (7 Páginas) • 244 Visualizações
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (CPC-3)
1. Definição do Fluxo de Caixa
O CPC 03 (2010) define o Fluxo de Caixa como sendo as entradas e saídas de caixa e
equivalentes de caixa. Já Santos (2005) define Fluxo de Caixa de uma forma mais
didática, assim sendo: “O DFC é um demonstrativo financeiro que demonstra a variação
líquida do saldo contábil do caixa e equivalentes ao caixa num período reportado,
detalhando os recebimentos e pagamentos que causaram essa variação.”
O Fluxo de Caixa reporta informações valiosas para a tomada de decisão rápida e
precisa, é utilizada por Acionistas, Diretores e Gerentes dentro do contexto empresarial
da organização (MARQUES, 2010).
Antigamente, o demonstrativo utilizado era a chamada DOAR (Demonstração das
Origens e Aplicação de Recursos) e pautava-se principalmente na elucidação das
variações do capital de giro investido na empresa, por um período de tempo,
normalmente a médio e longo prazo, ou seja, não permitindo uma visão sintética e
imediata das entradas e saídas de caixa da empresa (SANTOS, 2010).
O Portal da Contabilidade (2013) evidencia que de acordo com a Lei 11.638/2007 o
DFC torna-se obrigatório para a Contabilidade a todas as sociedades de capital aberto
ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).
O Fluxo de Caixa somado ao Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do
Exercício são de grande importância à gestão financeira e estratégica de qualquer
organização, no caso do DFC tudo relacionado à entrada e saída de caixa em
determinado período.
2. Caixa e Equivalentes de Caixa
A conta Caixa representa todo valor de fácil liquides disponível a empresa e os
equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de
caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins.
Para ser considerada equivalente de caixa, uma aplicação financeira deve ter
conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e estar sujeita a um
insignificante risco de mudança de valor.
Por conseguinte, um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa
quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, 3 meses ou menos, a contar da
data da contratação. Os investimentos em ações de outras entidades devem ser excluídos
dos equivalentes de caixa a menos que eles sejam, em essência, um equivalente de
caixa, como, por exemplo, nos casos de ações preferenciais resgatáveis que tenham
prazo definido de resgate e cujo prazo atenda a definição de curto prazo.
3. Forma de Apresentação da DFC
O CPC 03 (2010) definiu que a DFC deve apresentar os fluxos de caixa de período
classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais,
de investimento e de financiamento da forma que seja mais apropriada a seus negócios.
Ressalta-se que uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais
de uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de um
empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser
classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada
como atividade de financiamento.
Dessa forma, têm-se as seguintes informações inseridas dentro da DFC:
I - Atividades Operacionais;
II - Atividades de Investimento;
III - Atividades de Financiamento.
3.1 Atividades Operacionais
Os Fluxos de Caixa decorrentes das atividades operacionais são basicamente derivados
das Principais atividades geradoras de receitas da entidade, ou seja, são relacionadas ao
negócio principal da empresa, seja ele, produto final ou prestação de serviços.
O CPC 03 (2010) exemplifica contas que são consideradas atividades operacionais
dentro da DFC:
a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;
b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras
c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora
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