O CAOS E COMPETITIVIDADE
Por: AugustoCezaro • 17/5/2017 • Resenha • 424 Palavras (2 Páginas) • 106 Visualizações
CAOS E COMPETITIVIDADE
Nome: Augusto Cézar de Oliveira
A Teoria do Caos nos traz como é frágil as certezas oferecidas pelos modelos de análise e projeções tradicionais - onde é pressuposto que há sempre uma necessidade de busca da manutenção de um estado de equilíbrio -, assim como a necessidade de aceitarmos que os sistemas "não-lineares" são a grande maioria, principalmente em ambientes de negócios cada vez mais globalizados e, consequentemente, turbulentos. Dito isso, certamente os modelos de gestão mais adequados às organizações não são os que trabalham sob uma ótica de previsibilidade e controle das relações de causa e efeito.
Os eventos caóticos seriam aqueles caracterizados pela impossibilidade de serem previstos matematicamente, onde a aleatoriedade, o desequilíbrio e a imprevisibilidade prevalecem em cima da ordem, do equilíbrio e da previsibilidade.
Como princípios básicos da Teoria do Caos, podem ser destacados (PORTO, 2001):
- Quando um sistema extrapola o limite da previsibilidade, torna-se caótico e consequentemente não-linear;
- Mesmo com pequenas alterações nas condições iniciais, um sistema não-linear pode sofrer alterações significativas;
- Os sistemas caóticos possuem uma característica denominada fractalidade, que consiste na existência de padrões recorrentes - a fractalidade dá ao caos um sentido cíclico;
- Os fractais não são formas aleatórias, mas sim uma espécie de geometria da natureza - os fractais não são uma coleção de partes, são as formas do todo em movimento.
A Teoria da Complexidade acaba por reforçar e complementar a percepção de que a sociedade, as organizações e as pessoas não devem ser analisadas de forma simplista. A complexidade destaca que o mundo é marcado por incertezas, o que faz com que seja necessário uma análise bem distinta da utilizada tradicionalmente por pensadores e cientistas. Portanto, faz-se necessário a conquista de uma nova visão sistêmica, pós-cartesiana, em detrimento da percepção cartesiana e reducionista.
Nessa Teoria, há o combate à visão fragmentada de mundo é uma das principais preocupações, aqui, tem-se a ideia de que os saberes fragmentados, separados entre disciplinas revelam-se cada vez mais inadequados perante problemas de natureza polidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais e globais que marcam a contemporaneidade. A hiperespecialização impede uma visão sistêmica, global, culminando assim numa diluição do essencial. A ciência perde, portanto, seu caráter investigativo, tornando-se algo que se assemelha a um jogo de quebra-cabeças.
De acordo com a teoria, é necessária a construção do conhecimento em rede, não devendo este ser percebido como um acúmulo linear e lógico do saber. Aqui, a ciência é vista como um "mapa multidimensional", onde as fronteiras entre as disciplinas não são tão rígidas e há pontes para promover um intercâmbio constante entre as mesmas.
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