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O Calculo Cesta Básica

Por:   •  1/7/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.602 Palavras (7 Páginas)  •  308 Visualizações

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CÁLCULO DA CESTA BÁSICA

Acadêmicos: Bruno Montarroios Bastos

Tutor Externo²

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A cesta básica de produtos alimentícios (e a soma de dinheiro necessária para adquiri-la) é uma das partes mais importantes do orçamento normativo. Visto que a capacidade de trabalho do homem e sua viabilidade dependem principalmente da alimentação, essa cesta de compras caracteriza as demandas que devem ser satisfeitas em primeiro lugar. Além disso, as despesas com nutrição constituem uma parte considerável do total do orçamento normativo.

Essa cesta é usada para rastrear a inflação em um determinado mercado ou país, de modo que, se o preço da cesta de bens aumentar 2% em um ano, a inflação pode ser considerada 2%. Os produtos da cesta básica devem ser representativos da economia em geral e são ajustados periodicamente para levar em conta as mudanças nos hábitos de consumo.

A cesta de mercadorias inclui alimentos e bebidas básicas como cereais, leite e café. Também inclui despesas com moradia, mobília do quarto, roupas, despesas de transporte, despesas com assistência médica, despesas recreativas, brinquedos e despesas com entradas em museus. As despesas com educação e comunicação estão incluídas no conteúdo da cesta, e o governo também inclui outros itens aleatórios, como tabaco, cortes de cabelo e funerais.

Embora o IPCA seja frequentemente análogo à inflação, ele mede apenas a inflação experimentada pelos consumidores. No entanto, não é o único indicador do nível de inflação. O IGPM-FGV mede a inflação no processo de produção. O programa de preços internacionais mostra a inflação para importações e exportações, enquanto o deflator do produto interno bruto inclui a inflação experimentada por indivíduos, governos e outras instituições.

 Nem sempre o IPCA representa a inflação ideal para a maior parte da população e inclusive pode gerar situações curiosas como em 2020 no qual o IGPM fechou dezembro com 23,1391% enquanto o IPCA fechou o ano em 4,5173%.

A inflação desempenha um papel importante em todas as economias do mundo e medi-la é uma questão muito difícil para os estatísticos do governo. Existe uma variedade de índices para medir a inflação e cada país escolhe os índices que são considerados relevantes e os mede de acordo com sua própria economia. Portanto, mesmo que dois países usem o mesmo índice, a cesta de bens usada para medir o índice incluirá itens diferentes que são constantemente revisados ​​e atualizados. Para medir um índice, uma cesta de bens é avaliada anualmente e comparada ano a ano. 

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é usado para quantificar as mudanças no poder de compra do consumidor e é medido por uma cesta de bens, que representa um conjunto relativamente fixo de produtos e serviços de consumo, e é baseado em pesquisas nacionais. 

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Dieese (2013), impostos indiretos são cobrados independentemente da renda do consumidor, o que causa mais impacto para as famílias com menor renda, se comparado às de renda mais elevada.

Segundo IBGE(2013, p.31):

A razão maior para que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor tenha como referência populacional as famílias dessa faixa de rendimento prende-se ao fato de que é importante obter um indicador que reflita com precisão os efeitos das variações de preços nos grupos mais sensíveis. Estes grupos são aqueles que despendem a totalidade de seus rendimentos em consumo corrente (alimentação, remédio etc.) e têm nível de rendimento baixo.

VASCONCELLOS e GARCIA, 2004 dizem que mesmo contando com o rendimento constante das famílias, o preço dos alimentos não segue necessariamente essa tendência. Ao aumento contínuo dos preços, a economia convencionou chamar de inflação.

Segundo Sachs (2000):

A inflação pode ser definida como uma alteração percentual nos níveis de preços, de bens internos e externos, que será utilizada a média desses preços. Para calcular a inflação utiliza-se uma variação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que é a média de preços de varejo de uma cesta de mercado fixa que abrange bens e serviços.

Lakatos e Marconi (2001) dizem que a observação dos dados brutos é fundamental para a compreensão do problema, pois o pesquisador coleta informações que ajudam a compreender melhor o problema por meio de seu próprio modelo.

Segundo Versiani (2005):

 o Índices de preços são números que representam uma média ponderada de determinado conjunto de peças. Uma variação mede, portanto, a variação média dos preços do conjunto considerado ao longo do tempo. Esse conjunto pode ser constituído dos preços de uma cesta de bens de consumo.

Como foi pontuado por Mendonça (2002) foi possível observar porque é importante existir um Cálculo de Inflação com Cesta Básica tendo em vista que:

Com a abertura econômica, uma nova linha de argumentação do governo e dos patrões começa a se desenhar. Em um primeiro momento, enquanto fracassavam as tentativas do governo Collor contra a inflação, manteve-se a alegação de que os reajustes salariais eram prejudiciais à economia. Adicionalmente consolidou-se o questionamento sobre os direitos dos trabalhadores, que, segundo governo e empresários, mantinham altos os custos do trabalho(!) e ameaçavam a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Oliveira (2012) pontua que:

 Ainda, afirma-se que o escopo da pesquisa contempla produtos com ofertas mais elásticas, já que foram observados relacionamentos estatísticos positivos entre os preços dos alimentos da cesta básica e a maioria das proxies das políticas públicas brasileiras de apoio à produção e comercialização de produtos agrícolas.

A construção de diversos índices de preços se faz necessária, pois para se medir a inflação de um país não se utiliza apenas a variação do preço de um bem, mas sim a variação de bens que são fisicamente diferentes, e/ou varia a taxas desiguais (GREMAUD; VASCONCELLOS; TONETO JUNIOR, 2007).

Santana (2009) observa que a defasagem do salário mínimo frente a sua desvinculação dos custos para aquisição de itens da cesta básica de alimentos poderia desencadear situações de insegurança alimentar, especialmente nos domicílios cuja a renda per capita seja equivalente ou inferior a este padrão de rendimentos.

Ouliveira (2012) afirma que existem relacionamentos estatísticos positivos entre os preços dos alimentos da cesta básica e a maioria das proxies das políticas públicas brasileiras de apoio à produção e comercialização de produtos agrícolas.

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