O ESTADO DO BEM ESTAR EM FACE DA DESIGUALDADE
Por: _88452015 • 25/4/2018 • Trabalho acadêmico • 925 Palavras (4 Páginas) • 286 Visualizações
ARTIGO- ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL: PADRÕES E CRISES
Autor: José Luís Fiori
BIBLIOGRAFIA
José Luís Fiori é professor titular de economia política internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É autor de História, estratégia e desenvolvimento: para uma geopolítica do capitalismo (Boitempo, 2014) e, também, de O poder global e a nova geopolítica das nações (Boitempo, 2007).
RESUMO: O presente artigo visa diagnosticar uma grande ferramenta politica de estado do bem estar, o Welfare que designa como um marco histórico, onde sua concepção é de redistribuição e interação de rendas, mas no roteiro do artigo é apresentado os entraves que essa ferramenta sofre mediante condições econômicas e culturas politicas em que os diferentes países se enquadram, e certifica da influencia politica vista interesses particulares de classes dominantes, contextualizando para os dias atuais.
PALAVRAS-CHAVE: Welfare, Estado do bem estar, Desigualdade.
O ESTADO DO BEM ESTAR EM FACE DA DESIGUALDADE
O estado de bem estar social pode ser compreendido como a ferramenta mais moderna e avançada em face do exercício público da proteção social onde o mesmo encarrega-se da promoção e defesa social. O Estado atua ao lado de sindicatos e empresas privadas, atendendo às características de cada país, com o intuito de garantir serviços públicos e proteção à população, mas para se chegar a esse conceito, o mérito de proteção social sofreu diversas mutações em varias concepções politicas ao longo do tempo. Na Inglaterra houve a centralização do poder que acompanhou o nascimento do estado absolutista e a liberação da força do trabalho camponês que desencadeou a mercantilização das terras dada aos pobres entendendo como um vestígio de proteção social.
Na Alemanha nasci um novo conceito conservador e corporativo, onde os direitos sociais são definidos de forma contratual, outorgados por um governo autoritário que desconhecia os direitos de cidadania, este modelo politico proliferou pela Europa o que incentivou a criação conservadora dos sistemas de assistência de proteção social, que logo se multiplica pela periferia latina americana. Contemplado como um fenômeno social o Welfare em seus estudos desencadeia a complexidade da trajetória da organização das politicas sociais de tipo privado ou governamental a imposição dessa ferramenta como forma de sustentar o próprio sistema capitalista.
O Plano Beveridge que buscava um sistema de seguro social, onde a ideia era de ter benefícios universais para remover a pobreza causada pelo desemprego e incapacidade econômica, adota a essas organizações um sistema nacional universal e gratuito que garantia assistência medica que era financiado pelo orçamento fiscal, desvinculando a relação contratual ate então instaurada, nascendo assim um novo paradigma que não poderia ser compreendido como o welfare em face de direitos e garantias, mas sim na forma em que as intervenções estatais se relacionam com o papel de mercado e da família em provisão social, desta forma o welfare traça um marco na historia, onde sua concepção de redistribuição e interação de rendas emoldura a chama era de ouro do capitalismo.
Frente ao poder proletariado das sociedades mercantilistas e classes menos favorecidas, os governos absolutistas passam a assistir suas reivindicações, com interesse frente ao favorecimento de suas contribuições para atender suas ideologias sociais. De forma tal que essa classe parte para uma nova concepção, de forma simplória eles se juntam e se organizam como em um sindicato se baseando na defesa dos direitos sociais. Ultrapassam todas as expectativas vista a esse movimento, deixando de ser um polo de resolução mercantil para um consignador de direitos sociais e fiscalizadores das politicas governamentais para o estado do bem estar social, o que amplia em uma reformulação da sociedade capitalista.
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