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O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL

Por:   •  7/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.886 Palavras (12 Páginas)  •  212 Visualizações

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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

“O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL”

Sorocaba

2020

ANA MARIA DE CAMPOS NASCIMENTO

“O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL”

Trabalho apresentado à Universidade Anhanguera,

como requisito parcial à aprovação no

primeiro semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia.

Sorocaba

2020

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................. 4

DESENVOLVIMENTO ..................................................................................... 5

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 12

REFERÊNCIAS ..............................................................................................13

INTRODUÇÃO

As Leis nº 11.645/08 e 10.639/03 vêm sendo cada vez mais debatidas, principalmente nas academias, mas apesar dos problemas no sentido da não efetivação nas escolas estas, por sua vez, estão se prontificando a fazer com que a história e cultura afro-brasileira, africana e a indígena sejam ensinadas e trabalhadas nas salas de aulas e em espaços como as apresentações e semanas relacionadas às culturas concernentes a estas leis. Apesar de pequenas, as conquistas representam muito para essas culturas, visto a história de exploração e marginalização diante da sociedade, uma história que se iniciou na colonização com a escravidão e foi passando por processos de transformação históricos que ainda permeiam nossa realidade. Processos esses que hoje dizem muito da vida dos afrodescendentes e indígenas em nosso cotidiano visível nos índices de desemprego, na mortalidade, no analfabetismo e em muitos outros fatores. Os índices de marginalização ainda são mais concretos quando existe uma escola tradicionalista, “unilinear” e europeizada. Uma escola que deveria e deve priorizar um ensino multicultural de cunho interdisciplinar que valorizasse as diversidades e não particularizasse o ensino de história a partir de uma cultura, de uma só visão, primeiro por que o Brasil é diverso, e sendo assim as inúmeras culturas se relacionam e formam os vários brasis.

DESENVOLVIMENTO

Este ensaio aborda algumas vertentes históricas, com o propósito de tentar compreender um pouco mais sobre dois povos importantes para a formação da sociedade brasileira: os afrodescendentes e os índios. Com relação aos afro-brasileiros, pode-se afirmar que constituem um povo formado a partir dos negros que foram trazidos da África para mão de obra escrava, que muito contribuiu para a cultura brasileira. O índio, habitante nativo brasileiro, viu seu número ser reduzido a menos da metade, desde a época do descobrimento e, mesmo assim, se manteve firme aos seus costumes. A luta, agora, é pela educação de uma forma singular: do índio para o índio, a fim de não perder seus costumes e garantir sua permanência.

A partir da lei 10.639/2003 (BRASIL, 2003), pode-se fazer uma reflexão do quão atrasado estava a legislação brasileira e as diretrizes necessárias para que a cultura afro-brasileira ganhasse status de matéria necessária no currículo no ensino brasileiro. Desde que o Brasil foi descoberto, os negros fazem parte da história e construção deste país, trazendo consigo toda a força e a riqueza histórica. Nos séculos XVIII e XIX, devido à necessidade de mão de obra nas fazendas, lavouras de cana de açúcar e afazeres domésticos, os africanos foram trazidos ao Brasil, sendo, na sua totalidade, via navios negreiros, local onde ocorriam todas as atrocidades humanas como superlotação, fome, falta de higiene, falta de água.

De início, o habitante nativo, ou seja, o índio foi escolhido para tal fim, mas logo foi substituído pelo escravo africano, tornando-se um dos braços dessa empresa colonial. É com base na utilização dessa força de trabalho que se alcançaria o objetivo da colonização, isto é gerar lucros para a metrópole (MATTOS, 2012, p. 63).

A partir da chegada ao Rio de Janeiro, era realizada a comercialização do negro como mão de obra escrava; eles eram avaliados a partir de seu porte e aparência e, a partir dessa comercialização, eram distribuídos a vários estados brasileiros, como Pernambuco, Bahia e Maranhão para produção da cana de açúcar; Minas Gerais para o processo de mineração; São Paulo para o trabalho em lavouras de café e para os demais estados conforme a mão de obra necessária. Após todo esse processo de trabalho escravo, o negro foi submetido e subjugado durante anos; o direito à sua liberdade foi negado em todas as dimensões, como escreveu Mattos (2012), que mesmo após atingirem os anos trabalhados, necessários para a liberdade, eles teriam que criar meios para sua subsistência e ainda sofriam preconceito:

O preconceito se fazia presente, inclusive na Constituição do Império

impedia de adquirir direitos eletivos. Podiam somente participar de

eleições primárias. Também não podiam se candidatar, sendo-lhes

proibido o exercício de cargos como jurado, juiz de paz, delegado,

promotor, conselheiro, deputado, senador, ministro, magistrado

referentes ao corpo diplomático e eclesiástico

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