O papel da cultura afro-brasileira para a democratização social
Por: denise.02 • 28/8/2021 • Relatório de pesquisa • 1.142 Palavras (5 Páginas) • 198 Visualizações
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
DESENVOLVIMENTO 4
CNSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................6
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................7
INTRODUÇÃO
A proposta deste escrito, tem como objetivo mostrar a importância do resgate e valorização das raízes africanas e indígenas para a educação no sentido de socialização e, portanto, de inserção cultural e social na rotina educacional. Como item essencial da Constituição Brasileira de 1988, sabe-se que a educação é um direito de todos, com isso é importante que tenhamos a clareza de que as raízes de um país, além de valorizadas, devem ser apresentadas desde as tenras idades. As questões étnico-raciais estão de maneira visível no cotidiano brasileiro, mas é popr meio da interação social escolar que devem ser debatidas, trabalhadas e, essencialmente, valorizadas.
DESENVOLVIMENTO
O papel da escola é crucial para que as questões étnico-raciais sejam devidamente trabalhadas e garantidas a partir da Lei n o 11.645 de 2008, a qual estabelece a inclusão obrigatória da temática “História e Cultura-Afro Brasileira e Indígena” nos currículos escolares. A realidade brasileira, no que se refere a questão racial é extremamente diversa e plural, no entanto, essa pluralidade não nos garantiu de imediato o estudo de nossos povos, nem tampouco de povos que aqui chegaram e assim formaram uma sociedade tão diversificada no âmbito social, cultural e racial.
As identidades sociais e culturais são construídas no processo educacional como resultado de relações de poder e dos regimes de verdades existentes na estrutura curricular. Devemos procurar entender de que maneira podemos perpetuar essas relações. Como elas se encontram presentes em nosso planejamento? De que forma podemos contribuir para a problematização de questões como pluralidade racial, religiosa? Como explicitar no currículo as histórias que foram silenciadas? Como o currículo pode se tornar flexível, mutante? O multiculturalismo nos auxilia nestas questões, ou seja, na fabricação das identidades e de um currículo pretensamente fixo, imutável. Ele nos ajuda a rever verdades e a encarar que elas são múltiplas.
Assim como nos é apresentado na constituição federal art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 “§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.”. Deve-se, portanto, questionar se, de fato, nas estruturas escolares essa inclusão de diversos aspectos da historia e da cultura na formação do povo brasileiro está sendo trabalhada e como esta sendo desenvolvida.
- “A importância da cultura afro-brasileira e
indígena na construção de uma escola democrática”
Como é feita a analise sociocultural da arte sobre a historia de diversidade étnico-racial do Brasil é diversa. Encontram-se referencia a pluralidade do país em inúmeras obras literárias, esculturais, cinematográficas, entre outros. No entanto, neste estudo, pega-se a grande obra da artista brasileira Tarsila do Amaral (1886-1973) intitulado “A Negra”, que diferentemente de outras obras já feitas no Brasil A Negra se recusa a ser "branqueada" como as Moemas e Iracemas acadêmicas ou a Marabá de Rodolpho Amoêdo (1957-1941). Vale lembrar a importância da questão da alteridade no indianismo, tanto na literatura quanto na pintura, uma vez que essa vertente romântica foi contemporânea ao processo do abolicionismo. Diante de uma obra única, singular e de extrema força, pode-se entender a necessidade de que nas escolas brasileiras, as obras em que a mulher, a negra, a deixada a margem seja mostrada como o centro, como podemos observar na obra de Tarsila do Amaral.
No plano de conteúdo da obra, já verificamos que a Negra não pratica nenhuma ação a não ser olhar para nós. Ela não é prostituta – nem feliz nem triste –, não exerce nenhum trabalho braçal como escrava ou camponesa, assim como não é uma nativa ou caipira descansando. Não é musa, vênus ou ninfeta, não é santa ou socialite. Num primeiro momento, ela ainda não parece ser arquitexto de nada, pois não é fácil encontrar algum gênero que ela possa estar citando enquanto nos vê. Nas relações sociais, na década de 1920, a construção do gênero feminino se estruturava de modo que o que a mulher era dependia da família em que nascia ou com quem casasse. Contudo, A Negra de Tarsila é antes de tudo de uma afirmação de ser que ultrapassa o paradigma relacional homem/mulher, que independe da estruturação do masculino para relacionar-se com o/a observador/a em um diálogo não pré-determinado pelas tipologias da iconografia tradicional.
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