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OS REINOS PERDIDOS DA AFRICA

Por:   •  6/11/2017  •  Monografia  •  1.872 Palavras (8 Páginas)  •  1.671 Visualizações

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REINOS PERDIDOS DA AFRICA

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

Eugênio Paiva Melo

Raimundo Nonato Rodrigues de Souza

RESUMO

Esse artigo é um trabalho de pesquisa, baseado em algumas obras autorais, em documentos, leituras diversas sobre a História da África, precisamente sobre os reinos perdidos na África. Meu objetivo com esse tema é abrir possibilidades em se aprofundar ao conhecimento sobre a História da África, sobre a vinda desse povo através do crescente fertil ao deserto e embates entre os próprios africanos. Entender quem eles eram na África, muito antes da chegada dos europeus, sua cultura, tradical, arte e linguagem e importancia perante o mundo que se insere

Palavras-chave: África; Cultura; Escravidão; Povo.

INTRODUÇÃO

1.1 Núbia

O estudo em questão se faz dividindo o corpo em duas partes. Por primazia examinaremos os aspectos das sociedades africanas para compreensão a relação com o meio que estava inseridos e as culturas em seus arredores, logo após, traremos características desses povos, reinos e culturas que eles criaram e estabeleceram como necessidade entre eles.

Assim como o Egito antigo, o Reino da Núbia segue o curso do Rio Nilo e as zonas de oásis. Os núbios ocupavam a região mais ao sul do rio, rica em recursos naturais com depósitos de ouro, cobre e ferro e pedras semipreciosas. Assim se desenvolveu o que se pensa ser a civilização negra mais antiga da África. Os egípcios chamavam esse reino de Cuxe.

Aquele povo se mantinha da pesca, coleta e caça ramificada ao longo de todo Rio Nilo. Com os egípcios em seu entorno aprenderam a represar e canalizar a agua do Nilo para cultivar e prosperar, as comunidades da região se uniram e passaram a obedecer a um único líder, o rei. A cidade de Kerma era a capital desse reino.

Durou aproximadamente 2500 a.C. a 1550 a.C o primeiro grande reino de Kerma, na Núbia. Neste período, as fronteiras dos territórios foram expandidas e houve um grande desenvolvimento da agricultura e do comércio urbano. As relações com os egípcios oscilavam. Haviam períodos em que os núbios eram submetidos ao poder dos faraós e períodos em que os reis cuxitas governavam o Egito.

Os agricultores e os criadores de gado, que eram pessoas livres, formavam a maioria da população. As camadas intermediárias eram constituídas por artesãos, comerciantes, militares e pequenos funcionários. A classe dirigente era formada pelo rei e sua família, pelos nobres, que ocupavam altos cargos do funcionalismo, e pelos sacerdotes. A sociedade cuxita era matrilinear devido a essa característica, as mulheres tinham um importante papel na política. Fossem como rainhas-mãe, fossem como esposas do soberano, essas mulheres chamavam-se candaces.

Os cuxitas escolhiam seu rei de uma forma muito diferente. Inicialmente, os líderes das comunidades votavam nos candidatos que consideravam mais preparados para o cargo de rei. Em seguida, lançavam sementes ao chão para perguntar ao deus da cidade qual dos eleitos devia ser o escolhido. O desenho que as sementes formavam era considerado uma festa que terminavam com a coroação do novo rei. Assim, enquanto no Egito o filho sucedia o pai, em Cuxe o rei era escolhido dentre os eleitos pelos líderes da comunidade e pela consulta ao deus da cidade.

Durante 500 anos, as rotas comerciais e as minas de ouro cuxitas foram submetidas ao controle dos faraós onde os egípcios invadiram o território núbio, interrompendo o crescimento do Reino Cuxe. O Reino de Napata assumiu o domínio político sobre o território egípcio por quase cem anos colocando fim do domínio egípcio, a nova capital do Reino de Cuxe foi estabelecida em Napata. No século VIII a.C., os núbios avançaram sobre o Egito, enfraquecido por divisões políticas internas.

 

1.2 Etiópia

Esta região hospedou também o reino de Axum. A origem de Axum, por sua vez, remonta ao reino de Sabá (ou Shebah), no Iêmen, referido na Bíblia, que, por volta do ano 1000 a.C., se estendia, aparentemente, por grande parte de África e por parte da Península Arábica. Fontes gregas referem que o reino de Axum era extremamente rico no século I e a cidade de Adulis (que fica no país vizinho da Eritréia) é frequentemente mencionada como um dos mais importantes portos de África. Documentos oficiais, contudo, colocam a cidade de Aksum como a capital onde se encontrava a corte da Rainha de Sabá. Esse reino tinha, no século II, direito de receber tributos de estados da Península Arábica e tinha inclusivamente conquistado o reino meroítico de Kush, no actual Sudão.

        

No século I D.C., surgiu o reino de Axum que conseguiu unificar a região. Herdando uma parte da cultura do sul da Arábia engrandeceu a sua capital com importantes monumentos. O seu prestígio e poderio foram atestados pela cunhagem de moedas, seguindo os modelos romanos.

A única região que conseguiu fazer frente ao avanço do Islão foi o reino de Axum, que, posteriormente, desembocou no aparecimento do reino da Etiópia, em parte devido ao seu isolamento, às características geográficas e climáticas da zona em que se encontrava inserido e, ainda, porque esta região se encontrava relativamente afastada do centro dos poderes decisórios islamitas.

A igreja da Etiópia tornou-se monofisita, por influência de Alexandria, e foi chefiada por monges coptas vindos daquela cidade egípcia até meados do século XX. A única via de contacto com o exterior por parte do Cristianismo etíope fazia-se através de Alexandria.

É de salientar que a cultura e as crenças humanas da região, apoiadas pela religião cristã, também contribuíram para a consolidação deste território como um reino soberano e diferente. A igreja etíope ficou sozinha em África, onde iria perdurar, de forma independente, até ao mundo contemporâneo.

1.3 Zimbábue

Comumente, quando estudamos História da África, ficamos "mal acostumados" em achar que grandes cidades e grandes impérios africanos formavam-se exclusivamente na África Saariana (O Norte da África), e as vezes relegamos para status de "cultura tribal" todos os outros povos africanos da África Subsaariana (A África abaixo do Saara). As ruínas da Civilização do Grande Zimbábue, datadas dos séculos XI e XII E.C. (Era Comum) nos mostram o quanto estávamos errados com essa visão.

a região era povoada por antepassados do San (povo) que estavam presentes na região quando chegaram os primeiros agricultores de língua bantu durante a expansão Bantu há cerca de 2000 anos.

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