Os Aspectos gerais da biologia de fungos e sua importância ecológica
Por: Kathleen Felipe • 30/11/2017 • Monografia • 1.316 Palavras (6 Páginas) • 402 Visualizações
- Introdução
Os fungos são um grupo grande, diverso e amplamente disseminado de organismos, constituído de bolores, cogumelos e leveduras e eles formam um grupo filogeneticamente distinto dos outros protistas, sendo a sua maioria microscópica e terrestre, que habitam o solo e matéria vegetal morta e desempenham um papel crucial na mineralização do carbono orgânico.
Inúmeros fungos são parasitas de plantas, enquanto outros podem causar diversas doenças em animais, inclusive no ser humano. Certos fungos também podem estabelecer associações simbióticas com diversas plantas, auxiliando-as na aquisição de minerais provenientes do solo, e muitos fungos beneficiam a vida humana por meio da fermentação e da síntese de antibióticos.
- Aspectos Gerais da Biologia de Fungos
- FISIOLOGIA FÚNGICA, ESTRUTURA E SIMBIOSE.
Os fungos são quimiorganotróficos, ou seja, sua fonte de energia são os compostos orgânicos, matéria orgânica, geralmente apresentando exigências nutricionais simples, sendo a maioria anaeróbia.
Eles alimentam-se por meio de secreção de enzimas extracelulares que digerem matérias poliméricas, como polissacarídeos ou proteínas, em monômeros que são assimilados como recurso de carbono e energia, como decompositores, os fungos digerem animais mortos e material vegetal, já como parasitas de plantas e animais, os fungos utilizam o mesmo mecanismo de nutrição, mas captam seus nutrientes á partir das células vivas de plantas e animais que infectam e invadem.
- MORFOLOGIA FÚNGICA, ESPOROS E PAREDE CELULAR.
A maioria dos fungos é multicelular, formado uma rede de filamentos denominados hifas, á partir do qual os esporos assexuados são produzidos.
As hifas são paredes celulares tubulares que envolvem a membrana citoplasmática, elas são frequentemente septadas, como paredes transversais dividindo cada hifa em células separadas. Em alguns casos, no entanto, a célula vegetativa de uma hifa contém mais de um núcleo, frequentemente estão presentes centenas de núcleos devido à divisão repetida sem a formação de paredes transversais, condição denominada cenocítica. Cada filamento de hifa cresce principalmente a partir da extremidade, por meio de extensão da célula terminal.
As hifas geralmente crescem em conjunto, ao longo de uma superfície, formando tufos compactos macroscopicamente visíveis, denominados micélio. A partir do micélio, hifas aéreas crescem a cima da superfície, e esporos denominados conídios são formados nas suas pontas. Os conídios são esporos assexuados e podem e podem ter pigmento negro, verde, vermelho, amarelo ou marrom.
A presença de tais esporos confere à massa miceliana um aspecto pulverulento e a função de dispersão dos fungos para novos ambientes. Alguns fungos formam estruturas reprodutivas macroscópicas denominadas corpos de frutificação, por exemplo, os cogumelos, em que milhões de esporos podem ser dispersos pelo vento, água ou animais. Em contraste com os fungos filamentosos, alguns fungos são unicelulares; eles são as leveduras.
As maiorias dos fungos possuem a parede celular constituída de quitina, um polímero de N-acetilglicosamina. A Quitina apresenta-se disposta nas paredes como feixes microfibrilares, assim com a celulose na parede das células vegetais, para formar uma parede de estrutura grossa e resistente. Outros polissacarídeos, como mananas e galactomananas ou mesmo a celulose, podem substituir ou complementar a quitina na parede celular de alguns fungos. A parede celular de alguns fungos possui normalmente 80 a 90% de polissacarídeos, com somente uma pequena quantidade de proteínas, lipídeos, polifosfatos e íons inorgânicos formando a matriz de cimentação da parede.
- SIMBIOSE E PATOGÊNESE.
A maioria das plantas depende de certos fungos para facilitar sua captação de minerais a partir do solo. Os fungos formam associações simbióticas com raízes de plantas, denominadas micorrizas (esse termo significa literalmente “raízes de fungos”). Os fungos de micorrízicos estabelecem contato físico íntimo com as raízes, auxiliando a planta na obtenção de fosfato e outros minerais, assim como de água a partir do solo. Em compensação, os fungos obtêm nutriente, como açucares á partir das raízes das plantas. Há dois tipos de associação micorriza:
Um deles são as ectomicorrizas, formadas geralmente entre fungos basidiomicetos e as raízes de plantas lenhosas, enquanto o segundo tipo consiste nas endomicorrizas, formadas entre fungos glomeromicetos e diversas plantas não lenhosas. Alguns fungos também formam associações com cianobactérias ou algas verdes. Eles são os liquens que podem ser vistos crescendo pigmentados e incrustados nas superfícies de árvores e rochas.
Os fungos podem invadir e causar doenças em plantas e animais. Os fungos fitopatogênos podem causar dano a grandes plantações e são capazes de atacar plantas do mundo todo, em especial as culturas de frutas e grãos.
As doenças fúngicas humanas variam de diversas condições, vão desde doenças relativamente simples e de fácil cura, como as chamadas micoses, a doenças mais sérias, sistêmicas e com risco de vida, com a histoplasmose.
- REPRODUÇÃO DOS FUNGOS.
Os fungos reproduzem-se assexuadamente de três formas:
- Pelo crescimento e pela disseminação de filamento de hifas;
- Pela produção assexuada de esporos (Conídio);
- Pela divisão celular, como ocorre nas leveduras com brotamento.
A maioria dos fungos também formam esporos sexuados, geralmente como parte de um ciclo de vida elaborado.
- Esporo Sexuado dos Fungos
Alguns fungos produzem esporos, como resultado da reprodução sexuada. Os esporos desenvolvem-se pela fusão de gametas unicelulares ou de hifas especializadas, denominadas gametângios. Alternativamente, esporos sexuados podem ser originados pela fusão de duas células haploides, originando uma célula diploide, que então sofre meiose e mitose originando esporos haploides individuais. Dependendo do grupo são produzidos diferentes tipos de esporos sexuados.
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