Petrobras e os riscos de investir na petroleira brasileira
Por: Gilberto Bergamin • 5/7/2018 • Resenha • 641 Palavras (3 Páginas) • 204 Visualizações
Petrobras e os riscos de investir na petroleira brasileira.
Investir em uma instituição bancária estatal, como pudemos ver ao longo do trabalho, possui um risco de crédito menor ao investidor, em função de que quando ocorre o investimento em bancos estatais o risco de inadimplemento, em modalidades conservadoras, em função de seguros garantidos pela instituição é menor, garantido inclusive uma menor rentabilidade, mas ao mesmo tempo possibilitando um menor retorno a quem aplica o seu dinheiro.
Não obstante a este fato, os investimentos em empresas públicas já não apresentam ao investidor a mesma segurança, em função de os riscos maiores atrelados a este investimento. No que se refere ao risco de mercado, investir em uma petroleira, tal qual a empresa brasileira Petrobras, apresenta riscos naturais em função do ramo e atividade exercida pela empresa, passível de oscilação, em função principalmente dos cenários observados pela atividade, que observam principalmente o mercado internacional, e as oscilações presentes a partir deste cenário, devendo primeiramente o investidor observar com relação a este fator, antes de escolher realizar o investimento.
No que se refere a outro risco que deve ser calculado e mensurado pelo investidor, está presente o risco de liquidez, em que devido aos riscos da atividade petrolífera serem maiores, dificultarem a possibilidade de o investidor mensurar sobre quanto tempo obteria resultados lucrativos expressivos. Outro problema atrelado a este se refere a liquidez perdida pela empresa, frente aos problemas de gestão, em que inúmeros dos gestores são processados por gestão fraudulenta e respondem por crimes cometidos durante o período que estiveram à frente da empresa, comandando a companhia, levando a empresa a ter um dos menores índices de liquidez, em descredito total com o mercado e os investidores, devido principalmente a gestão temerária ocorrida na empresa, fruto principalmente da indicação política de diretores e do desvio de finalidade da estatal.
O risco de crédito da empresa estatal petrolífera também esteve elevado, a partir da possibilidade de inadimplemento das obrigações celebradas com o investidor e com o mercado, mediante a crise que a afetou, geradora do escândalo de corrupção “petrólão”, que resultaram em os lucros da companhia, que deveriam ser objeto de divisão aos investidores, estivessem sendo distribuídos para operadores de campanhas políticas, conforme relatórios enviados pela operação lava jato, suscitando toda uma desconfiança do mercado.
O risco operacional da empresa mediante a todo esse cenário acima analisado, influiu drasticamente nos rankings ocupados pela companhia, levando uma agencia de classificação de risco, dentre as mais conceituadas, a Moody’s Investors Service, a ser vista como o maior risco operacional da empresa, frente aos escândalos de corrupção que implodiam em meados de 2014. Outro fator que influenciava na elevação deste risco, fazia referência a forma como a empresa era controlada, sofrendo interferência governamental na sua política de preços, a fim de controlar a inflação, influindo diretamente na rentabilidade dos investimentos para os acionistas.
Ademais, faz mister que inúmeras agências de classificação de risco, em tempos de eclosão dos problemas administrativos da companhia, influíram drasticamente na elevação do risco de investimento na empresa, mas que nos últimos anos, mediante a autonomia da empresa e de seus presidentes na tomada de decisões e na política de preços dos produtos vendidos pela companhia, fizeram com que a empresa galgasse posições quanto aos riscos de investimentos concernentes a ela. No entanto, mediante a empresa ser uma estatal e sofrer interferências governamentais na sua tomada de decisões, o risco tende a elevar nos próximos meses, mediante ao cenário eleitoral ao qual o país se sujeitará, trazendo incerteza aos investidores, inclusive mediante a discussões sobre a principal empresa brasileira estarem no centro da campanha, com candidatos discursando acerca da possibilidade de privatiza-la, bem como de estabelecer limites para os lucros dos acionistas, o que gera um cenário de incerteza, influenciando nos riscos dos investimentos a serem feitos.
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