Poder micro
Por: IsabeleRocha • 24/1/2016 • Trabalho acadêmico • 2.190 Palavras (9 Páginas) • 1.902 Visualizações
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ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
A ESCOLA ESTRATÉGICA DE PODER
Daniely da Silva Gomes
Iaslin Nostório da Silva
Isabele Rocha da Silva
Luciano Souza Espindola
Raiane Gomes Caldeira
INTRODUÇÃO
O eixo central do raciocínio trazido pela Escola do Poder gira em torno da idéia de que a formação de uma estratégia ocorre através de um processo aberto de influência, de negociação. Mais especificamente, que esse processo de influência ocorreria pelo mesclar de dois fatores principais, dentro dessa escola: o Poder – segundo Weber, “a faculdade de forçar, ou coagir, alguém a fazer a sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa não preferisse fazer” – e Política – a faculdade de induzir, ou sugestionar, um determinado tipo de comportamento que atenda as expectativas de um indivíduo, ou grupo de indivíduos; o regular da tensão entre uma suposta ordem (objetivos) e a desordem (obstáculos para esses objetivos) – para alinhar o acontecimento de ações e tomadas de decisões de acordo com determinadas expectativas, negociando estratégias mais favoráveis a esses interesses “através de”, segundo Weber, “mecanismos de negociação, manipulação, consenso e conflito”.
Há, então, um contraponto com a Escola do Posicionamento: pois se a organização comercial deve concorrer “legitimamente” em um mercado econômico, então o rótulo “político” pode ser usado para um comportamento que, dessa maneira, não seria legítimo.
A escola do Poder se divide em dois ramos mais específicos:
- O poder-micro: que se restringe aos limites internos da organização, principalmente mais ligados aos processos administrativos, e dinâmicas comportamentais da própria organização, vendo o desenvolvimento da estratégia dentro da organização essencialmente político.
- O poder-macro: que se define depois do limite imposto pelo micro, ou seja, da organização para fora; da influência que a organização exerce, ou pode vir a exercer, nos fatores externos aos seus próprios mecanismos, ou seja, de como ela usa o seu poder de para negociar estratégias de seu interesse, com os agente externos.
O trabalho, por fim, será dividido em três partes: a exploração do conceito de micro, a exploração do conceito de macro, e a conclusão.
PODER MICRO
O poder micro vê o desenvolvimento da estratégia dentro da organização como essencialmente político, um jogo de indivíduos e grupos. A administração no poder micro é voltada para a realidade da empresa e é de conhecimento que as organizações são formadas por indivíduos com sentimentos, e não da maneira como eram vistos anteriormente, como se fossem insumos de mão de obra submissos e leais, destituídos de qualquer emoção.
Formulação da estratégia como um processo político
A formulação da estratégia é um processo de planejamento e análise, de aprendizado e de negociação. Quando alguma ambigüidade é inserida nesse meio, a política surge. Assim, os defensores da escola de poder garantem que não existem formulação e muito menos implementação de estratégias ótimas, já que conflitos podem perturbar e distorcer a cada passo do caminho. Dentro de uma organização as pessoas jogam todos os tipos de jogos políticos. Segundo Zald e Berger (1978), alguns deles são:
- Jogo da insurgência: normalmente é jogado pra resistir um tipo de autoridade ou efetuar mudanças na organização. É praticado, na maioria das vezes, pela classe de “subalternos” de uma empresa, classe esta que sente muito mais o peso da autoridade e subordinação.
- Jogo de perícia: jogado de maneira não autorizada, sendo que os jogadores não revelam suas descobertas, guardando-as para si mesmos. Há a exploração de aptidões e conhecimentos técnicos. Os não peritos tentam jogar de um modo que sejam vistos como peritos, para que só eles estejam no poder.
- Jogo do patrocínio: o indivíduo joga para construir uma base de poder usando seus superiores. O jogador se alia a um superior e oferece lealdade em troca de poder.
Outros jogos políticos:
Jogo da contrainsurgência | Jogo de linha versus assessoria |
Jogo da formulação de alianças | Jogo de lados rivais |
Jogo da construção de impérios | Jogo de candidatos estratégicos |
Jogo da orçamentação | Jogo de soprar o apito |
Jogo de domínio | Jogo dos fofoqueiros |
FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS NO GOVERNO E ARENAS POLÍTICAS.
Esta escola faz uma analogia com a formulação de políticas no Governo, como por exemplo relações exteriores ou reformas na política. Quase toda organização, seja ela pública ou privada, são políticas, ou seja, realiza estratégias e jogos políticos. As empresas de menor porte não são tão políticas assim, por algum tempo, porém acabam em algum momento sofrendo com a influência de tais estratégias internas. Em empresas predominantemente políticas, cada decisão se torna uma “arena política”, onde cada parte tem uma estratégia para prevalecer a sua decisão, não muito diferente dos governos em sua forma mais amarga. É em épocas difíceis da empresa que surgem estas arenas políticas, gerando esses conflitos, com isso, foi escrito um livro chamado as 48 Leis do Poder. Alguns exemplos:
- Planeje tudo até o fim: planeje sempre levando em conta todas as conseqüências possíveis pelo caminho.
- Oculte suas ações: nunca revele seu real propósito ao inimigo, para ele não se preparar contra.
- Vença por meio de ações: vencer discussões é importante, mas o que realmente importa é vencer através de ações
BENEFÍCIOS DA POLÍTICA NAS ORGANIZAÇÕES
Alguns Benefícios da política nas organizações:
- A política pode atuar de forma darwiniana para assegurar que os membros mais fortes assumam postos de liderança.
- A política permite que todos os lados de uma questão sejam debatidos, outros métodos de estratégia costumam promover apenas um. Isso é um ponto positivo, onde é permitido que todos os pontos de vista sejam abordados.
- A política pode ser exigida para estimular as mudanças necessárias na organização. A política ajuda no combate das demais partes da empresa para com as resistências do alto escalão.
- A política facilita as mudanças na empresa. A diretoria faz uso de jogos políticos para ajudar na aceitação de suas propostas, por exemplo.
ESTRATÉGIAS POLÍTICAS PRESENTES EM TODOS OS NÍVEIS DA EMPRESA
Como já citado, as micro políticas estão presentes no cotidiano das organizações, temos, por exemplo, quando a diretoria da empresa precisa difundir uma ideia, faz uso de jogos políticos. A chamada “gerência intermediária” é a parte da empresa onde as estratégias da alta gerência são interpretadas. A alta gerência tem a opção de concentrar o poder para si ou trazer essa gerências intermediárias para os processos estratégicos.
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