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Após quatro séculos de escravidão no Brasil durante um tempo em que pouco se falava em direitos dos trabalhadores, o direito que os trabalhadores tinham era trabalhar até a exaustão por pouco mais que nada, o que naquela época era dever de cumprir obrigações, hoje se trata de direitos básicos.

Desprovidos das prorrogativas básicas da cidadania, como a liberdade, para os escravos até seus pensamentos eram sensurados. Tal liberdade só pode ser vista após a abolição dos escravos.

Surgiram trabalhos nas pequenas oficinas e fábricas, com abundância de mão-de-obra de imigrantes e ex-escravos. O problema começou com a Revolução Industrial, pois chegaram máquinas e o desemprego cresceu, gerando a união entre as pessoas.

Nesta época o estado não intervinha na prestação de trabalho, agia somente como um mero expectador de um espetáculo, que só aparecia quando solicitado.

Com essa Revolução Industrial, a insatisfação dos intelectuais e revolta dos trabalhadores aumentou e fez com que o Estado mudasse sua postura de espectador para uma posição intervencionista, mantendo o equilíbrio entre o capital e o trabalho. Isso foi feito através da superioridade jurídica do trabalhador para suprir a inferioridade no capital, criando um caráter protecionista que existe até hoje no Direito do Trabalho, mas sempre de forma consciente, pois a partir desse momento começaram a surgir as primeiras normas e leis que regulamentaram o trabalho.

Embora já tivesse surgido, somente após a Primeira Guerra Mundial o direito se firmou de forma concreta, quando foi criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tinha como finalidade específica zelar pela melhoria do trabalho em todo o mundo.