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Princípios de Administração – Henry Fayol

Por:   •  9/4/2017  •  Dissertação  •  1.514 Palavras (7 Páginas)  •  314 Visualizações

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Trabalho: Princípios de Administração – Henry Fayol

Na Escola da Gerência Administrativa, encontra-se um dos principais expoentes do estudo da administração: Henri Fayol. Henri Fayol se diferenciou dos pensadores de época quando não voltou seus estudos na busca da eficiência produtiva, mas sim, preocupou-se com a tentativa de formular uma teoria mais geral sobre administração. Sua teoria trouxe como originalidade a diferenciação das operações administrativas das demais, destacando-se essa atividade que sempre existiu, mas permanecia dissolvida entre as outras; promoveu a diferenciação de cargos da empresa e a necessidade de conhecimento específico para preenchê-lo; e institui princípios de administração com grande utilidade prática.

          A formulação de tais princípios não só contribui para a formulação da Ciência Administrativa, com instituição de princípios e padrões, como também contribuíram para o processo produtivo das empresas onde foram efetivamente empregados. Dessa forma, os princípios de Fayol aplicam-se as corporações de sua época e as atuais. Mesmo a evolução da sociedade e da tecnologia, muitos de seus princípios ainda são utilizados nas empresas, pois são referência na prática da administração atual no aspecto do planejamento, estrutura, ética e liderança empresarial.

Partindo do exposto, este trabalho terá como objetivo descrever cada um desses princípios e destacar três que continuam atuais na administração moderna e outros três que não mais condizem com essa administração.

Princípios de Administração

  1. Divisão do trabalho: tem por finalidade produzir mais e melhor, com o mesmo esforço. Ela surge, naturalmente, por meio da própria natureza das tarefas executadas, pois na medida em que sua produção ganha volume, novas etapas produtivas são criadas para aumentar a produtividade e realizar a mesma função. Esse mesmo fenômeno pode ser observado na transição da produção artesanal para a manufatureira durante a revolução industrial. Com o aumento da produção, o artesanato foi substituído pela produção manufaturada cuja principal característica estava na divisão do trabalho no processo produtivo.
  2. Autoridade: consiste no direito de mandar e no poder de se fazer obedecer. A figura do chefe deve ser constituída de duas autoridades para ser efetivamente instituída: a autoridade estatutária ou regimental inerente à função, mas que aplicada isoladamente, pode transforma-se em um aspecto autoritário e rígido; por isso ela é complementada pela autoridade pessoal, derivada da inteligência, do saber, da experiência, do valor moral, aptidão de comando entre outros. Portanto, o bom chefe é aquele que consegue atrelar essas duas autoridades a seu cargo. Além disso, autoridade lida com a aplicação de sanções – recompensas ou penalidades – que acompanham o exercício de poder.
  3. Disciplina: trata-se do respeito dos convênios, que têm como objetivos a obediência, a assiduidade, a atividade e os sinais exteriores que demonstrem o respeito. Deve ser observada em todos os escalões de grupo, desde os mais altos até os mais baixos.
  4. Unidade de comando: consiste na tentativa de unificar a ordem de execução somente ao comando de uma única pessoa, um único chefe. A dualidade de comando é uma fonte de conflitos, pois representa um conflito de autoridade, cada chefe reclama particularmente a atenção em todos os níveis. Tais ações desgastaram a figura dos superiores diante seus subordinados.
  5. Unidade de direção: consiste na instituição de um só chefe e um só programa para um conjunto de operações que visam o mesmo objetivo.
  6. Subordinação: subordinar os interesses de cada agente ou grupo de agentes a um interesse em comum, ou seja, subordinar-se ao interesse da empresa.
  7. Remuneração do pessoal: trata-se da recompensa, de um prêmio pelo serviço prestado. A remuneração deve satisfazer, tanto quanto possível, os interesses do empregado e da empresa.
  8. Centralização: é um processo natural na produção. Na tomada de decisão entre a produção centralizada e a descentralizada quem decidirá são produtividade e a eficiência, pois para dadas circunstâncias, cada modo produtivo apresenta seus benefícios e malefícios. Portanto cabe aos dirigentes escolher levando em consideração as circunstâncias do processo produtivo.
  9. Hierarquia: consiste na construção de uma relação de superioridade e subordinação que segue da autoridade superior aos agentes inferiores. Tal sistema visa aprimorar a comunicação entre os diferentes escalões de autoridade, de forma que, uma ordem é repassada do escalão superior aos subordinados até o escalão de destino. Dessa forma há uma transmissão segura e que obedece ao princípio da unidade de comando. Contudo, quanto maior o número de escalões, mais lenta será a transmissão das ordens. Essa situação pode ser notada no Estado.
  10. Ordem: Segundo a ordem material, há um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. No processo produtivo, esse conceito é aplicado na posição dos agentes em cada etapa da produção, surgindo à ordem social: um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar.
  11. Equidade: Visa estimular os agentes a empregar no exercício de suas funções toda a boa vontade e o devotamento possível. Assim, a equidade é a combinação da justiça, que representa aplicação das convenções estabelecidas, independentes dos pormenores que acontecem no cotidiano de uma produção, e a benevolência que analisa a aplicação da justiça segundo situações particulares. Tem-se como exemplo o funcionário que falta ao emprego. Segundo a justiça, a sanção seria sua demissão. Contudo, com a benevolência, essa sanção é excluída quando a falta é justificada por um motivo de saúde. Dessa forma, o funcionário encontra respaldo em sua empresa e se sente mais motivado a contribuir para seu crescimento.
  12. Estabilidade do pessoal: um agente necessita de tempo para iniciar e adquirir conhecimento uma nova função, assim como, para desempenhá-la bem. Então a estabilidade de pessoal visa manter o empregado no cargo até que esteja habituado a realizá-lo. Caso seja deslocado assim que a iniciação acaba, ou antes, que ela termine, não prestará o serviço apreciável.
  13. Iniciativa: é a possibilidade de conceber e de executar, mediante ordem ou não. Além da liberdade de propor e de executar, elementos também da iniciativa, o zelo e a atividade dos agentes aumentam com a iniciativa. Portanto, a iniciativa deve ser uma característica aprimorada no caráter individual.
  14. Unidade de pessoal: uma empresa pode ser vista como um organismo em que cada grupo, com seu correto funcionamento, contribui para vitalidade da empresa. A harmonia, união do pessoal, o espírito de equipe devem estar presente e ser estimulados pela empresa.

          Princípios de Fayol na Administração Moderna

Destacam-se como três princípios que continuam atuais na administração            moderna:

  • Iniciativa: A iniciativa, independente do período da administração no qual seja efetuado um estudo, sempre foi requisitada no ambiente corporativo. O funcionário que age de acordo com que cabe a ele realizar, sem que seja necessária a presença da cobrança do superior, é fator essencial para a eficiência dos processos. Podemos, dessa forma, considerar esse princípio não só atual e sim fundamental para a administração moderna.

  • Remuneração do pessoal: Esse princípio de recompensa por serviços prestados é muito atual no mundo corporativo moderno. O “prêmio” proporcionado pela empresa por um serviço prestado é uma fórmula de estímulo para a manutenção do bom comportamento do funcionário e assim contribui para a eficiência do processo de administração.

  • Unidade de pessoal: A união dos funcionários é essencial para a vitalidade dos processos de produção. Empresas que registram caso de divisão entre os empregados tendem a ter sua eficiência diminuída.

          Três princípios que não continuam atuais na administração moderna:

  • Hierarquia: O princípio da hierarquia rígida encontrado nas empresas há alguns anos, atualmente tende a ser menos valorizado. Apesar de toda empresa possuir um dono, e uma cadeia de comando, as relações entre os membros dessa cadeia estão se tornando cada vez mais flexíveis. Empresas do ramo de tecnologia como o Facebook, permitem aos seus funcionários expressarem suas idéias para as demais equipes e até mesmo para o próprio fundador da rede social. Esse exemplo é um demonstrativo de como a hierarquia rígida não é fator essencial para a eficiência da administração moderna.
  • Ordem: O princípio de ordem também já é visto de forma diferente no ambiente de trabalho moderno. A idéia da ordem material, onde há um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar, aplicada a ordem social é discutida atualmente. Hoje, a possibilidade de integração entre setores é vista como chave para o aumento da eficiência da empresa. Encontra-se muito em pauta o estudo do uso de ferramentas colaborativas como forma de enriquecimento de conteúdo a partir da união de conhecimentos de diferentes pessoas ao mesmo tempo. Além disso, o funcionário multi-especializado é valorizado pelas corporações por possuir uma visão mais global do processo de produção. A ordem, dessa forma, torna-se alvo de controvérsias, visto que a idéia de um lugar para cada pessoa e cada pessoa em um lugar já está sendo reavaliada na administração moderna.
  • Unidade de direção: O princípio de unidade de direção que intitula somente um chefe para o comando de um conjunto de operações não se mantém atual na administração moderna. O conceito de descentralização de tarefas e divisão de responsabilidades é mais bem visto nos dias de hoje por proporcionarem mais eficiência aos processos de produção.

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