Producao enxuta
Por: jimmybp • 12/11/2015 • Artigo • 2.909 Palavras (12 Páginas) • 253 Visualizações
A PRODUÇÃO ENXUTA COMO UM FATOR ALAVANCADOR DA COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS
Trabalho Interdisciplinar – Paper
XXXXXXXX
GRUPO UNIASSELVI/ASSEVIM
Engenharia de Produção (EPR13) – Física 2
11/06/2012
RESUMO
A globalização, juntamente com o comércio eletrônico, provocaram um acirramento na concorrência entre as empresas. Para sobreviverem e crescerem em seu segmento de mercado, as organizações necessitam rever continuamente seus processos, buscando reduzir custos, melhorar a qualidade e diminuir prazos de entrega dos produtos. Neste sentido, destaca-se a importância da Produção Enxuta (PE), como uma ferramenta a possibilitar que a empresa atinja estes objetivos. A Produção Enxuta foi criada pela Toyota em 1950, após uma visita do engenheiro da Toyota, Eiji Toyoda à indústria automobilística Ford, dos EUA. Percebendo que não poderia utilizar o mesmo modelo de produção norte-americano, os gestores da empresa desenvolveram o Sistema Toyota de Produção, com base na Produção Enxuta, que busca essencialmente a eliminação de todos os tipos de desperdícios. Dentro deste contexto, o objetivo deste paper é, através de uma revisão bibliográfica, apresentar as características da Produção Enxuta, como uma ferramenta que possibilite aumentar a competitividade das empresas. A PE, sendo fundamentada nos princípios do Just-in-time (JIT), busca eliminar todas as perdas no processo produtivo. Como algumas das consequências da implantação da PE, têm-se melhoria da qualidade e redução do lead-time. Produtos em conformidade com as especificações solicitadas pelos clientes e entregues nos prazos corretos permitem maior satisfação destes consumidores. Desta forma, as empresas podem superar seus concorrentes, obtendo maior competitividade em meio à economia globalizada.
Palavras-chave: Produção Enxuta. Just-in-time. Desperdícios.
1 INTRODUÇÃO
Os adventos da globalização e da internet mudaram radicalmente o panorama dos negócios para as organizações. Hoje a concorrência não se dá mais somente entre as empresas, os municípios ou os Estados vizinhos. Empresas de qualquer ponto do planeta podem ser acessadas instantaneamente, por meio de um computador, para se adquirir seus produtos. Assim, a competitividade está cada vez mais acirrada.
Para serem competitivas, as empresas necessitam continuamente buscar meios para reduzir seus custos, procurando técnicas inovadoras de administração da produção. Neste aspecto, pode ser destacada a produção enxuta como uma técnica que possibilita à organização reduzir perdas em seus processos e, com isso, conseguir maior lucratividade.
De acordo com Shah e Ward (2003 apud GODINHO; FERNANDES, 2003), a abordagem da manufatura enxuta engloba ampla variedade de práticas gerenciais, incluindo just-in-time, sistemas de qualidade, manufatura celular, entre outros. O ponto fundamental da manufatura enxuta é que essas práticas devem trabalhar de maneira sinérgica para criar um sistema de alta qualidade que fabrica produtos no ritmo que o cliente deseja, sem desperdícios.
A produção enxuta surgiu como uma resposta da Toyota ao modelo de produção norte-americano, no qual que predominava a produção em massa e onde havia o domínio das indústrias automobilísticas Ford Company e General Motors. O engenheiro da Toyota, Eiji Toyoda, em visita à Ford, observou grandes estoques e grandes espaços físicos. Essa forma de produzir, entretanto, não servia para o Japão, país arrasado pela 2ª Guerra Mundial e com escassos recursos. Desta forma, Toyoda e Ohno acabaram por desenvolver, na década de 1950, um novo modelo de produção, denominado Sistema Toyota de Produção, com foco na Produção Enxuta.
Dentro deste contexto, o objetivo deste paper é apresentar as características da Produção Enxuta, como uma ferramenta que possibilite aumentar a competitividade das empresas. As informações para subsidiar este trabalho foram advindas da pesquisa bibliográfica. Conforme Gil (2007), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
2 MANUFATURA ENXUTA
A Produção Enxuta (PE) surgiu no Japão em 1950 por meio de estudos feitos por dois engenheiros da empresa automobilística Toyota, Eiji Toyoda e Taichi Ohno, após uma visita de Toyoda à Ford, nos Estados Unidos, que utilizava o sistema de produção em massa.
Toyoda ficou impressionado com o que viu nessa visita: gigantescas fábricas, alto volume de estoques, os grandes espaços disponíveis nas fábricas e o elevado número de funcionários. Para ele, naqueles moldes, o Japão, arrasado por um período pós-guerra, não teria condições de desenvolver uma forma semelhante de produção (CANTIDIO, 2009).
Após essa visita, Toyoda e Ohno chegaram à conclusão que copiar ou melhorar o sistema da Ford era inviável, seria necessário criar um novo sistema de produção. A partir daí criou-se o Sistema de Produção Enxuta, também conhecido como Sistema Toyota de Produção (ELIAS; MAGALHÃES, 2003).
O Sistema Toyota de Produção (STP) é também conhecido como Produção ou Manufatura Enxuta e seu foco é direcionado para as operações de produção, a fim de melhor estruturar o movimento do valor ao longo dos diversos processos produtivos. A característica principal deste sistema é a implacável eliminação do desperdício (WALTER; ZIVRTES, 2008)
Lima e Zawislak (2003) apontam que o termo Produção Enxuta foi cunhado pela primeira vez por Krafcik, em 1988, membro do grupo de estudos do IMVP . Esta denominação foi criada para expressar um sistema de produção caracterizado pela eliminação progressiva do desperdício, pelo fluxo contínuo com que os processos produtivos ocorrem, pela produção segundo a demanda do cliente no tempo e na quantidade por este estabelecidos e, por fim, pela relação próxima e de parceria com fornecedores .
Já Figueiredo (2006), comenta que, embora muitos autores tenham escrito sobre Lean Manufacturing e seus efeitos, Womack e Jones, desde o best seller “A máquina que mudou o mundo”, lançado em 1990, são os pesquisadores que mais têm acompanhado a evolução do lean manufacturing e as
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