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Relatório A Didática Geral

Por:   •  1/6/2023  •  Projeto de pesquisa  •  2.182 Palavras (9 Páginas)  •  99 Visualizações

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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS  

CURSO DE ENSINO EM QUIMICA

                                                                

DISCIPLINA: DIDÁTICA GERAL

CLARÊNCIO JOÃO MAGUIAVA

 

Docente: Bernardino Mateus

Beira

2022

ÍNDICE

Introdução        3

Origem e definição da didática        4

Principais categorias didacticas e seu significado        6

O significado e a relação entre as principais categorias da didáctica        6

Ramos da didactica geral        8

Conclusão        9

Referencia Bibliográfica        10


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Introdução

Nota-se que, desde sua concepção etimológica, o ensino constitui o objeto de estudo da Didática. Entretanto, retomando a evolução conceptual to termo ensino ao longo da historia da educação, como foi apresentado na lição anterior, vimos que este conceito evolui até ser concebido a partir do que se entende por aprendizagem. Dessa forma, a Didática não fica circunscrita ao âmbito formalizado do ensino, uma vez que se amplia até o domínio da aprendizagem, como se percebe nas seguintes definições: É a ciência e a tecnologia do sistema de comunicação intencional onde se desenvolvem os processos de ensino-aprendizagem com o objetivo de otimizar a formação intelectual (PEREZ GOMEZ).


ORIGEM E DEFINIÇÃO DA DIDÁTICA

A origem etimológica do termo didática procede do grego didaskein que significa instruir, ensinar. Foi introduzido pela primeira por Rat-ichius (1571-1635), no século XVI, como ciência reguladora do ensino. Entretanto, foi Comenius (1592-1670) que atribuiu à Didática seu caráter pedagógico ao defini-la, em sua Didática Magna, como arte de ensinar. Daí, ser-lhe atribuída a paternidade da Didática de Línguas com disciplina científica autônoma. Nota-se que, desde sua concepção etimológica, o ensino constitui o objeto de estudo da Didática. Entretanto, retomando a evolução conceptual to termo ensino ao longo da historia da educação, como foi apresentado na lição anterior, vimos que este conceito evolui até ser concebido a partir do que se entende por aprendizagem. Dessa forma, a Didática não fica circunscrita ao âmbito formalizado do ensino, uma vez que se amplia até o domínio da aprendizagem, como se percebe nas seguintes definicões:

É a ciência e a tecnologia do sistema de comunicação intencional onde se desenvolvem os processos de ensino-aprendizagem com o objetivo de otimizar a formação intelectual (PEREZ GOMEZ);

  • É a ciência que deve compreender e guiar a aprendizagem in-tegradora da cultura e ao mesmo tempo possibilita ao homem incorporar-se nessa cultura de forma criativa (GIMENO);
  • É ou está a caminho de ser, uma ciência e uma tecnologia que se constrói desde a teoria e a prática, com ambientes organizados de relação e comunicação intencionais onde se desenvolvem processos de ensino-aprendizagem para a formação do aluno (BENEDITO);
  • É, actualmente, esse campo de conhecimentos, pesquisas e pro-postas teóricas e práticas que se centram, principalmente, nos processos de ensino e aprendizagem (ZABALZA);
  • A ciência que estuda a organização da situação de aprendizagem e educação para o aluno, a partir deste mesmo aluno e para o alcance de seus objetivos (SCHIMITZ).

Analisando bem essas definições, confirma-se, claramente, a evolução do seu objeto de estudo, como afirmamos antes, que já não é somente o ensino, senão o ensino e a aprendizagem. Numa visão progressista, o mais importante para a Didática já não é tão somente o como ensinar. Aliás, este como ensinar deve ser submetido a questões como: quem aprende? Por que se aprende? Para que se aprende? Onde se aprende? Com quais recursos se aprende? São questões relevantes que vão determinar a maneira de ensinar do professor, ou seja, a metodologia.

De forma resumida, podemos reconhecer:

  • O caráter científico, tecnológico e artístico da Didática;
  • Seu objeto de estudo:os processos de ensino-aprendizagem nos contextos educativos;
  • Sua finalidade: a integração da cultura para intervir melhorando;
  • Seu processo de elaboração: realiza-se tanto da teoria para a prática como vice-versa.

Na lição anterior, vimos a definição de ensino bem como sua evolução tem contribuído para a configuração epistemológica da Didática. Ora, se este conceito evoluiu tanto ao ponto de não poder ser desvinculado da aprendizagem, resta, portanto, saber o que vem a ser esta.

Segundo PILETTI (2007), a aprendizagem é um fenômeno bastante complexo que não significa apenas aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. Tudo isso é importante se forem significativos para a vida de quem os recebe, isto é, se forem trabalhados de maneira consciente e crítica pelos sujeitos. À luz disso, descreve-a como “um processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir”.

Ora, percebe-se, claramente, que, de acordo com essa definição, aprender é muito mais do que obter informação sobre alguma coisa ou alguém. Por exemplo, no caso específico das línguas, pode-se saber tudo a respeito do funcionamento e estruturas delas e, mesmo assim, nada disso altera a conduta prática na vida, isto é, a língua não foi assimilada significativamente, em uso. Em outras palavras, há alunos que sabem tudo sobre a língua, menos a própria língua no sentido de fazer coisas com ela, usá-la nas devidas situações sociais.

A aprendizagem é estudada pela Psicologia Educacional. Reveja, por-tanto, o que aprendeu na disciplina Introdução à Psicologia da Aprendizagem. Nela, deve ter aprendido algumas teorias ou tipos de aprendizagem. A título de revisão, tomemos PILLETI que cita três tipos de aprendizagem: -motora ou motriz consiste na aprendizagem de hábitos que incluem desde simples habilidades motoras até habilidades verbais e gráficas;

  • Cognitiva abrange a aquisição de informações e conhecimentos, suas in-terpretações com base em conceitos, princípios e teorias. A aprendizagem das regras gramaticais é do tipo cognitivo;
  • Afetiva ou emocional diz respeito aos sentidos e emoções. Aprender a apreciar a arte, a literatura de uma língua, por exemplo, é do tipo afetivo.

A concepção didático-pedagógica centrada na aprendizagem põe de relevo o aprendiz e o processo. Aqui não é importante o como ensina o professor, senão o como e para que aprende o aluno. É este entendimento de que, para que e como aprende o aluno que vai nortear o como ensinar do professor. Já não é o professor que deve demonstrar que tem conhecimentos e sabe transmiti-los, mas é o aluno que tem objetivo e que precisa aprender. Esta inversão, entretanto, não diminui em nada o papel e a importância do professor, que deve ter uma preparação muito mais ampla de Didática: origem, definição e diferença com outras disciplinas afins mancira que possa orientar o processo de aprendizagem levando em conta as experiências, as diferenças e as necessidades dos alunos, bem como o contexto onde se desenvolve a intervenção didática.

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