Resenha 1984-George Orwell

                             1984-George Orwell

   A obra 1984 é escrita  pelo jornalista, ensaísta e romancista britânico, Eric Arthur Blair mais conhecido pelo pseudônimo George Orwell. O autor nasceu em Motihari, na índia Britânica, no dia 25 de junho de 1903. Sua família pertencia à nobreza, porém nunca teve uma vida fácil. Os estudos de Orwell foram feitos na Escola São Cipriano e posteriormente no Eton College, uma escola de elite em Londres. Entretanto, em controvérsia com o esperado, que era o ingresso em uma faculdade renomada, ele entra para a Polícia Imperial da Índia. Durante o seu serviço, ele viu de perto as atrocidades cometidas pelo império britânico na tentativa de controlar os nativos, e devido a isso resolveu voltar para Londres, e decidiu viver uma vida boêmia, beirando a mendicância, também fez isso em Paris. Nesse tempo, George Orwell escreveu algumas obras, como “Down out in Paris and London” (1933), não obstante, seus livros mais conhecidas foram, “ A Revolução dos Bichos” (1945) e “1984” (1949), uma das publicações mais vendidas do século XX.

   Orwell era adepto às ideias do comunismo, porém ao se deparar com as perversidades e com a falta de liberdade dos países comunistas, abandonou o pensamento socialista, o que ajuda a entender melhor a criação do livro “1984”. Embora tenha sido escrito em 1948, o clássico só ganhou destaque quando uma produtora holandesa batizou seu reality show de big brother, fazendo uma associação ao “Grande Irmão” descrito no livro como líder autoritário e que vigiava toda a população por meio de “teletelas”, uma espécie de televisor, capaz de supervisionar cada passo que se era dado.

    Nesta obra George Orwell retrata o amplo tema das distopias: a liberdade. O autor traz uma visão de como a sociedade estaria no futuro. Em sua imaginação o governo tem autoridade total mediante a sociedade. A história  é narrada na cidade de Londres, lugar onde o protagonista de trinta e nove anos, chamado Winston Smith mora. Ele trabalha no departamento de documentação dentro do ministério da verdade, responsável em reescrever o passado e na publicação de artigos denominados pelo partido. Em uma de nossas discussões sobre o livro, associamos a forma como o governo manipulava a mídia, impondo verdades e peneirando as informações, deixando passar apenas aquelas que o favoreciam, com o que ocorrera na União Soviética, onde a prática de “retocar” imagens era muito comum.

    O governo é liderado por uma figura central “O grande irmão”, que é representado por um rosto de bigode preto e feições rudemente agradáveis, acompanhado pela frase “O grande irmão está observando você”, e ele literalmente observava, através das teletelas, já explicadas acima. A quebra da privacidade também é vista na atualidade, porém de uma forma diferente. Com o avanço da tecnologia, as pessoas se auto divulgam e através das redes sociais, elas próprias “supervisionam” a vida umas das outras, e não o governo, como fora colocado em “1984”.

   No livro, a divisão do mundo é feita em três: o continente da Eurásia, Oceania e Lestásia. A única verdade existente é a do partido e é nesse contexto que tudo é controlado, inclusive a língua e o passado. O governo cria um idioma chamado Novafala, que contém poucas palavras, fazendo com que os pensamentos sejam simples de serem controlados. Até as crianças eram treinadas pela organização, denominada espiões, para denunciar qualquer demonstração ou ato contra o partido, fazendo com que, muitas dessas crianças denunciem até mesmo seus próprios pais para a “polícia das ideias”(organização responsável em prender pessoas que cometem “crimes” contra o grande irmão). O clímax da história se dá quando Winston se apaixona por Júlia, uma colega de trabalho. Julia, porém odeia o partido e principalmente o grande irmão. Com isso, o dois vivem um romance escondido pois o partido não permite as relações humanas, porque todos só podem amar o grande irmão.

...