Resenha Crítica do livro: 1984 de George Orwell
Por: Maria Izabel Barros • 7/2/2018 • Resenha • 651 Palavras (3 Páginas) • 703 Visualizações
Resenha Crítica do livro “1984” de George Orwell
George Orwell, em 1949, lançou o surpreendente livro 1984, cujo livro serviu para expor o sis-tema totalitário no futuro. A obra retrata o mundo dividido em três grandes superestados: Eurásia, Lestásia e Oceania, os quais estão em guerra permanente, o propósito da guerra é manter o poder do grupo dominante. “Big Brother is watching you” (em português, “O Grande Irmão está te observan-do”) era a expressão mais utilizada em seu livro, a qual se referia à falta de intimidade que as pessoas apresentavam com tal totalitarismo.
Nas residências de cada indivíduo, existiam as teletelas, que vigiavam em todos os lados a mo-vimentação de cada sujeito. O Estado vigia os indivíduos e mantém um sistema político com a in-tenção de exprimir cada vez mais a manifestação de um pensamento sequer que traga um problema para o partido. Esta opressão era dada através da Polícia do Pensamento e pela Novilíngua, um idi-oma do totalitarismo que exprimia cada vez mais as palavras para que em certo momento, não exis-tisse mais a possibilidade de expressar uma opinião contrária à do partido, pois não haveria palavras que descreveriam o pensamento oposto.
O protagonista é Winston Smith, empregado do Ministério da Verdade, cujo cargo é adulterar registros históricos, com propósito de manipular as notícias, mudando o passado e fazendo com o que tudo que foi dito pelo Big Brother realmente tenha acontecido ou que seja verdadeiro. Winston abomina o partido, contudo procura não provocá-lo. Isto se modifica quando conhece Julia, sua amante, pois passam a acreditar que realmente podem se rebelar contra o sistema. Em meio a diver-sos eventos que eram proibidos no preceito do partido, as relações amorosas também eram repudia-das. Intrincado em um conluio político, o casal sofrerá uma violenta reintegração.
Neste partido continha o lema “Guerra é Paz; Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força”, des-ta forma, reparamos que a característica principal do livro foi o Duplipensar, o qual notamos também através dos Ministérios: Ministério do Amor, lida com julgamentos, torturas e lavagens cerebrais, Ministério da Paz, lida com a guerra e o Ministério da Fartura, lida com a fome. O Duplipensar é aceitar duas ideias opostas, e aceitar ambas como verdades, desde que seja dito pelo Big Brother. O Big Brother era idolatrado e amado, todos acreditavam na sua existência e a melhoria pela qual os trouxe.
Pode-se dizer que George Orwell inspirou-se nos minutos de luto, feito para lembrar-se das pes-soas mortas e, construiu os “dois minutos de ódio”, o qual no totalitarismo foi feito para desejar a morte de um sujeito, que normalmente era Emanuel Goldstein, um líder da oposição do governo do Ingsoc (Socialismo Inglês, partido do Big Brother). Orwell foi arrebatador em sua metáfora, pois Goldstein surgia no quadro delatando o totalitarismo do Ingsoc, ordenando a liberdade de expres-são, imprensa, pensamento, entre outros. Enquanto ele acusava o partido, os cidadãos ficavam ainda mais raivosos com sua atitude, mostravam todo seu desprezo e gritavam o máximo que podiam, a ponto até de arremessarem coisas para a tela onde exibia Goldstein. E o mais triste, é que conhece-mos que isto não ocorre tão-somente na ficção. O indivíduo que não participasse de tal cerimônia,
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