Resenha Critica Teoria Clássica
Por: dayvson99 • 18/11/2018 • Resenha • 1.208 Palavras (5 Páginas) • 1.244 Visualizações
Resenha critica
Administração Industrial e Geral, Henri Fayol, 10. Ed. São Paulo, Atlas, 1989
Criador da Teoria Clássica da Administração, Jules Henri Fayol foi um engenheiro de minas, formado na França em 1860, pela Escola Nacional Superior de Minas de Saint-Ettiénne. Nasceu em Istambul, em 1841, tendo o pai, também engenheiro, como referência. Entre os seus principais feitos está a criação do Centro de Estudos Administrativos, que reunia pesquisadores, estudiosos e pessoas interessadas na administração como um todo e a obra “Administração Industrial Geral”, lançada em 1916.
Nesta teoria o autor apresenta a teoria clássica da administração, ele apresenta princípios para tornar a administração como uma ciência, além de questionar o estudo administrativo no ensino superior.
Fayol inicia sua abordagem à teoria clássica enumerando seis grupos de funções essenciais, que segundo ele é inerente a qualquer empresa seja ela pequena ou grande. Essas funções são conhecidas atualmente como áreas da administração, sendo elas: Operações técnica que estão relacionada a produção, operações comerciais relacionadas as operações de compra e venda, operações financeiras que está relacionada a gestão dos recursos, operações de segurança que tem a missão de proteger os bens e as pessoas dando a elas tranquilidade para o trabalho, operação de contabilidade responsável pelos inventários e balanços, e por fim as operações administrativas com o objetivo de controlar e coordenar.
Henri Fayol argumenta que dentre essas seis operações fundamentais a administração é a mais importante delas pois engloba todas as outras. Administrar é segundo ele prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Assim o autor mostra que a administração não é um privilégio dos dirigentes e sim uma função, e como as outras funções ela é essencial. Ele ainda faz um alerta para quanto a diferença entre a função administrativa e a direção, pois para ele dirigir é conduzir, tendo em vista objetivos claros usando para isso todos os recursos que a organização dispõe, já administrar é apenas uma das seis funções controladas pela direção.
A teoria Clássica concebe a organização com se ela fosse uma estrutura, essa estrutura organizacional constitui de uma cadeia de comando, ou seja, uma linha de autoridade. Fayol da preferência pela organização linear, que se baseia em uma unidade de comando e direção de cima para baixo, em formato de pirâmide. Ele especifica dois tipos de autoridade a de linha e a de staff, a de linha faz referência ao poder dos gestores de controlar seus subordinados e a de staff faz referência a especialistas em suas funções.
Fayol apresenta ainda um importante conceito da teoria clássica da administração, que é a proporcionalidade das funções, pois para ele cada grupo de operações corresponde a uma dessas capacidades, a saber: capacidade técnica, a capacidade comercial, a capacidade financeira, e a capacidade de administração dentre outras. Para ele existe uma proporção nas funções administrativas, que fazem parte de todos os níveis de uma empresa não sendo exclusiva da cúpula. Em resumo a capacidade principal de um operário é a técnica e quanto, mas ele sobe na hierarquia mais aumenta a capacidade administrativa em detrimento da técnica. Esse mesmo fato ocorre para os líderes de empresas, quanto menor a empresa maior a capacidade técnica e à medida que esta cresce mais aumenta a capacidade administrativa desse chefe. A necessidade da capacidade administrativa é geral.
Nesse contexto Fayol argumenta sobre a necessidade do ensino administrativo, para ele uma educação exclusivamente técnica não corresponde as necessidades gerais de uma empresa, nem de uma indústria. Ele afirma que ocorre sempre um aumento para se melhorar o ensino técnico, mas o mesmo não ocorre com referência ao administrativo que muitas vezes nem é ensinado. Para o auto essa ausência de ensino deve-se a falta de doutrina, uma vez que não existem normas gerais para a administração. Assim ele afirma que seria necessário formular o mais rápido possível uma doutrina administrativa, substituindo assim o empirismo e a improvisação por métodos científicos e técnicas, tornando a administração uma ciência.
Para esse fim, tratar a administração como ciência, ela precisa ser baseada em leis e princípios. Fayol então definiu quatorze princípios que segundo ele eram os principais, a saber: a divisão do trabalho que tem por finalidade produzir mais e melhor com o mesmo esforço, a autoridade e responsabilidade que consiste no direito de mandar e no poder de se fazer obedecer, a disciplina que consiste essencialmente da obediência e da assiduidade, a unidade de comando em que cada empregado deve receber ordens de apenas um supervisor, a unidade de direção onde deve existir apenas um plano para cada conjunto de atividade que tenha o mesmo objetivo, a subordinação do interesse particular ao interesse geral onde o interesse da empresa deve ser mais importante que interesses individuais, a remuneração do pessoal que consiste em pagar um salário justo , a centralização onde a autoridade deve ser concentrada no topo a organização, a hierarquia já que deve haver uma linha de comando, a ordem onde cada coisa deve estar em seu lugar, a equidade que tem o objetivo de justiça para obter a lealdade do pessoal, a estabilidade do pessoal que consiste em manter o empregado no cargo pelo maior tempo possível, a iniciativa e a união do pessoal.
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