Resenha Crítica Suzuki Speaks

O documentário “Suzuki Speaks” remete ao ser humano e sua composição e participação no planeta. Comenta sobre as mudanças que a espécie humana causa com seu número desproporcionalmente elevado, sua tecnologia capaz de alterar composições físicas e químicas e seu “hiperconsumismo”.

Na sequência o documentário explica de como somos “formados” pelos quatro elementos primordiais (terra, água, fogo e ar) e a importância do planeta para nossa formação e continuidade existencial. Os elementos são considerados formadores da vida humana e fazem parte de cada processo evolutivo que sofremos.

O homem é descrito como um animal social, ou seja, ele não se reconhece como apenas sendo um animal, ele interage com o meio e a sociedade, criou sua própria cultura e desenvolveu meios tecnológicos para tentar suprir os meios naturais de produção e disserta sobre a economia e como nos sentimos em relação a mesma.

Mesmo com a economia e índices e indicadores estarem melhores no quesito qualidade de vida – humana – serem crescentes, estamos esgotando recursos naturais que não poderão ser repostos na mesma proporção que são consumidos, o que nos dá a ilusão de estarmos no caminho certo, porém quando a massa é confrontada com argumentos dizendo que estamos perto de consumir a nós mesmos, ou as pessoas ouvem, dizem que é verdade e não agem para alterar a situação, ou simplesmente não se importam.

O narrador utiliza de apologias a sua vida pessoal para exemplificar conceitos de valor e de como utilizamos o valor econômico em demasia e deixamos de considerar o que realmente importa, explana também que há esperança e que devemos parar de acreditar que somos espertos demais, e que somente o acúmulo de bens e capital será suficiente para suprir as necessidades de cada ser humano. Devemos nos manter esperançosos e começarmos a agir em prol do futuro do planeta e das próximas gerações, ensinado a elas que também deverão agir de maneira sustentável e racional para que ainda tenhamos alguma chance de conservar o que nos resta.

Nos minutos finais é apresentado o discurso da filha do narrador no Rio 92 que fala sobre como desperdiçamos os recursos naturais que retiramos desenfreadamente e como há o medo em se dividir os recursos com quem necessita. Ela confronta a todos, não somente os presentes, mas todos que fazem parte ativa da população, quando diz que tudo aquilo que é ensinado como bom comportamento às crianças não é feito pelos adultos, isso inclui a preservação dos recursos, compartilhar, ser socialmente responsável e como as gerações futuras sofrem e sofrerão por conta de estragos que não são reparados e a constante destruição que se torna cada vez mais irrefreável.

Fabrício Muniz.