Resenha Crítica de Caso
Por: news vagas • 1/3/2020 • Resenha • 1.332 Palavras (6 Páginas) • 126 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS
Resenha Crítica de Caso
PAULA CAROLINE NEGRÃO SABOIA
Trabalho da disciplina Criatividade e Inovação Organizacional
Tutor: Prof. Andréa Quintella
Fortaleza
2020.1
CASO NETFLIX
Referências: WILLY SHIH / STEPHEN KAUFMAN / DAVID SPINOLA
Em 1997 Reed Hastings fundou a Netflix, empresa que se tornaria a maior fornecedora de filmes, séries e documentários de televisão via streaming com sede em Los Gatos, Califórnia. Atualmente a empresa possui cerca de 160 milhões de assinantes, surgiu inicialmente como uma empresa de entregas de DVDs pelo os correios.
Hastings que já era um empresário bem sucedido, após ter pago uma multa de 40 dólares por ter atrasado a entrega de um vídeo alugado refletiu sobre um novo negócio, essa frustração foi necessário para que ele tivesse a ideia de mudar a forma como os assinantes eram atendidos. Muitos assinantes passavam por tal situação, com a correria comum das grandes cidades era frequente clientes atrasarem a devolução dos DVDs, assim como não terem tempo suficiente para ir até a loja alugar filmes. Foi por meio dessa dificuldade (dos consumidores) que o CEO traçou novas maneiras de atender a demanda, facilitando o atendimento dos assinantes. Fundou, então, o primeiro serviço da companhia. Inicialmente os assinantes da Netflix usavam o site da empresa para escolherem os filmes, havia mais de 70.000 títulos disponíveis e 44 centros de distribuição. Até 31 de Dezembro de 2006, com esse meio, a empresa gerou uma receita de quase um bilhão de dólares, produzindo um fluxo de caixa livre de 64 milhões de dólares.
O negócio surgiu em meio ao sucesso da rival Blockbuster, fundada em 1985, que expandia seus negócios abrindo milhares de lojas. Estima-se que em 2006 a empresa tinha 5.194 pontos nos Estados Unidos. As lojas ofereciam cerca de 2.500 títulos diferentes, que em sua maior parte eram dedicados a filmes que estavam em alta popularidade. As lojas tinham cópias de filmes que estavam com maior visibilidade no mercado, assim os clientes não precisavam da ajuda de funcionários para escolherem os filmes. O sucesso dependia da maximização dos dias em que os filmes ficavam alugados. Em 2002 37% da população possuía um aparelho de DVD, e pelo quinto ano consecutivo a Blockbuster apresentou um aumento nos números de venda, atingindo 100% de aprovação entre seus assinantes.
Os serviços da NETFLIX começaram em 1997, havia uma grande diferença entre a companhia e a concorrente Blockbuster. Ambas alugavam DVDs, entretanto a Netflix apostava no serviço de entrega em domicílio, os assinantes poderiam escolher seus filmes no site da companhia. Algo diferente da Blockbuster que atraia seus clientes para um ponto de varejo. Desse modo, a Netflix tinha como alvo os que aderiram a nova tecnologia de aparelhos DVDs, que nessa altura, já atingiam grande parte da população. Hastings apostou na entrega de DVDs pelo serviço postal americano, como eram leves e pequenos, os DVDs tinham um baixo custo nas entregas. O serviço se mostrava mais conveniente para os consumidores, mas logo surgiram os primeiros problemas. A demora no tempo de entrega fazia com que o valor da locação acarretasse prejuízo, pois esse valor não cobria essa demora, dessa maneira, o serviço se tornou pré-pago.
Em maio de 2002, a Netflix contratou Ted Sarandos, como diretor de conteúdo. Ted possuía uma vasta experiência naquele tipo de serviço do tempo em que trabalhou na Vídeo City, uma grande empresa de locação de vídeos nos Estados Unidos. Ted Sarandos conduziu a companhia para acordos de partilha de receitas com grandes estúdios que produziam filmes. Os estúdios passaram a faturar uma taxa sobre o valor da quantidade de filmes alugados sobre determinado título. Sarandos ensinava que, para uma empresa de tecnologia como a Netflix, existe a dependência da arte, dizia que, as decisões de comissionamento são mais como “30% de arte e 70% de ciência”. Sarandos, ao realizar as parcerias com os estúdios de filmes ajudava não só aos consumidores, mas também aos estúdios, que já não precisavam mais se preocuparem em “perder” os filmes “velhos”.
Somente em 2004 a Netflix teve uma concorrente nesse tipo de serviço. A Blockbuster fundou a Blockbuster online, que oferecia uma quantidade maior de filmes no site do que nas lojas físicas. Houve um grande esforço da nova loja para angariar assinantes, os valores cobrados nos aluguéis eram menores que os valores cobrados pela Netflix. A Blockbuster também aderiu a taxa zero pelo atraso nas devoluções como estratégia, porém houve um prejuízo, os volumes de locações aumentaram, mas não compensou a perda da receita pelo programa “sem multas por atraso”, já que a receita das locações, cresceram apenas 5%.
VÍDEO ON-DEMAND - UMA NOVA ERA
Desde o início da companhia, Hasting já mencionava a tecnologia de VOD como uma alternativa para a empresa expandir seus negócios. O CEO tinha dúvidas em qual a melhor alternativa de vídeo na internet seguir, ele classificava em três opções. Na primeira as propagandas sustentariam os vídeos on-line, seriam iguais aos modelos de tv aberta, jornais e revistas convencionais, a cada certo tempo, seria interrompido a programação por propagandas.
Nesta alternativa, porém, os filmes recém-lançados teriam mais custos do que as receitas que entrariam oriundas de publicidade.
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