Samarco: O papel da empresa no empoderamento das pessoas
Por: Re.santos • 2/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.478 Palavras (6 Páginas) • 1.730 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
Fichamento de Estudo de Caso
Renata dos Santos
Trabalho da disciplina Comunicação e Estratégia Empresarial,
Tutor: Prof. Claudia Marcia Pereira Loureiro
São Paulo
2017
Estudo de Caso de Harvard: Comunicação e Estratégia Empresarial
Subtítulo: Samarco: o papel da empresa no empoderamento das pessoas
Referência: FISCHER, Rosa Maria. Samarco: o papel da empresa no empoderamento das pessoas. SKP-015. 08 de Abril de 2011.
Texto do Fichamento:
O texto relata como funciona o engajamento da empresa em projetos sociais, descreve como são apresentados esses projetos e sua aprovação.
A autora relata o empenho do Gerente de Meio Ambiente da empresa, Sergio Dias, para implantar novos projetos sociais na empresa, porém ele tem alguns desafios pela frente, como enfrentar a posição contrária de José Ramos, Gerente Financeiro da empresa. Sua proposta era polêmica e encontraria resistências internas. Iniciou afirmando que a responsabilidade social é um de nossos bens mais preciosos, atendendo aos interesses de todos os stakeholders. Segundo Sérgio, todas as ações da empresa deveriam pautar-se por procedimentos éticos, ele apresentou como ilustração o “Programa de Educação Popular Ambiental de Bento Rodrigues”, executado no ano anterior em uma pequena comunidade, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da comunidade. Porém, para José, a atuação social da empresa junto às comunidades vem ganhando importância ao longo dos anos, pois já enfrentaram situações difíceis por conta da resistência de organizações da sociedade civil às obras de ampliação da fábrica, essas intervenções de movimentos sociais geraram atrasos nas obras e episódios de perda de competitividade. Essa era a opinião de vários executivos da empresa. O projeto Salvamar teve objetivo claro e específico: promoveu a recuperação da diversidade de peixes e da qualidade da água por meio da reciclagem e reutilização do óleo queimado pelos motores de barcos pesqueiros. Para José o projeto Bento Rodrigues tiveram resultados duvidosos. Sérgio não concordou com a percepção de José sobre o projeto.
O texto conta a história da Samarco, que foi fundada em 1974 como um projeto industrial ligado a duas empresas: a Samitri, e a Marcona Corporation. Em 1998, no primeiro ano pós- expansão, as vendas aumentaram para 11,7 milhões de toneladas, com 81,5% de pelotas. A Samarco era um complexo industrial integrado de lavra, beneficiamento, transporte e pelotização de minério de ferro, controlada em partes iguais pela empresa de mineração brasileira Companhia Vale do Rio Doce e pela anglo-australiana BHP Billiton.
O tipo de atividade produtiva da Samarco acarretava expressivos problemas ambientais, como poluição da água, do ar, poluição visual e erosão por assoreamento. Isso gerava conflitos com a comunidade. Nesse cenário, a Samarco entendia sua atuação social como estratégica nas comunidades afetadas por suas operações, os impactos socioambientais e as externalidades geradas alteravam o cotidiano e a qualidade de vida. Essa atuação social junto às comunidades vinha ganhando importância ao longo dos anos.
Para suprir necessidade de mão-de-obra, implementou na região o Programa de Formação e Recuperação da Qualificação Profissional, proporcionando mão-de-obra local capacitada para realização da obra.
O programa de Educação Popular Ambiental Bento Rodrigues, implementado pela Samarco em 1997, transformou-se em um programa de promoção do desenvolvimento local sustentável. O programa foi motivado pela desconfiança crescente de moradores em relação aos riscos iminentes de rompimento da barragem e o consequente alagamento da região. Para diminuir a tensão existente na relação entre empresa e comunidade, a Samarco resolveu iniciar o programa para esclarecer a população local quanto cuidados a empresa tomava para que não acontecesse nenhum tipo de acidente mais grave.
Na primeira fase estudantes universitários realizaram um diagnóstico social das demandas da comunidade, onde foram desenvolvidas ações pontuais para reduzir os elevados índices de desnutrição e verminoses na população local, além de trabalhos na escola para reduzir os níveis de evasão escolar e repetência. Já a segunda fase, entre 1999 e 2000, foi marcada pela tentativa de fortalecimento da organização comunitária e pela melhoria da infraestrutura local. A Terceira fase, de 2001 a 2003, caracterizou-se à identificação e ao desenvolvimento de novas propostas de atividade produtivas pelos membros da comunidade. Inspirada no conceito de Agenda 21 Local, a terceira fase teve como princípio orientador a criação de condições para que a própria comunidade seja agente do seu desenvolvimento.
A iniciativa terminou em 2003, seus resultados mais tangíveis foram: a redução no número de repetências entre alunos de 1ª a 4ª séries e de evasão escolar, diminuição da carência nutricional e queda na incidência de verminoses, redução do número de queimadas na região, ampliação das alternativas de trabalho para a população local. Porém após o fim do apoio da Samarco, as escolas abandonaram as importantes iniciativas.
No processo de desenvolvimento de sua política ambiental, com vistas à certificação ISO 14000, a Samarco criou um sistema Gestão Ambiental (SGA) cuja implementação envolveu a elaboração de um Plano de Emergência de Derrame Óleo. Foi identificado a oportunidade de aplicar o conhecimento adquirido sobre os impactos ambientais de um derrame de óleo no mar junto aos pescadores locais, os quais lançavam óleo usado pelos motores de seus barcos diretamente no mar. Foi utilizado instalações locais que a Samarco mantinha para reciclagem do óleo utilizado em sua produção, para que o óleo dos barcos de pesca fosse reciclado e revendido pelo preço de custo do processo aos pescadores.
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