Seguro de vida e vendas

1-

Quem rouba R$ 1,00 é tão ladrão quanto quem desvia milhões?

Todos os ladrões são iguais? 

E as punições devem ser em que medida?

O professor e escritor, Mario Sérgio Cortella, usa uma frase de François Rebelais, que entendo como base pra as condutas éticas.

"Muitos não puderam quando deviam, por que não quiseram quando podiam".

Se a pode e a gente quer, a gente deve.

Nesse sentido não há justificativa seja qual for o ângulo, para roubo. Há um principio ético bem simples ensinado dentro de nossas casas: “o que não é meu, não é meu".

Se no caso em questão o problema era a comida do refeitório, deve haver outra ação, que um funcionário com tantos anos de empresa possa fazer para ter uma solução melhor. Podemos ainda refletir que são apenas um ou dois pãezinhos, contudo o problema está no furto.

Immanuel Kanti, filósofo alemão do século XVII, dizia: Tudo que não puder contar como fez, não faça.

2-

A empresa por força de ação sindical e da notoriedade dada pela imprensa reviu o caso. Vale salientar que tal decisão reside em nesses dois aspectos, do contrário demitido estaria o larápio.

Dessa forma, o reconhecimento visa apenas minimizar a exposição na mídia, e evitar demandas judiciais via sindicato.

Quanto à dispensa, essa foi desmedida, já que se trata de duas décadas de serviços prestados, sem repreensão. Seria como tratar de forma igual réu primário e um transgressor com antecedentes criminais.

3-

A partir desse evento seriam estabelecidos novos critérios de demissão, onde seriam levados em conta não somente a lei pura. Decisões que passam pelo bom senso tendem a ser mais justas e humanas.

Assim o setor de recursos deve conhecer as pessoas e minimamente os históricos que cada um tem.

A decisão seria:

O setor de recursos humanos fica determinantemente proibido de demitir, seja qual for o fim, qualquer funcionário sem antes estabelecer um diálogo com o objetivo de tomar conhecimento do caso ou motivo e de quem se trata.